ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS HOT
Amélia Miller
Eu encosto a cabeça na janela fechada, enquanto Charlie dirige em silêncio. Meu punho dolorido que pulsando me lembra o tempo inteiro da porrada que eu meti na Tess agora pouco, ao mesmo tempo em que suas palavras sobre Carlie pairam por minha cabeça. Eu confio nele – de verdade –, mas ainda me sinto muito insegura em relação ao seu histórico com mulheres. Basicamente, todo mundo já me avisou sobre como ele é um traíra mulherengo – mesmo que eu já soubesse disso. Quero acreditar que ele é diferente comigo, mas já foram tantos avisos...
— Ei, você tá legal? — Charlie pergunta e apoia a mão na minha coxa, a apertando suavemente. Olho para ele.
— É, eu...tava pensando no que a Tess disse. — Suspiro
Posso ouvir Charlie suspirar também. Ele fica em silêncio por alguns segundos, apenas alisando minha coxa com a ponta dos dedos, provavelmente pensando no que dizer. Enquanto olho para ele, também não consigo parar de pensar – será que ele pensa que é difícil ter só uma garota? Será que ele já enjoou de mim? Será que seria capaz de me trair e me trocar por outra? Isso tudo tá me deixando louca, e tudo porque estão enfiando essas paranóias na minha cabeça.— Não dá ouvidos ao que a Tess diz, ok? Eu nunca trairia você, ou trocaria você, ou enjoaria de você. — Charlie segura minha mão, entrelaçando nossos dedos antes de levar meu dorso até seus lábios e me beijar. — Você é muito importante pra mim, é minha namorada, e sou louco por você há anos; por que iria querer outra garota, se finalmente tenho você nos meus braços todas as noites?
Sinto meu peito aquecer com essas palavras, e eu olho para Charlie, os lábios meio entreabertos e os olhos vidrados em seu rosto. Ele permanece olhando para a estrada, mas ainda segura minha mão.
— É, eu sei...desculpa. — Com a mão livre, eu esfrego meu rosto suavemente. — Acho que isso só me assusta um pouco.
— O quê?
— A possibilidade. — Apoio o cotovelo no braço da porta, e o punho fechado na bochecha. — Você ouviu o que ela disse sobre minha mãe, e o mesmo poderia acontecer comigo.
Eu nunca pensei por esse lado, porque nunca tive um namorado, então nunca precisei me preocupar com outras garotas. Mas acho que, mesmo antes de entrar em um relacionamento com o mulherengo Charlie, eu já tinha medo de não ser o suficiente para um cara. Até se eu estivesse namorando com o Alec, que não faz do tipo mulherengo, eu teria medo de traição. O que meu pai fez com minha mãe não quebrou só o coração dela, mas o meu também.— É disso que tem medo? Por causa do divórcio dos seus pais? — Charlie olha pra mim brevemente. — Quer conversar comigo sobre isso?
Tenho certeza que ele já me ouviu chorando com a Alyssa, depois que meus pais me contaram sobre tudo e sobre a decisão da separação, porque foi pra casa deles que eu fui quando precisei desabafar. Deveria saber sobre a história, mas acho que não sabe.
— Tá, pode ser. — Abro um sorrisinho de canto. — Podemos comer enquanto conversamos? Estou morrendo de fome.Charlie ri baixinho e aperta minha mão gentilmente.
— É óbvio que tá, você gastou toda a energia pulando na Tess.
— Eu vou é pular em cima de você, se não parar de brincar com isso! — Apesar do tom autoritário, eu dou risada junto com Charlie, que olha pra mim ao parar o carro no sinal vermelho.
— Pular eu não sei se é uma boa ideia, agora sentar...Meu rosto esquenta quando noto o sorriso maldoso em seus lábios, me fazendo ofegar só de pensar nas baixarias que esse menino pervertido fica dizendo por aí. Por fim, eu reviro os olhos e dou risada, lhe empurrando de leve nos ombros.
— Deixa de ser pervertido, cara!
— Você adora que eu sei. — Ainda sorrindo, Charlie apoia nossas mãos unidas na minha coxa e depois se inclina, deixando um beijo estalado na minha bochecha.
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ALL FOR US - Charlie Bushnell
FanfictionAmélia é invisível. Não literalmente, mas, para os grupos sociais da Bridgestone High, ela é completamente invisível. Mas ser invisível ou não é a última coisa com a qual a adolescente se importaria. Na verdade, Amélia nunca se importou muito em ir...