CAPÍTULO 42

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NARRADOR

Já passavam das duas da tarde, quando Valéria recebeu uma ligação do seu namorado, Dinho.

— Alô? — indagou, ao atender o telefone.

Val, meu amor. Você vem pro ensaio de hoje? — a voz de Dinho ecoou pelo telefone, ele parecia estar apressado.

— Que horas vai começar?

Vai começar a... SAMUEL TEM GENTE NO PORTÃOOO.

A mesma teve que afastar o telefone do ouvido, para não ficar surda.

— Dinho, não grita! — repreendeu o namorado.

Ah, minha pitchula, me sorry, é que tinha alguém batendo no portão sem parar e ninguém ia atender. Mas, respondendo sua pergunta, vai começar agorinha, agorinha mesmo, corre pra cá pra ver seu pitchulo cantando.

Ok, então, já estou a caminho.

Valéria desligou o telefone se olhou-se no espelho que tinha ali perto. Ela estava vestia normalmente, dava para ir ao ensaio sem trocar de roupas.

Ela foi até seu quarto e pegou a chave do carro. Ela não iria passar na casa de Aninha, pois sabia que hoje não daria para ela ir.

Entrando no carro, Valéria ligou o rádio e foi o caminho todo escutando as músicas aleatórias que tocavam no rádio. Até que começou a ouvir uma música dos mamonas assassinas e sorriu. Estava muito orgulhosa de todos, principalmente do namorado.

Ela foi encostando o carro devagar quando chegou na casa dos Reoli. Quando ela bateu na porta, quem atendeu foi Nena.

— Olá, boa tarde, dona Nena. — Valéria sorriu.

— Boa tarde, princesa.

Depois de um abraço caloroso, Nena deu espaço para Valéria entrar. Valéria caminhou até onde os meninos ensaiavam, mas parou ao ver quem estava ali.

Era uma menina, mas não era Aninha e muito menos Helena.

— Oi, meninos. — Valéria cumprimentou todos com um sorriso.

Ela também sorriu para a menina que estava ali, pois a educação sempre em primeiro lugar. Mas em troca recebeu um olhar de julgamento, sendo olhada dos pés ate a cabeça pela mesma. Toda a educação de Valéria se foi.

Caminhando até o namorado, Valéria deu-lhe um beijo. Voltando para sentar a lado daquela garota, ela não se deu o trabalho de perguntar seu nome.

O ensaio ocorreu tudo certo, mas Dinho sempre pedia uma dica para a namorada de como ele podia melhorar nas performances. De canto de olho, Valéria via a mulher revirar os olhos.

— Ellen, não é querendo expulsar você, mas é que a gente vai fazer uma reunião privada, só entre... Os mais próximos. — Sérgio afirmou. Ele estava claramente desconfortável com a presença daquela mulher ali.

— Ah... Sério? Mas será que eu não posso ficar? Juro que eu na vou contar nada pra ninguém.

— É... Acho melhor não. — Samuel murmurou.

𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐎𝐔𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐎𝐋, sérgio reoliOnde histórias criam vida. Descubra agora