24 de dezembro, 1996.
HELENA MAIA
Ops, um super pulo temporal que nós tivemos. Já estávamos no final de ano, em 1996... E que ano! Nove meses passou-se de um ano que tivemos tantas conquistas.
Mamonas assassinas continuava sendo um fenômeno na música brasileira, e agora, internacionalmente também. Nossas músicas estavam chegando a lugares que nunca pensamos que chegaria.
Bom, eu e Sérgio? Nós estamos perfeitamente bem. Depois de todo aquele mal entendido, Sérgio implorou para que eu perdoasse ele, mesmo que ele não tinha feito nada.
Confesso que me senti muito mal naquele dia, eu tinha magoado ele por inseguranças minhas. Mas no final, eu também pedi perdão pra ele. Tudo se resolveu, e continuamos juntos e inseparáveis.
Quanto a Ellen... Bom, ela simplesmente sumiu, as vezes, bem raramente, eu passava na sorveteria que ela trabalha, mas nada, nenhum sinal dela.
E um outro assunto, bem mais delicado, em relação aquele homem. Depois de tudo que aconteceu, ele continuou em coma por mais alguns meses — Caso tenham esquecido, ele foi atingido bem na cabeça —, mas, como ninguém ia visitar ele e não tinha nenhum sinal da família, decidiram desligar os aparelhos que mantinham ele vivo.
Não vou dizer que meu coração não doeu, pois seria uma grande mentira, afinal, ele ainda era meu pai, e bom... Talvez fosse melhor assim.
— Helena, sai do mundo da lua! Vamos brincar de amigo invisível! — Samuel chamou.
Me levantei rapidamente e abaixei um pouco mais o vestido que eu estava usando.
Era véspera de natal, todos estávamos na casa de Sérgio e Samuel. Não preciso nem dizer que aquela casa de tornou nosso ponto de encontro e pra onde sempre íamos.
Dinho e Valéria ainda não tinham chegado. Eles haviam casado em setembro desse ano, em uma pequena capela na Serra da Cantareira, onde Valéria abriu um orquidário, sua outra paixão, além da moda e Dinho.
— Opa, chegamos bem na hora! — a voz de Dinho ecoou pela sala, onde todos estávamos reunidos.
Minha avó tinha ficado bem mais próxima de todos nós, pois no ínicio ela não gostava tanto, pois tinha um pouco de receio de não gostarem dela. Acho que eu não era a única com problemas de confiança.
Mas depois de Júlio implorar muito — Porque se fosse eu, nunca que ela ia se aproximar —, ela finalmente cedeu e começou a vir em alguns momentos em que todos estávamos reunidos. Spoiler, todo mundo amou ela, principalmente a dona Nena, agora elas passam a tarde toda conversando, especialmente sobre receitas.
— Tá, vamos começar!
O nosso amigo invisível foi totalmente caótico, uns ganhavam presentes maravilhosos, outros faziam brincadeiras com seu amigo invisível. Como aconteceu com Bento, ele recebeu uma caixa de sabonete do seu amigo invisível, Samuel.
Bom, eu ganhei uma sandália com brilhos, de Aninha. Ela e Bento também estavam planejando casar-se. Na verdade, todos, praticamente, estavam pensando em se casar.
Menos Sérgio e e...
— Helena. — ouvi Sérgio me chamar.
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𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐎𝐔𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐎𝐋, sérgio reoli
Fanfiction𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐌𝐚𝐢𝐚 𝐀𝐥𝐛𝐮𝐪𝐮𝐞𝐫𝐪𝐮𝐞, apenas mais uma moradora comum da cidade de Guarulhos. Mas, em 1989, foi o ano em que sua vida avançou mais um degrau, depois de conhecer cinco meninos, que assim como ela, sonhavam em ganhar a vida e o...