ESSE CAPÍTULO CONTÉM CENAS HOT
Amélia Miller
O pijama que eu peguei para usar é de seda. Eu o ganhei no meu aniversário de 15 anos, porque minha mãe simplesmente decidiu que eu era mulher o suficiente para ter um pijama de seda. Ele está um pouco pequeno hoje em dia, mas eu uso para dormir mesmo, então eu não ligo.
Termino de me vestir, passando as mãos no tecido delicado do short. Todo o pijama é rosinha bebê, com rendado preto nas bordas e nas alças da blusinha. É fofo. Antes de sair do banheiro, solto o cabelo do rabo de cavalo todo bagunçado, sorrindo para meu próprio reflexo.
Quando volto para o quarto, lá está Charlie fuxicando meu bloco de desenhos de novo. Suspiro e fecho a porta, indo até ele na minha cama.
— Qual parte do "não toque no caderno" você não entendeu? — Tiro o bloco da sua mão, o fechando na hora. Tenho que me lembrar de esconder isso toda vez que Charlie vier pra cá.
Ele olha pra mim, observando cada movimento que faço ao caminhar até minha mesa de desenhos.
— Porra. — Ele diz e eu viro a cabeça em sua direção. — Que pijama é esse e por que não usou isso antes? Porra...Abro um sorriso malicioso, notando em seu rosto o efeito que esse pijaminha curto e bonitinho causa nele.
Depois de guardar meu caderno no lugar, volto para cama, onde me deito com Charlie. Viro de lado e ele faz o mesmo, olhando para mim. Ele estica a mão e seus dedos tocaram minha bochecha. A textura de sua pele é áspera, grossa, mas contra minha pele parece veludo. Suavemente, Charlie vai passando os dedos pelo meu rosto, descendo pela minha mandíbula, até meu pescoço, me fazendo ficar arrepiada. Mordo o lábio inferior com força quando ele toca o colo dos meus seios, se aproximando bem devagar deles. Seu indicador circula meu mamilo por cima do tecido fino, deixando-o rígido, principalmente por sua mão estar gelada. Charlie não desce mais como eu achei que faria, ao invés disso ele segura meu braço e volta a subir até meu rosto de novo, onde afasta meu cabelo para poder olhar nos meus olhos. Nesse momento, eu estou toda arrepiada e sem fôlego, e isso só porque ele me fez carinho.
— Você queria me dizer alguma coisa antes da Sofia interromper. — Murmura Charlie, tão baixinho que eu acho que nem se eu estivesse sentada na beirada da cama, conseguiria ouvir. — O que era?E voltamos à estaca zero. As borboletas fazem festa no meu estômago, e eu começo a ficar nervosa ao voltar a pensar no que tinha que dizer. Charlie percebeu meu nervosismo, porque segura minha mão e a ergue um pouco no ar, entrelaçando nossos dedos. Parte de mim acha que ele sabe bem do que quero falar.
— Muito bem...como eu ia dizendo antes de ser interrompida; lá na Tess, você disse para o Scott que eu era... — Meu coração dispara —...que eu era sua namorada. Estamos namorando?Os olhos castanhos de Charlie me observam atentamente, e eu começo a me perguntar se ele está achando que isso é uma pegadinha ou sei lá. Vai ver eu ouvi errado lá na hora, já estava caindo de bêbada mesmo.
— Por mais que eu tenha dito aquilo no calor do momento — Ele começa, e eu já sinto minhas esperanças se apagarem. —, você é minha namorada. Andamos por aí como namorados, trato você como namorada, eu chupo você como minha namorada...Dou risada, sentindo que meu peito vai explodir de euforia. Não consigo nem descrever o alívio que eu estou sentindo por ele tratar o que temos como um namoro; era tudo o que eu queria. Posso até não ligar muito para essas coisas, mas sou uma pessoa muito preto no branco – ou somos uma coisa, ou não somos nada, e ponto final.
— Mas é sério — Charlie continua, soltando minha mão para alisar meu rosto. —, você é minha namorada. Minha primeira e única namorada. Gosto disso...
Abro um sorrisinho teimoso, passando a ponta do dedo em sua bochecha e mandíbula, até o queixo. Levanto um pouco a cabeça de Charlie e ele me olha nos olhos, sem desviar.
— É assim? Você decide que eu sou sua namorada e pronto? Não vai me pedir? — Sussurro
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ALL FOR US - Charlie Bushnell
FanficAmélia é invisível. Não literalmente, mas, para os grupos sociais da Bridgestone High, ela é completamente invisível. Mas ser invisível ou não é a última coisa com a qual a adolescente se importaria. Na verdade, Amélia nunca se importou muito em ir...