— Eai Helena, o que 'cê achou? Já dá pra gente virar astros do rock, né? — Bento perguntou ainda enquanto desligava sua guitarra.
— Concordo totalmente — ri junto do japonês.
— Nosso passeio de bicicleta ainda rola? — Samuel perguntou sentando no chão.
— Passeio? — Sérgio perguntou olhando para o irmão, e depois me olha.
— Sim, a gente marcou ontem de todo mundo sair 'pra andar de bicicleta. Você aceita ir também? — perguntei.
— Ah... Claro — Sergio respondeu sorrindo.
— O problema é — bento chamou nossa atenção — Só temos apenas três 'bikes — ele coçou a cabeça.
— Mas uma tem garupa — Samuel falou colocando as mãos na cintura e fazendo uma pose engraçada genuinamente.
— Eu e a Helena podemos ir na que tem garupa — Sérgio disse com os braços cruzados.
Olhei 'pra ele com os olhos arregalados por um momento. Ok, ele estava fazendo questão de estar ao meu lado, ou é apenas delírio meu?
— Aposto que ele já gamou — bento diz dando um saquinho no ombro de Samuel.
— 'Cê ainda acha? — Samuel ri junto de Bento.
— Ta bom, chega desse assunto, vamos pedalar — os meninos me olham com as sobrancelhas arqueadas — Ta, vocês que vão pedalar — falo sorrindo.
Depois de conseguimos resolver como iria ser nosso passeio, fomos pegar as bicicletas que estavam no fundo da casa dos Reoli.
— Tenho certeza que isso vai quebrar assim que eu por meu belo popo — bento disse fazendo uma careta e logo em seguida recebendo um tapa de Samuel.
— Cala boca, japonês. Isso aqui é relíquia — Samuel pegou uma bicicleta, mas não podíamos negar que elas estavam com bastante poeira.
— Que minha renite não ataque, amém — falei enquanto Sérgio pegava a bicicleta com garupa, já Bento pegava uma que aparentava ser de uma criança de sete anos
— Ta zoando? — bento falou indignado
— Ei, cuidado com essa bebezinha ai, foi minha primeira bike — Samuel encarou bento com um olhar mortal
— Qual é, bento, da pra você andar de boa — Bento me olhou com uma sobrancelha arqueada e depois sentou na bicicleta — Ah... É talvez dificulte um pouco de você pedalar. Mas é difícil, não impossível - tentei consolar ele
— Vamos logo, já tá me dando fome — Sérgio disse já sentado na bicicleta
Fui até ele e sentei na garupa da bicicleta. Timidamente segurei na cintura do garoto a minha frente
— Pode se segurar a vontade, não quero que você caia — ele disse tocando minhas mãos e fazendo com que eu me segurasse mais forte em sua cintura.
— Ta bom...— falei ainda com um pouco de vergonha.
- Partiu! — Samuel falou animado.
— Eba! — bento estava no mesmo pique que Samuel, mas ao dar a primeira pedala a correndo da bicicleta caiu — Isso é macumba de alguém — falou choramingando.
Não aguentei e cai na risada, fazendo com que os irmãos dessem risadas junto comigo.
★ ★ ★
Neste exato momento, eu e os três meninos estavamos sentados praça da cidade, depois de um não tão longo percurso de bicicleta. Algo que resultou em muitas risadas, risadas causadas por todas as vezes que a bicicleta que bento estava lhe causava algum problema ou estresse. O japonês estressado era algo icônico de se ver.
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𝐄𝐍𝐐𝐔𝐀𝐍𝐓𝐎 𝐇𝐎𝐔𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐎𝐋, sérgio reoli
Fiksi Penggemar𝐇𝐞𝐥𝐞𝐧𝐚 𝐌𝐚𝐢𝐚 𝐀𝐥𝐛𝐮𝐪𝐮𝐞𝐫𝐪𝐮𝐞, apenas mais uma moradora comum da cidade de Guarulhos. Mas, em 1989, foi o ano em que sua vida avançou mais um degrau, depois de conhecer cinco meninos, que assim como ela, sonhavam em ganhar a vida e o...