Após o café da tarde, eu, Samuel e Bento resolvemos ir na praça, antes dos dois irem me deixar em casa. Mas e o Sérgio? O querido trabalha, então como ele estava cansado resolvem dormir um pouco depois do café.
- Galerinha, 'vambora logo antes que fiquei mais tarde. - falei para Samuel e Bento que brigavam jogando travesseiros um no outro. Isso tudo porque Bento comeu o último pedaço do bolo que Samuel queria.
- Você me paga, seu japonês safado. - Samuel joga um almofada em Bento, que agarra.
- E charmoso. - Bento pisca para Samuel.
Após esse breve acontecimento, me despedi dos pais do Samuel e Sérgio, que foram uns amores comigo. Sem ser folgada, mas eu com certeza vou querer voltar pra tomar mais um cafezinho.
Saímos para ir em direção a praça que nem era tão longe dali. O caminho todo aqueles dois anjinhos foram atormentando um ao outro, isso é típico deles? Eu apenas conseguia rir das palhaçadas que os dois faziam.
- Ei vocês dois. - Chamei. - Parem de palhaçadas, vamos brincar sério. & dei um sorriso perverso.
- O que você propõem? - Bento perguntou para do de andar, colocando a mão na cintura e tombando a cabeça para o lado.
- Uma corrida. Porém, quem perder vai estar devendo um cachorro quente e uma coca para o primeiro e o segundo que chegar na praça.
- Helena, aqui todo mundo é pobre e desempregado. - Samuel disse.
- Por isso é uma brincadeira séria. - disse indo pegar uma pedra qualquer e fazendo uma linha na pista.
- Você é meio estranha, garota. - Bento falou se aproximando da linha assim como Samuel.
- Meio não, completamente. - joguei a pedra que estava comigo para ele.
- Atenção, no três. - Samuel iniciou a contagem. - Um... Do-
- Três! - gritei e comecei a correr.
Quando comecei a correr apenas ouvi um "Helena isso não vale", mas apenas ignorei e continuei a correr.
Não demorou muito até Samuel chegar ao meu lado correndo, ele parecia ter acabado de sair do banho e seu rosto estava engraçado. Não me aguentei e comecei a rir do garoto, o que fez eu instantaneamente parar de correr e cair sentada no chão de tanto rir de Samuel.
Ri tanto que quando percebi os dois garotos já estavam na praça. Bento sentado no balanço e Samuel jogado no chão mesmo.
Levantei do chão e segui em passos lentos até onde os garotos estavam.
- Me lembre de nunca mais na minha vida aceitar desafios da Helena. - Samuel falava enquanto respirava ofegante.
- Para Samuca, nem foi tão ruim. - sentei ao seu lado no chão.
- Eu quase morri. - Samuel disse fazendo drama.
- Mas a fato é, a Helena tá devendo lanche pra gente.- bento fala
- Qual foi meninos, eu sou a amiguinha pobre. - falei tentando me safar.
- Helena mão de vaca! - bento apontou para mim e começou a rir.
- Ai tá bom, tá bom. Mas só amanhã, hoje eu 'to zerada. - falei me deitando e apoiando minha cabeça no ombro de Samuel que ainda estava deitado.
- Agora que eu percebi uma coisa, Helena.- bento falou depois de uns minutos de silêncio.
- Manda meu chefe.- falei olhando para ele, ainda deitada no ombro de Samuel.
- Você é a garota que o Sérgio e o Samuel me obrigaram a flertar na barraca de cachorro quente. -bento disse. Eu já sabia que era ele o japonês que eu tinha esbarrado no show e que me passou uma cantada, mas era óbvio que eu não iria falar que eu era a garota, pra não ficar um clima chato.- Ainda fizeram eu levar um carão do seu namorado. - Bento finge estar chorando.
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𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐎𝐔𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐎𝐋, sérgio reoli
Fanfiction𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐌𝐚𝐢𝐚 𝐀𝐥𝐛𝐮𝐪𝐮𝐞𝐫𝐪𝐮𝐞, apenas mais uma moradora comum da cidade de Guarulhos. Mas, em 1989, foi o ano em que sua vida avançou mais um degrau, depois de conhecer cinco meninos, que assim como ela, sonhavam em ganhar a vida e o...