— Então...— falei, vendo que Sérgio ficou em silêncio depois que terminei de contar tudo.
— Eu... Eu nem sei o que falar. — ele passou a mão pelos cabelos, tentando digerir todos meus traumas que acabará de contar para ele.
— Não precisa falar nada. Eu entendo perfeitamente se você estiver chateado comigo...
— Chateado com você? porque eu estaria chateado? — ele me olhou, tirando a mão do cabelo e tocando nas minhas. — Foi uma decisão minha esperar o seu tempo pra conversar comigo. Eu seria um tremendo babaca se estive chateado com você.
Olhei para os olhos de Sérgio, seus olhos transmitiam uma paz indescritível, fazendo com que borboletas voassem loucamente pelo meu estômago.
— Obrigada, Sérgio, de verdade...— uma lágrima solitária caiu dos meus olhos, junto de um sorriso sincero.
Sérgio me abraçou, assim ficamos por alguns minutos, o que pareceram horas. Seu abraço era extremamente reconfortante, sentia todo meu corpo relaxar e minha mente se calar enquanto estava na presença dele.
Infelizmente ele teve que ir embora, mesmo ambos querendo ficar perto um do outro.
— Te vejo amanhã. — disse Sérgio, ainda me abraçando e depositando uns selinhos em meus lábios.
— Obrigada por hoje, você vez eu me sentir muito mais leve.
— Sempre que precisar, eu vou estar com você.
Após se despedir, Sérgio caminhou com as mãos nos bolsos até sua casa. Fechei o portão de casa e segui até a porta da frente. Minha avó estava na sala assistindo televisão. Sentei-me ao seu lado, em silêncio.
— Tudo bem, meu amor?
— Estou bem na medida do possível, vovó. — me aconcheguei em seu colo.
— Não sei pelo o que você está passando minha neta, mas garanto que você vai conseguir passar por tudo isso, você é muito forte. — minha avó falou, afagando meus cabelos.
Apenas refleti sobre o que minha avó falou. Eu seria tão forte mesmo?
Passei alguns momentos com a minha avó, assistindo junto com ela a novela que passava na tv. Tentava não pensar muito no que tinha acontecido mas últimas horas, também não queria conversar com a minha avó sobre, tinha certeza de que ela ficaria extremamente preocupada e iria querer me proibir de tocar junto com os meninos, mesmo sabendo que é o meu trabalho.
Parar de fazer show com os meninos era a última coisa que eu queria agora, mesmo depois do evento traumático que acabará de acontecer no último show. Eu sabia que estava correndo o risco de reencontrar aquele homem de novo, não podia deixar que meus traumas afetassem a única coisa que estava fazendo eu me sentir viva: viver da música.
Já estava ficando tarde e a novela já tinha acabado, então resolvi ir tomar um banho para tentar relaxar meu corpo. Passei cerca de uma hora no banho, sim, uma hora. Eu costumava tomar banhos em um tempo bem menor, mas eu estava precisando tomar um banho bem demorado.
Quando sai do banho, simplesmente me joguei na cama e dormi, tentando esquecer tudo.
🌞
Acordei com algo — ou alguém — cutucando o meu pé.
— Só mais cinco minutos, vovó. — resmunguei, jogando a coberta por cima de mim.
— Que vovó o que, sua louca. — reconheci aquela voz rapidamente.
— O que faz aqui tão cedo, Dinho?
— Cedo? já é onze da manhã. E respondendo sua pergunta, eu vim aqui te chamar pra ir ensaiar.
— Onze da manhã? — sentei na cama, arrumando o cabelo e passando a mão pelo rosto. — Não tá muito cedo pra um ensaio? — suspirei.
— Claro que não, larga de preguiça e vai se arrumar, tô te esperando na sala. — Dinho levantou e saiu do quarto.
Levantei morrendo de sono ainda e fui para o banheiro, tomei um banho relativamente rápido, vesti um short jeans e uma regata branca, não iria me surpreender se estivesse combinando com Sérgio, ele amava regatas brancas.
Sai do banheiro e dei de cara com Júlio, tomando café e fofocando com a minha avó. Rapidamente corri para abraçar o mesmo, que acabou de assustando e engasgado-se com o café.
— Que susto, Lena. — ele riu, devolvendo meu abraço.
— Desculpa. Eu tava morrendo de saudade. — sorri.
— Não gostei, não recebi esse abraço quando cheguei. — Dinho fez uma cara emburrada.
Corri para abraçar o mesmo também, fazendo com que ele soltasse o sorriso mais lindo.
Talvez eu estivesse bastante amorosa essa manhã.
Depois de muitos carinhos, seguimos para a casa dos Reoli, onde era nosso ponto certo para encontros da banda e ensaios.
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★⋆ ▬▬▬ NOTAS FINAIS ▬▬▬ ⋆
capítulo bem pequeno só pra eu relembrar como escreve KKAKAKAKAKAK 😋☝🏻
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𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐎𝐔𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐎𝐋, sérgio reoli
Fanfiction𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐌𝐚𝐢𝐚 𝐀𝐥𝐛𝐮𝐪𝐮𝐞𝐫𝐪𝐮𝐞, apenas mais uma moradora comum da cidade de Guarulhos. Mas, em 1989, foi o ano em que sua vida avançou mais um degrau, depois de conhecer cinco meninos, que assim como ela, sonhavam em ganhar a vida e o...