CAPÍTULO 20

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O susto que eu levei naquele momento não poderia ser descrito em palavras. Aposto que meus vizinhos achariam que eu estava sendo assassinada. Tudo culpa daquele gato velho da minha avó.

— Te odeio, seu gatinho sapeca! — gritei com o gato, como se ele pudesse ouvir.

Ele simplesmente me olhou, como se me julgasse, e bateu as pernas para longe.

— Gato folgado, só está vivo porque eu te salvei.

Quando me deu conta, percebi que havia dormido na escada. Dica do dia: não deixe seus medos te dominarem, você pode passar vergonhas enormes.

Algumas pessoas que passavam pela rua me olhavam, aposto que me acharam doida, por estar descabelada, com pijama, rosto inchado e falando sozinha. Um belo jeito de começar o dia.

Levantei com um pouco de dor nas costas, algo que não me surpreende devido as condições e o local que eu dormi essa noite.

Tomei banho e aproveitei o minino de energia que eu tinha para preparar meu café também. Depois, sentei no sofá e comecei a ler alguns  livro aleatório que tinha por ali, até que a história era interessante.

O tempo foi passando, a fome voltando. Fui até a cozinha procurar algo para comer, novamente. Assim que terminei om tédio se fez presente, então decidi que iria visitar meu amado amigo Samuel, tava morrendo de saudades dele.

Me arrumei e segui andando para a casa de Samuel, não estava com esperanças de ver Sérgio agora, pois ele com certeza estaria trabalhando agora.

— Samuel!

Gritei na frente do portão, demorou uns minutos até Samuel aparecer com o rosto inchado.

— Ta perdida, é? — ele falou abrindo o portão.

— Oi pra você também.

Eu e ele entramos na casa enquanto conversávamos sobre como tinha sido nesses últimos dias. Nada de interessante pra nenhum dos dois.

Passou um tempo, Samuel e eu só ficamos na sala jogando videogame, ajudei a mãe dele em algumas coisas, conversei com Sueli, coisas monótonas.

Então, do nada, Samuel decidiu que queria tomar sorvete. Se nem que eu nem julgo ele, tava um calor tão grande. 

— Ainda bem que essa sorveteria vive aberta.

Samuel falou enquanto saboreava seu sorvete, concordei balançando a cabeça.

— Qual a rádio que tá tocando essas músicas? — perguntei, ouvindo algumas músicas super legais no rádio que tinha ali na sorveteria.

— Acho que é a rádio 89.

Voltamos a nos concentrar no nosso sorvete, até que uma música bem conhecida por mim e por Samuel começa a tocar.

— Eu não acredito! — olhei para Samuel, que estava com a mesma expressão de assustado que eu.

— A gente tá na rádio 89!

No mesmo instante eu e ele saímos correndo para casa, deixando nosso sorvete de lado. Fomos correndo tão rápido que umas pessoas ficavam olhando pra gente e se perguntando o que se passava na nossa cabeça.

Mas naquele momento nós estávamos tão ansiosos e animados para contar a super novidade, que nem estávamos ligando para o que as pessoas achariam ou não.

— Gente, gente! Liga na rádio 89! — Samuel entrou gritando em sua casa, assustando seus pais e Sueli.

— Por que? — Sueli perguntou, pegando o rádio.

𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐎𝐔𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐎𝐋, sérgio reoliOnde histórias criam vida. Descubra agora