CAPÍTULO 36

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NARRADOR

Um, dois, três, quase quatro messes "dormindo". Era assim que Helena encontrava-se.

Querendo ter forças para abrir os olhos e levantar daquela cama, Helena estava a beira de um colapso. Queria gritar, parecia estar em um pesadelo sem fim.

Para ela parecia que tinha se passado apenas alguns dias, mas já eram meses.

Em sua mente ela estava em um sonho. Era um lugar tranquilo, parecia ser um bosque com um lago mais a fundo.

Helena estava sentada em um balanço mais acima daquele lago, parecia ser uma colina. Ela estava se balançando e sentindo o vento gélido bater em seu corpo. Ela estava mais pálida que o normal.

Enquanto ela se divertia naquele balanço, esquecendo o mundo ao seu redor, uma figura feminina apareceu por de trás das árvores.

— Filha? — uma voz suave preencheu o ambiente.

Helena sentiu o coração acalmar e os olhos lacrimejando.

— Mamãe...— falou com a voz falha.

Ainda sentada no balanço, Helena sentiu braços suaves rodarem seu corpo, em um abraço apertado.

— Filha, eu tava com tanta saudade de você. Mas não era pra você estar aqui...

— Mamãe, por que você me deixou? — Helena deixava algumas lágrimas rolarem por sua bochecha.

— Meu amor... Eu não deixei você, me perdoe...

— Tudo bem, mãe, tudo bem...

Ambas estavam chorando, com saudades. Helena se sentou na grama abaixo do balanço, ainda abraçada com sua mãe.

— Eu senti sua falta, meu amor. — a mais velha acariciou os cabelos loiros de Helena.

— Eu também senti sua falta. Eu não sei o que está acontecendo, porque eu tô aqui?

— Isso é apenas um sonho, filha. — ela sorriu, triste. — Um dia, nós vamos nos encontrar novamente. Mas por agora... Você precisa voltar.

— Mas... Não tem mais nada pra mim lá, eu quero ficar aqui com você. Eu quero ficar ao seu lado, mãe!

— Mas não podemos, filha, não podemos mudar algo que já aconteceu. Mas você tem que voltar pra mudar algo que pode acontecer.

Nesse instante, ao ouvir sua mãe terminar de falar, Helena olhou para os céus e viu que eles ficaram nublados.

A cabeça de Helena começou a doer freneticamente, fazendo ela tocar sua testa para tentar aliviar a dor. Tudo ao redor da mais nova começou a sumir como se fosse uma fumaça. A mãe dela já não estava mais ali, nada estava mais ali.

Caindo completamente no chão, Helena fechou os olhos, sentindo todo seu corpo relaxar.

EM UM OUTRO LUGAR...

Hoje seria o dia do último show da turnê dos mamonas assassinas no Brasil. O último show seria em Brasília, onde todos os fãs já estavam com a espectativa a mil.

Antes de embarcar no avião de ida para Brasília, todos os meninos foram até o hospital visitar Helena. Era por volta de dias horas da tarde quando os meninos foram ver ela. Eles teriam que embarcar cedo para conseguir organizar tudo certo para o show de mais logo.

— A gente volta logo, Helena...— Júlio falou, pegando nas mãos da mesma.

— Vê se fica bem logo.— Bento colocou um casaco de crochê que sua mãe tinha feito para Helena em cima da cama.

— Acorda logo, pitchula.— Dinho disse.

— Isso mesmo. — Samuel concordou.

Sérgio olhava para Helena com um aperto no coração. Naquele dia ele acordou sem vontade alguma de fazer show. Não estava se sentindo nada bem.

— Eu volto logo. — Sérgio depositou um beijo na testa de Helena.

Todos saíram da sala, deixando Helena sozinha ali. Porém, algo naquela sala mudou.

Helena tentou murmurar algo.

🌞

Mais tarde, naquele mesmo dia, os meninos já haviam embarcada no avião para ir á Brasília. Todos os familiares estavam no aeroporto se despedindo dos meninos.

— Vamos, mãe? — Sueli perguntou a sua mãe, que estava perdida em pensamentos.

— Ah, vamos sim...

Elas saíram junto com seu Ito para o carro, dando partida para casa.

Todos estavam em silêncio, o clima estava meio frio e triste, algo meio fora de comum em guarulhos.

Quando chegaram em casa, Sueli ajudou sua mãe a fazer algumas coisas de casa.

— Mamãe, vamos visitar a Helena hoje? Eu estou com saudade dela. — Sueli sugeriu.

Ela estava passando o pano na mesa enquanto sua mae terminava de lavar louça.

— Claro, filha. Eu também estou com saudades dela.

Era certa de seis horas da tarde. A essa hora os meninos já estavam em Brasília. Sueli e Nena estavam terminando de arrumar-se para ir até o hospital visitar Helena.

Sueli iria levar algumas bijuterias que comprou para Helena, já dona Nena iria levar uma bolsa de crochê que ela mesmo tinha feito.

Elas pediram para Ito ir levá-las até o hospital, já que não era tão perto para ir andando. O horário de visitas era apenas sete horas, então elas tiveram que esperar um bom tempo até entrar na sala.

Quando finalmente deu o horário elas não perderam tempo e logo trataram de aproveitar a visita.

Helena estava do mesmo jeito que antes, porém, parecia estar mais "esperta", como se logo ela fosse despertar daquele coma.

— A gente tá morrendo de saudade, Helena. Hoje os meninos foram fazer o último show da turnê aqui no Brasil. Eles vão voltar ainda hoje, mas vai ser um pouco tarde...

Sueli parou de falar assim que viu algo incomum acontecer.

— Mãe, mãe!

— Oi! O que aconteceu?

— Mãe, a Helena tá acordando!

𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐎𝐔𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐎𝐋, sérgio reoliOnde histórias criam vida. Descubra agora