CAPÍTULO 29

117 20 5
                                    

Brave ainda dormia, Thea tinha ido embora, Paulo estava inquieto, seus instintos lhe diziam que ficasse alerta.
Ele tentou acordar Brave, Brave não acordou, Paulo o mordeu. Brave acordou com a dor da mordida e num movimento invisível lhe segurou o pescoço, os olhos dele ficaram amarelados e ele cravou suas unhas na jugular de Paulo, Paulo se debateu, mas Brave segurava com muita força, Paulo ficou imóvel e deixou o veneno de seu irmão correr por sua veias.
A dor foi excruciante, Paulo continuou imóvel até que a consciência lhe abandonou e a escuridão veio.

"Mano!"
"Pai! Papai!"
As vozes vinham de muito longe, Paulo estava em um local estranho, nebuloso onde ele não enxergava direito.
"Mestre Paulo! Mestre Paulo." A voz de Ernest soou mais clara que as vozes de Brave e dos meninos, Paulo direcionou seus olhos para a direita e viu, como se estivesse olhando de muito longe seu corpo no chão com Brave lhe sacudindo, Ernest e os gêmeos o chamavam.
Paulo tentou andar naquela direção, mas não conseguiu sair do lugar, Apolo estava chorando, ele tinha de mostrar para seu filho que estava vivo, que estava bem, mas ele não conseguiu se aproximar.
"Calma, tudo vai ficar bem. O veneno de Brave faz isso, não ajuda muito, por que ele não sabe como usar." Uma voz disse, Paulo procurou, mas não encontrou o dono da voz. Parecia um menino falando.
"Onde você está?" Paulo custou a pronunciar as palavras.
"Longe, muito longe. Estamos indo buscar vocês, mas não vai ser fácil. Eu só vim te dizer uma coisa."
"Que coisa?" Paulo perguntou, estar imóvel, parado como se estivesse atolado era horrível.
"Fique atento às sensações a sua volta. Vocês não são imunes ao que virá, então quando sentir angústia, ou tristeza, se concentre e me deixe te guiar."
"Por que eu deixaria alguém que eu não conheço me guiar?"
"Por que é a única chance que você, Brave e seus filhotes têm?" A voz pareceu bem debochada a Paulo.
"Você pode estar me levando para outro cativeiro."
"Minha família ama muito Ann Sophie. Tive de atravessar o mundo para vir te ajudar, mas ou você confia em mim ou vai ser sugado para o redemoinho de ondas sensoriais que irão varrer esse lugar dos dois lados. A escolha é sua." Paulo piscou e seu lado esquerdo do rosto doeu, ele viu que Brave tinha lhe dado um soco no rosto.
"Ai, que porra! A cara dele parece de ferro!" Brave disse sacudindo a mão.
"Como se ele fosse forte!" A voz disse.
"Eu devo correr na direção em que você me guiar?" Paulo perguntou.
"Sim. Desmaie Brave, jogue-o no ombro e corra. Eu vou abrir caminho. Só uma velocidade incrível vai te fazer fugir do que está vindo, tem de correr como você nunca correu."
"E meus filhos?" Paulo perguntou, uma dor na cabeça quase o desmaiou e a voz respondeu:
"Sua mente é particularmente difícil de sondar, desculpa. Sim, dois filhotinhos idênticos ao Tim. Jogue Brave no ombro, os pegue nos braços e corra."
"Você pode me ajudar a sair daqui?" Paulo disse olhando em volta.
"Sim. Eu só consegui contato por que você perdeu os sentidos, afinal você é filhote do meu tio Brass."
Paulo não pensava muito em seu pai ou sua mãe, mesmo Anna tendo falado muito deles, tendo contado como se conheceram e tudo, mas o que Paulo gravou foram os olhos brilhantes dela ao falar do amor de Brass e Sophia. Tudo na vida dele ficava relacionado a ela, às suas reações e a como ela se sentia. Tudo. Anna se tornou o espelho pelo qual Paulo via o mundo, nada tinha cor ou gosto se não fosse visto através dos olhos dela.
"Brave injetou veneno em mim pelas unhas. Eu não sabia que ele podia fazer isso."
"Ele só age através de algum tipo de estímulo externo. Ele deve ter se sentido aterrorizado."
"Qual é o seu nome?" Paulo perguntou.
"Castor. Eu vou te acordar e você vai fazer o que eu falei, ok?"
"Ok. E... Obrigado." Paulo disse a voz soltou uma risadinha e Paulo teve certeza de que Castor era bem jovem.
Ele se sentiu sendo sugado para uma espécie de redemoinho e do nada estava levando outro soco de Brave. A dor o fez se levantar com um salto, Brave sibilou de dor.
"Ai! Eu quebrei a porra do meu dedo!" Brave mostrou horrorizado sua mão esquerda com um dedo torto.
Ernest colocou o dedo de Brave no lugar, Brave sibilou de novo.
"Droga!"
"Mas deu certo, Tio! Oi, pai!" Alexandre disse, Paulo sorriu para ele.
"O que tem nos ossos da sua cara?" Brave perguntou, Paulo torceu os lábios.
"Eu não sei, só espero que a sua cara não seja como a minha." Ele disse.
"O quê?" Ele perguntou e não havia oportunidade melhor para mostrar o quanto Paulo odiava quando Brave fazia aquela pergunta idiota.
O soco mandou Brave longe, ele bateu a cabeça na parede e desmaiou, Alexandre e Apolo gritaram de susto.
"Mestre Paulo! O coitado só queria te acordar!" Ernest disse mostrando que sim, ele se apegou a Brave.
"Não temos tempo." Paulo jogou Brave num ombro, jogou Apolo no outro e pegou Alexandre com os braços.
"O que está fazendo, Mestre Paulo?" Ernest perguntou.
"Eu sinto muito, Ernest. Esse lugar será atacado e eu tenho de salvá-los." Paulo disse torcendo para que Ernest ficasse bem, enquanto saía correndo.
"Pai! Ernest não pode ficar aqui!" Apolo disse.
"Ele deve ser poupado." Paulo disse sentindo pesar pelo pobre humano.
"Não, não podemos deixá-lo." Alexandre disse saltando do ombro de Paulo.
"Alexandre! Eu não tenho como..." Paulo disse, mas Alexandre já corria de volta a casa.
"Ele nos ama, papai, não podemos deixá-lo." Apolo disse.
Paulo voltou correndo e passou por Alexandre, Ernest estava na porta da casa, seu rosto severo tinha um olhar doce.
"Vem, Ernest." Apolo desceu do colo de Paulo.
"Venham, venham aqui." Ernest disse se ajoelhando e abraçando Apolo e Alexandre.
"Minha missão está cumprida. Vocês são dois ótimos meninos e merecem viver longe daqui, merecem correr pela Reserva como o mestre Brave disse que os filhotes fazem, merecem lutar na sala de treinamento, merecem participar dos churrascos no lago, apostem em Vengeance, se Brave sempre aposta em Valiant, é por que Vengeance é melhor lutador, sabem como o coração de seu tio é mole." Ele disse e Alexandre começou a chorar.
"Foi uma honra criar vocês, vocês são meu orgulho. Agora me mordam como combinamos. Eu amo vocês." Ernest disse, Apolo se agarrou ao pescoço dele. Ernest o afastou e beijou a testa dos dois.
"Eu faço. Não vai doer, você não vai sofrer." Paulo disse jogando Brave no chão e se ajoelhando ao lado de Ernest.
"Obrigado por amar os meus filhos."
"Eu cuidei de você também. Até os três meses. Foi uma honra." Ernest disse alisando o rosto de Paulo, Paulo pegou a mão dele e lhe mordeu o pulso. Ernest piscou e sorriu.
"Estou feliz por poder pagar por meus pecados. Estou em paz." Ele disse e caiu.
Paulo voltou a jogar Brave num ombro, Alexandre em outro e pegou Apolo. Eles choravam, Paulo também, mas uma urgência o tomava, ele até pensou em enterrar Ernest, mas seus instintos gritavam para correr em toda a sua velocidade.
E Paulo correu. Ele mal sentia o chão sobre seus pés e quanto mais corria, mais seu coração disparava. O povoado em que Moisés o esperava da outra vez com seu filho morto estava uma loucura, barulhos de tiros, gritos e até o cheiro de um incêndio, chegou até Paulo, mas ele não parou. Numa encruzilhada, algo o guiou para a esquerda, ele continuou correndo reto até que foi guiado a entrar numa estradinha a direita dessa vez.
Paulo correu até sentir o cheiro de Moisés, de humanos aprimorados e o cheiro de Thea. Ele diminuiu a velocidade e ia parar quando Brave mesmo desacordado lhe disse para continuar.
"Castor?" Paulo perguntou ainda diminuindo o ritmo de suas passadas.
"Sim. Continue correndo. Não é possível sair por outro lugar." Era estranho ouvir Brave falando, o rosto dele batia contra a parte inferior das costas de Paulo.
Paulo voltou a correr no máximo de sua velocidade e logo a frente na estrada, ele viu Moisés, segurando um dos filhos dele, esse era maior que Timóteo e menor que Silas. Moisés tinha uma faca contra o pescoço do menino. Ao lado dele estavam Thea e um monte de humanos com as armas apontadas para ele.
"Continue!" Brave gritou, Paulo correu com tudo na direção de Moisés e os outros, quando ele chegou bem perto, Thea se ajoelhou segurando a cabeça e gritando. Moisés e o filho de Paulo que ele segurava pelo pescoço sumiram, os humanos começaram a atirar neles mesmos, Paulo continuou correndo, ele teve de saltar por cima de Thea ajoelhada no chão. Os gritos dela eram estridentes a ponto de fazerem os ouvidos de Paulo sangrarem e de acordar Brave.
"Paul?" Ele tentou sair do ombro de Paulo, isso quase jogou Paulo, Brave e os meninos no chão, Paulo precisou de toda a sua força para segurá-lo.
"Fique quieto!" Paulo disse.
"Eu queria correr, mas se você não se importa..." Brave disse ajeitando o rosto de lado contra as costas de Paulo.
"Fique quieto, só." Paulo disse.
E ele correu por várias horas, o peso de Brave e dos gêmeos lhe doíam os braços e os ombros, mas Paulo não parou até que sentiu alguém indo a seu encontro. Paulo foi guiado a entrar por uma estrada à esquerda e alguns quilômetros depois ele viu Simple correndo para ele.
Paulo diminuiu a velocidade, Brave virou o corpo e saltou. Paulo com seus filhos e Brave correram até Simple.
"Não parem, vamos." Simple disse e eles correram por mais vários quilômetros.
Até chegarem onde Paulo sentiu o cheiro de um menino que cheirava parecido com Simple e um delicioso cheiro de rosas.
Mais uma virada a direita e Paulo avistou um helicóptero. Ao lado da aeronave uma mulher de longos e brilhantes cabelos cor de mel estava agachada e um menino ruivo a abraçava.
Eles pararam, Brave se abaixou e vomitou, os gêmeos também. Paulo ficou imóvel, só respirando, suas pernas queimavam como o inferno.
Simple pegou a mulher no colo, ela soltou um grito estridente, Brave, Apolo e Alexandre seguraram a cabeça com as mãos.
"Chiiiii... Você pode. Eu estou aqui. É só uma ilusão, querida. Só uma ilusão. Concentre-se na minha voz. Eu estou aqui, eu te amo." Ele disse baixinho sentado chão segurando a mulher em seus braços enquanto ela gritava em agonia.
Outro menino ruivo rugiu, ele estava sentado dentro do helicóptero, tinha os olhos fechados e seu rosto de criança estava todo contraído. O outro menino ruivo abraçou Simple e a mulher.
"Pare, ou eu te mato!" A mulher disse entre gritos, a tensão era enorme, Paulo olhava a tudo aquilo espantado, mas não sabia o que fazer. Seus filhos o abraçaram, ele os pegou no colo, Brave desmaiou. Simple e o menino ruivo continuaram abraçados à mulher, ele dizia que a amava, que ela era mais forte e que ela iria vencer.
Paulo porém sentiu uma onda de veneno se aproximando, ele olhou em volta e se concentrou.
"Simple... Veneno. Está vindo e é muito."
"Vamos." Simple disse deixando a mulher no chão, ela tinha desmaiado, ele jogou Brave no piso do helicóptero, foi até o menino ruivo sentado dentro do helicóptero e o sacudiu.
O menino abriu os olhos, Paulo sentiu que aquele devia ser Castor. Simple colocou a mulher num assento e o menino prontamente afivelou a mulher ao assento. Simple também colocou e afivelou o menino ao lado da mulher e, quando viu melhor, Paulo o achou muito parecido a Simple. A mulher abriu os olhos, puxou o menino para seu peito, ele lhe beijou a testa. Paulo subiu no helicóptero, Simple fechou as portas bem quando o veneno chegava até eles. Paulo se sentou com seus filhos no colo, Simple fez a aeronave decolar.
Depois de todos ajeitados e afivelados, incluindo Brave ainda desmaiado, Paulo olhou para o menino parecido com Simple que tinha se ajeitado no colo da mulher e sentiu que a mulher era mãe do menino. Então Simple era casado? Paulo não se lembrava de Anna ter contado algo nesse sentido. Será que ele e a... Não, o menino devia ser um pouco mais velho que Apolo e Alexandre. Paulo fechou os olhos se resolvendo a tentar descansar.
Demorou muito, o sol já estava nascendo quando pousaram numa clareira. Paulo sentiu uma casa próxima e nessa casa ele sentiu cheiro de felinos como Simple, de humanos normais e até de humanos aprimorados. Paulo sorriu levemente. Anna é que tinha lhe ensinado o que significava aquele termo.
"Simple?" Ele sussurrou, todos no helicóptero dormiam.
"Há humanos que..."
"Aprimorados. É, são seguranças de Brian. Eles não demorarão a chegar. Relaxe." Simple disse.
Paulo ajeitou Apolo em seu colo, Alexandre estava sentado entre ele e Brave.
Um barulho de carro foi ouvido, Simple sorriu e desceu do helicóptero. Ele desafivelou a mulher e a segurou no colo com delicadeza.
Antes que o carro parasse, um outro homem ruivo saltou por uma das portas, correu até Simple e rugiu na cara dele acordando a mulher.
"Se escondendo atrás dela? Você não muda mesmo!" O homem disse, Simple aumentou o sorriso. A mulher apoiou o rosto no ombro de Simple, o outro homem a puxou dos braços dele, Simple continuou imóvel.
"Calma, querido. Olha, trouxemos Brave de volta." Ela disse depois de um tempo.
O homem a colocou sobre seus pés, ela abriu um imenso sorriso e Paulo sentiu uma onda de bem estar o tomando de tal forma que ele relaxou no assento.
"Você passou de todos os limites, Simple!" Um homem muito parecido a Simple, que era um pouco menor que ele disse saindo pela porta do motorista do carro.
Outro menino também saiu do carro e Paulo se surpreendeu ao ver que ele era idêntico ao menino que ele acreditava que fosse Castor.
Falando em Castor, ele pulou do assento, saiu do helicóptero e foi pra cima do menino idêntico a ele.
"O que eles estão fazendo acordados?" Castor perguntou.
Simple rosnou, a mulher colocou seu corpo entre ele e o outro homem ruivo, eles eram tão parecidos entre eles, tantos os adultos quantos os meninos que Paulo se sentiu meio tonto. Paulo e Brave se soltaram dos cintos e também pularam do helicóptero. O menino parecido com Simple já estava no chão ao lado de seu pai.
"Não deu pra manter o tio Joe e Brian dormindo. Vocês demoraram muito!" O menino se justificou.
"Olha só, Simple nos salvou, ok? Flora, bem, eu não sei por que ela foi, eu não entendi bem o que aconteceu, mas se ela foi, era por que precisava ir. Então você pode parar de ser um pau no cu, Brian, pra gente ir pra sua casa e comer alguma coisa? Parece que eu vomitei meu estômago." Brave disse alisando sua barriga.
Brave vestia apenas uma cueca e só nesse momento é que Paulo reparou nisso, mas ninguém se importou por ele estar seminu, nem ele mesmo. Já Paulo estava totalmente vestido e se sentia estranho com todos olhando para ele.
Simple sorriu para Brian, Brian rosnou, Flora se aproximou e tocou o rosto dele, a fúria em seus olhos foi se acalmando.
"É... Filhote, Brave tem razão. Só de dizer isso eu me coço todo. Vamos." O outro homem, que claramente era pai de Brian, disse.
"É melhor continuarmos viagem. Eu vou parar em Heatrow para abastecer, já devíamos ter chegado lá. Vou levar Paulo, Brave, os filhotes dele e Caim, vocês ficam aqui." Simple disse. Flora se virou para ele e sorriu, Paulo achou o sorriso um tanto quanto íntimo, o que era bem estranho.
"Foi uma grande aventura. Estou feliz por ter ajudado. E... Caim, você pode vir me ver mais vezes?" Paulo olhou para o menino parecido com Simple. Quem daria um nome daqueles para um menininho?
"Sim. Eu posso vir no próximo mês? E posso trazer meus primos, Nick e Max?"
"Claro que pode!" Ela disse abrindo um lindo sorriso no rosto, Paulo olhou em volta e viu que o sorriso dela atingiu tanto Simple quanto o tal de Brian.
"Eu não recomendo, Tia Flora. Max é um folgado e Nick é muito mandão, mais que o tio Hon." Um dos meninos ruivos gêmeos disse, o outro riu.
"Eu vou adorar conhecê-los." Flora disse.
"Eu também, afinal, são meus primos também, não é? Menos você, Caim, que é um clone. Ou te tratam como se você fosse filhote de Simple?" Brian disse com a voz pingando desprezo.
Simple deu um passo na direção dele, ele se esticou. Flora segurou na mão de Brian, sorriu para Paulo e guiou Brian para o carro. Antes de entrar, Brian acenou para Simple, Simple travou os dentes.
O outro homem ruivo foi até Simple e lhe apertou o ombro.
"Calma. Considerando onde você fez, Brian esfregar a relação deles na sua cara foi pouco. Você deveria levar uma surra por expor Castor, Caim e Flora a um perigo desses." Ele disse com a voz dura.
"Eu também te amo, irmão." Simple disse com sarcasmo.
"Eu que te amo, seu peste, sem ironias. Mas ele é meu filhote. Ele tem feito de tudo para se redimir e essa situação é ruim de todo jeito. Vá. Ann deve estar muito ansiosa." O homem disse, sorriu um sorriso estranhamente doce para Paulo e Brave e entrou no carro.
Os dois meninos ruivos acenaram e também entraram no carro, o carro foi embora.
Paulo ajeitou seus filhos que ainda dormiam num assento só e se sentou em outro. Brave se sentou no assento atrás do de Paulo, Caim se sentou no assento do copiloto e Simple novamente colocou a aeronave no ar.
Paulo fechou os olhos, ainda era difícil acreditar que estava indo se encontrar com Anna. Ele só acreditaria quando estivesse ante os olhos da cor do céu num dia de verão que só ela tinha.



FILHOTES - LIVRO 3Onde histórias criam vida. Descubra agora