HELENA MAIA
Acordei um pouco mais cedo que o normal hoje, mas não foi por que eu quis, foi porque o telefone não parava de tocar e ninguém atendia.
— Que coisa! — levantei da cama rapidamente e fui me arrastando até o telefone, ainda com a coberta sobre meu corpo. — Alô?
— Helena? É a Val, liguei pra avisar que a gente vai no show de encerramento da turnê dos meninos. Nem adianta falar que não, você vai sim!
— Nossa, mas assim, do nada?
— Vai ser um momento importante, muito importante. Eu só quero que você vá.
— Tudo bem... Você passa aqui pra me buscar?
— Claro, amor! Pode deixar que sete e meia eu tô aí na frente da sua casa, tá bom? Não vai esquecer e fica mais linda do que já é, beijo!
— Beijo.
Em seguida ouvi a chamada ser encerrada. Valéria me metia em casa uma. Era claro que eu estava tentando evitar a todo custo ver Sérgio. Eu não sei o que estava dando em mim, mas eu estava me sentindo péssima.
Ainda com a coberta sobre meu corpo, me joguei no sofá e liguei a televisão. Estava passando alguns desenhos e eu acabei recordando-me de quando eu era mais nova e passava horas assistindo desenhos.
Continuei jogada ali, de qualquer jeito, até ouvir a porta da frente sed aberta.
— Filha, me ajuda aqui.
Praticamente corri para ajudar minha avó, que estava cheia das sacolas.
Ela tinha ido as compras logo cedo, pois como hoje era o dia que a maioria dos trabalhadores iriam receber, o mercado estaria cheio depois do meio dia.
— Eu comprei várias coisas gostosas pra você, sei que aquela comida do hospital não era a das melhores. — vovó riu.
— Obrigada, minha heroína! — abracei a mesma.
Ajudei ela a organizar todas as compras que ela havia feito, que eram muitas. Acho que ela já tinha comprado o estoque do mês todo.
Depois, fui para meu quarto procurar uma roupa para ir ao show dos meninos mais tarde. Seria meio estranho ver eles fazendo o show sem eu estar ali, junto com eles...
Mas eu ainda não estou cem por cento bem para fazer tanto esforço e me dedicar em tantos shows que eles vem fazendo. Era mais uma questão de saúde.
Meu guarda roupa estava mais arrumado do que o normal, meu cesto de roupas sujas também estava vazio. Acho que minha avó andou ocupada enquanto eu estava em coma...
Como o show seria de noite, possa ser que esteja frio, mas como vai ter muita gente lá, talvez fique bastante calor. Vai entender.
Optei por vestir, mais tarde, um short preto, junto de uma blusa branca, com uma jaqueta jeans dos mamonas assassinas e uma bota preta. Ok, talvez fique bom.
Peguei minha toalha e fui até o banheiro, tomar meu primeiro banho do dia. Me olhei no espelho e reparei como estavam as minha condições. Meu cabelo havia crescido bastante, mas não tanto, estava nos ombros, porém, o que mais havia crescido era minha franja, que já nem era mais tanto uma franja.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐎𝐔𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐎𝐋, sérgio reoli
Fanfic𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐌𝐚𝐢𝐚 𝐀𝐥𝐛𝐮𝐪𝐮𝐞𝐫𝐪𝐮𝐞, apenas mais uma moradora comum da cidade de Guarulhos. Mas, em 1989, foi o ano em que sua vida avançou mais um degrau, depois de conhecer cinco meninos, que assim como ela, sonhavam em ganhar a vida e o...