🌈Capítulo 7

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BEATRICE

2023



"Ela é imperfeita, mas tenta

Ela é boa, mas mente

Ela é dura consigo mesma

Ela está destruída, mas não pede ajuda"

Sara Bareilles - She used to be mine



Se passaram anos e continuo na mesma.

Desempregada.

Bom, não completamente desempregada. Ainda trabalho na boate, por mais que eu tenha tentado muito quebrar o contrato, mas nunca que irei conseguir juntar um milhão de dólares.

Só que durante a semana tenho ficado doida, entregando currículo em qualquer lugar que esteja contratando, ou até mesmo quem nem esteja procurando novos funcionários.

Até trabalhei por bastante tempo em uma lanchonete local, por dois anos e alguns meses até que eles fizeram cortes de custos pelo movimento fraco que estava tendo. O que resultou em eu estar lutando contra as contas de casa.

Mesmo ganhando um dinheiro até que bom na boate, não é o suficiente para sustentar uma casa com três mulheres, um irmão na faculdade em outra cidade, e as contas de hospitais.

Porque, como para pobre pouca desgraça é bobagem, não só voltei a ficar sem emprego, como outra coisa decidiu voltar para minha vida.

O câncer.

No final do meu último ano escolar recebemos a notícia que minha mãe estava curada, a quimioterapia havia dado certo. Ficamos tão felizes que eu fiz uma enorme compra e comemos tudo que tínhamos vontade, sem ligar para o valor.

Minha mãe merecia tudo do bom e do melhor depois de lutar por anos com uma doença tão maligna.

Mas alguns meses atrás, em um exame de rotina, ela recebeu a notícia que estava com câncer de mama, o que tirou o chão dos meus pés.

E agora estou passando por tudo de novo e sem emprego, o que é pior.


"Estou esperando mamãe sair do consultório, por mais que esteja curada o doutor acha melhor ela fazer, regularmente, exames de rotina. Nunca digo a ela que isso sai muito caro, porque tenho certeza que sabe, mas não me importo de gastar fortunas para deixar sua saúde em dia.

Como recebi uma folga na lanchonete decidi acompanhá-la, por mais que mamãe tenha dito diversas vezes que não era necessário, mas ignorei porque sei que não gosta de ir sozinha à clínica.

Estou a esperando na sala de acompanhantes, minha perna não para de balançar por baixo do vestido longo que estou usando, tento não deixar minha ansiedade transparecer no rosto, mas meu corpo não consegue ficar parado. Sinto as palmas das mãos suando como se fosse um riacho, e não adianta de nada que eu limpe, porque não consigo controlar.

Meus olhos focam na tatuagem em meu pulso: MAKTUB.

Não gosto quando inconscientemente minha atenção vai para ela, porque é como se meu interior estivesse avisando que algo vai acontecer, porque estava escrito e eu tivesse que me preparar.

My Rainbow GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora