CAPÍTULO 26

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Angie tinha ido embora a uma semana e Brave se arrependia por ter dito que sexo o fortalecia. Por que era uma mentira, mas essa semana que tinha se passado ele realmente se sentiu mais fraco.
Paul se sentou na grama com um livro nas mãos, Brave comeria seus sapatos se ele estivesse realmente lendo, mas ele não iria dizer nada. O sofrimento de Paul estava mudando a atmosfera do lugar. Brave não entendia como, mas estava e os dias eram longos e tristes. Até os filhotinhos estavam mais quietos e calados.
Ernie os chamou para o almoço, Brave comeu bastante carne e foi tirar um cochilo. Até que aquele cativeiro não era dos piores, será que Simple sabia disso? É claro que sabia, era Simple.
Ele continuaria ali se fosse ruim, se estivessem batendo nele, afinal foi por Ann, mas estava relativamente satisfatório ficar ali. Só mesmo a saudade era que doía.
E pensar no sofrimento de seus pais. Sua mãe principalmente. Simple tinha de achá-los. Ele poderia rastrear o cheiro de Brave, por que ainda não tinha aparecido?
Falando em cheiros... Um cheiro diferente vindo da sala lhe chamou a atenção. Brave não tinha um faro bom. Seu pai dizia que se ele tivesse praticado expandir seu faro, ele poderia conseguir um faro que prestasse, mas para quê? John e Gift já tinham faros excepcionais, eles eram a porra de dois super Novas Espécies, Brave estava bem em seu papel de Beta.
Mas ele se viu inspirando com força, tentando sentir o máximo do cheiro que pudesse. E um cheiro que ele podia identificar até debaixo d'água lhe chegou no nariz: uma fêmea!
Brave correu para o banheiro e tomou um banho dando especial atenção ao seu pênis. Ele sorriu pensando que logo aquela fêmea poderia estar com seu pênis em sua boca. É, não era um cativeiro dos piores.
Brave se secou, abriu o guarda roupas, tirou uma calça jeans, uma preta de corte reto, e uma camisa azul clara, que iria destacar sua pele escura. Ele secou os cabelos com secador e quando seus cachos estavam macios e brilhantes, Brave os amarrou, mas não na nuca, no meio da cabeça. Ele se olhou no espelho e treinou um sorriso diferente para impactar a fêmea logo que entrasse na sala.
Ele sorriu de lado, um sorriso malandro, mas achou melhor não, pois poderia mostrar a seus captores que ele estava gostando muito da situação.
Ele sorriu esticando os cantos da boca, mostrando seus dentes e presas branquinhos e suspirou. Não, ele não queria que essa fêmea se apaixonasse demais como aconteceu com Angie.
Ele apertou os lábios e sorriu como se estivesse entediado e, sim, era o sorriso adequado.
"Nem bonito e brilhante demais, nem fechado a ponto de mostrar desinteresse." Brave sussurrou.
"O quê?" Paul disse atrás dele, Brave sibilou com o susto. Porra de macho sem cheiro!
"O que está fazendo aí atrás de mim, seu idiota?" Brave perguntou, Paul fechou a cara e se esticou em toda a sua altura. Aquele idiota era maior que John, como isso era possível?
"Eu sou um idiota? Pois você é que parecia um idiota sorrindo para o espelho. E por que amarrou seu cabelo como se você fosse uma mulher?"
"Quem disse que existe um jeito de amarrar o cabelo para os machos e outro para as fêmeas? Eu gostei, eu fiquei bonito. A fêmea que..."
"Brave! Sobre isso, eu vim te falar que talvez você não devesse ir para a sala. Devemos..." Brave afastou Paul e o deixou falando no quarto indo exatamente para a sala. O que havia nos irmãos mais velhos que eles eram tão insuportáveis? Paul talvez fosse até mais novo que ele, mas tinha a mesma cara de quem estava com um pau em seu cu, igualzinho a cara de John e a de Gift.
Ele entrou no aposento e estacou. A fêmea mais bonita que ele jamais viu em sua vida estava sentada no sofá.
Brave deixou seu queixo cair, ela era impressionante!
"Tio! Essa é a Thea. Ela é como nós!" Apolo disse com um sorriso.
"Mestre Brave, essa é Thea, Senhorita Thea, esse é nosso mestre Brave." Ernie os apresentou. Brave foi até a poltrona em que ela estava sentada, se ajoelhou e disse:
"A seu serviço." Ele acabou usando seu sorriso arrasador, ela merecia.
A fêmea assentiu e baixou os olhos, Brave se levantou e estendeu a mão.
"Vamos?" Ele perguntou.
"Mestre Brave! Que indelicadeza! A senhorita Thea está aqui para..."
"Tudo bem, Ernest. Indique o caminho, Brave." Ela disse se levantando.
O pau de Brave começou a dar sinal de vida, ela era deliciosamente alta! Seu corpo era magro, com carne nos lugares certos, seu pescoço era enorme, Brave salivou por passar seus lábios ali.
Ela tinha a pele branca, bem branca, o que geralmente Brave não achava tão bonito quanto as peles bronzeadas ou negras, mas era um branco uniforme, ela parecia uma boneca de porcelana. Seu rosto era perfeito, os lábios eram delicados e bem desenhados, suas maçãs do rosto eram altas. As sobrancelhas eram tão incríveis quanto seu cabelo, multicoloridas.
Cabelos de várias cores eram comuns entre Novas Espécies, o próprio Simple tinha vários tons de vermelho em sua cabeleira. Tio Slade tinha cabelos listrados, cheios de mechas loiras bem claras entre as loiro escuras. Bells tinha cabelos escuros com mechas loiras na ponta, Jinx tinha cabelos castanhos com mechas loiras, e por aí ia.
Mas o cabelo daquela fêmea era diferente até entre os Novas Espécies. Brave olhou bem e viu uma mecha verde, uma loira bem amarelada, outra vermelha escura, outra branca...
Os cabelos vermelho, preto e branco de Matt! E ela tinha olhos verdes! Verdes bem claros, quase opacos, mas eram verdes.
"Você é filhote de Theo Benson por acaso?"
"Sim. Você o conheceu?" Ela perguntou. Até a voz dela era deliciosa!
"Não. Mas minha irmã é acasalada com seu irmão. Isso nos faz parentes." Brave disse sorrindo.
"Apolo, pode me levar ao quarto?" Ela disse, Apolo correu para ela, pegou sua mão delicada e lhe guiou a mão até o cotovelo. Ela segurou o cotovelo de Apolo, passou por Brave e tomou o caminho dos quartos.
Novamente o queixo de Brave caiu. Ela era...
"Ernie? Ela é cega? Cega mesmo?" Brave perguntou, Ernie o olhou por cima do nariz e fez um som de desprezo.
"Isso importa? O sistema reprodutor dela é perfeito. Vamos Mestre Alexandre, você tem lição." Ele disse, se levantando.
"Mas e o Apolo?" Alexandre reclamou.
"Eu também vou estudar, seu pau no..." Apolo disse voltando a sala e interrompendo o palavrão quando Ernie ergueu uma sobrancelha.
"Será difícil tirar de vocês as péssimas maneiras que aprenderam com seu tio." Ernie disse segurando nas mãos dos filhotes e saindo com eles da sala.
Cega! Como assim ela era cega?
Brave pensou nos olhos verdes, eram bem claros, mas ela baixou os olhos, ela olhou nos olhos dele quando ele se ajoelhou em frente a poltrona que ela estava sentada.
Ele suspirou e voltou ao quarto, era uma pena para ela não ver o quanto ele era bonito, mas o prazer não estava só nos olhos. Em seus estudos Brave estimava que sim, a visão era importante, mas o tato era mais.
Ele abriu a porta do quarto e arregalou os olhos, ela estava sentada na beirada da cama totalmente nua. A boca dele salivou por causa dos seios pequenos e perfeitos. Brave arrancou as roupas e logo estava nu também. Ele se tocou e sorriu.
"Por onde quer começar?"
"Deite-se. Eu sou virgem, vai doer, então ficarei por cima." Ela disse, sua voz estava calma, até um pouco entediada.
"Eu não deixaria que você sentisse dor, linda Thea. Nunca." Ele disse indo até a cama. Brave encostou seus lábios nos dela e quando ia pressionar de leve, ela virou a cabeça.
"Ok. Sente-se ali." Ela disse indicando uma cadeira.
"Você é cega, ou não?"
"Eu sou Nova Espécie, Brave. Sou sim cega, mas meus instintos são muito bons. Enquanto você demorava para vir, eu andei por todo o quarto e me localizei." Ela disse. Brave se sentou na cadeira, foi difícil, seu pau estava muito duro.
"Eu não acredito em você."
"Você não precisa acreditar. Só precisa calar a boca, se deitar nessa cama e me engravidar." Ela disse.
"Se continuar me tratando assim, meu pau vai amolecer."
"Duvido muito." Ela disse se levantando e andando até Brave. Ela fez isso devagar e por mais que estivesse com o corpo ereto, havia sim uma pequena hesitação em seus passos.
Ela esticou a mão, Brave ficou imóvel, a mão dela parou sobre o queixo dele. Ela tateou, viu que estava com a mão no rosto de Brave e passou o dedo pelo contorno dos lábios dele. Brave sorriu, ela retirou a mão.
Ele ia se levantar, ela lhe pôs a mão no peito.
"Fique aí." Ela comandou.
A ordem foi excitante, Brave se acomodou na cadeira trazendo seu corpo para a frente. Thea continuou tocando o corpo dele, as mãos dela eram leves, incendiaram o corpo de Brave, ele inspirou e o cheiro de excitação dela o deixou tonto.
Thea ergueu uma perna, Brave a ajudou a se sentar sobre ele, e quando ela desceu seu corpo sobre o pau dele, Brave sibilou. Ela era apertada, muito apertada. Quando a ponta do pau dele foi barrada pelo hímem dela, Brave lhe acariciou o corpo, tentando distraí-la da dor, mas ela deixou o corpo cair, seu hímem foi rompido com um grande barulho, ela arregalou os olhos e Brave viu que ela era realmente cega. Os olhos eram opacos, não havia brilho algum.
"Hum! Eu não pensava que..." Ela sussurrou.
"Se tivesse me deixado preparar você não teria doído."
"A dor faz parte da vida, o parto também vai doer. E agora?" Ela perguntou.
"Ainda dá para..." Brave disse e a beijou, ela empurrou o rosto dele.
"Sem beijo. Goze e acabe com isso." Ela disse.
Brave a encarou e olhar para aqueles olhos cegos e aquela expressão fria o incomodava muito. Ele se mexeu por baixo dela e foi delicioso, mesmo que fosse só alguns movimentos. Brave gemeu, ela ergueu as sobrancelhas.
"Pronto?" Ela devia ainda estar sentindo de dor e desconforto, Brave acariciou suas costas, ela sibilou baixo.
"É só isso?" Ela perguntou, Brave entendeu que ninguém tinha explicado nada para ela sobre sexo.
"Sim." Ele disse, ela saiu de cima dele, Brave sentiu um certo pesar ao ver que ela tinha as pernas sujas de sangue. Porém, ela era arrogante e metida demais, então não merecia um orgasmo dado por ele.
Ela tocou o meio de suas pernas, sentiu o sangue, cheirou os dedos e acenou.
"Adeus, Brave." Ela disse, Brave ficou sentado na cadeira olhando ela sair pela porta pensando que tipo de fêmea era aquela.
Ele tomou outro banho e se deitou na cama, ele tinha passado por muita coisa, mas nunca imaginou que encontraria uma fêmea tão esquisita. E tão linda. Da próxima vez Brave iria explicar para ela como era compartilhar sexo. Ia mostrar a ela toda a sua perícia. Se ela fosse mais humilde, lógico. Brave não esperava que ela soubesse que estava com o melhor que havia no mundo quando o assunto era sexo, mas ela foi arrogante demais.
Brave cochilou, a porta batendo contra a parede com força o acordou e assustou ao mesmo tempo, ele saltou da cama, a fêmea estava parada no batente da porta com uma expressão de pura maldade.
"Sentiu saudade?" Brave perguntou sorrindo tentando disfarçar as batidas furiosas do coração dele. Foi um susto daqueles!
"Você se divertiu? Estava rindo de mim?" Ela sibilou.
"Como eu poderia saber que você era tão inocente?" Brave disse.
"Vai pagar por isso." Ela disse e os olhos dela ficaram brancos, Brave ergueu as sobrancelhas.
"Acha que eu tenho medo de olhos brancos? Você continua linda pra mim." Ele disse e ia rir quando ela se transformou. Sua pele foi mudando, de uma pele lisa e branca para uma pele acinzentada e cheia de escamas. Uma calda começou a crescer do traseiro dela, os traços bonitos se esticaram. Seu cabelo aumentou de volume e os dentes dela cresceram.
Brave arregalou os olhos e deu alguns passos para trás até que uma parede o impediu de se afastar.
"Eu vou dilacerar você." Ela disse e saltou sobre Brave, Brave gritou usando toda a força de seus pulmões.

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