Daisy abriu os olhos, o quarto estava agradavelmente escuro e ela suspirou. Mãos fortes a agarraram, ela deixou que Moses enfiasse uma perna grossa e peluda entre as dela e fechou novamente os olhos quando o sentiu penetrá-la por trás. Foi uma invasão forte e decidida exatamente como ele fazia todas as outras coisas e mais uma vez, Daisy sufocou o sentimento de culpa que a tomava a cada vez que Moses estava enfiado dentro dela.
Ele começou a se mover devagar, preguiçosamente como se cada estocada fosse tão deliciosa que estivesse inseguro se o próximo movimento conseguisse superar o prazer de cada arremetida. Daisy tentou travar os lábios com os dentes, mas o pênis dele era grosso e comprido na medida para esticar sua pele interna, a fricção desatava uma sensação tão intensa que era impossível não gemer ou rosnar e foi o que ela fez.
Rosnou usando suas cordas vocais de uma forma que até pareceu um rugido baixo, ele lhe mordeu a nuca cravando as presas, Daisy baixou a cabeça lhe dando mais espaço, Moses distribuiu pequenas mordidas pelos ombros e costas dela.
Daisy tentou imprimir mais urgência, jogando a bunda para trás com força, Moses cravou as unhas nos quadris dela a imobilizando, era delicioso e torturante ao mesmo tempo.
E Daisy não viu o tempo passar, ela aguentou aquela vontade imensa de gozar pelo que pareceu horas até que ele aumentou o ritmo e o clímax a tomou com tanta intensidade que Daisy gritou a plenos pulmões.
Um uivo que estremeceu as estruturas da casa foi o sinal de que Moses também estava sendo arrastado pela mesma onda de êxtase a qual Daisy foi.
O inchaço os prendeu, Daisy se sentiu totalmente à mercê dele e isso foi inquietante, ela nunca tinha se sentido impotente daquela forma, fraca, mole e presa. Era como se enquanto o pênis de Moses estivesse inchado dentro dela, eles fossem um só ainda que por poucos segundos.
"Eu tenho você." Ele sussurrou no ouvido dela, Daisy não disse nada, não havia palavras no fim das contas.
Quando ele se levantou, Daisy se encolheu abraçando sua grande barriga, tentando se convencer que a pessoa mais importante da vida dela estava ali, segura dentro de seu útero e só isso era o que importava, nada mais que isso.
A coluna dela arrepiou, era a sensação a que Daisy já estava se acostumando, significava que alguma visão viria.
Daisy não fechou os olhos e olhou para a janela, a imagem dos vidros abertos e da cortina foram se desfocando e logo os olhos frios, gelados, cor de diamante de Moses a encaravam. Por debaixo de toda a frieza havia um brilho de choque, como se ele não estivesse acreditando no que estava acontecendo. A cabeça dele balançou com o soco que Daisy lhe deu, ela usou toda a sua força no golpe.
Ela arregalou os olhos e a imagem da janela, da parede e das cortinas voltou, mas a sensação estranha continuou. Daisy se levantou, abriu a porta do banheiro, Moses estava se masturbando debaixo do chuveiro, a visão do corpo musculoso, nu, a distraiu de sua inquietação, Daisy abriu a porta do box e entrou, Moses cravou seus olhos nos dela e continuou a manipulação com uma mão, com a outra, ele a fez se ajoelhar ante ele no pequeno espaço.
Daisy obedeceu, ele sorriu o famoso sorriso de lado, malandro, porém, logo seu rosto se crispou e ele banhou o colo, pescoço e bochechas de Daisy com sua semente enquanto rosnava baixo.
Daisy o esperou abrir os olhos e quando ele fez isso, ela abriu a boca, Moses entendeu o recado e lhe enfiou o pênis duro na boca até a garganta, Daisy o ajeitou entre suas presas e o chupou com força engolindo todo o sêmen que não tinha sido arremessado sobre o colo e rosto dela.
Moses esticou o pescoço para trás e uivou, Daisy continuou o chupando com energia, ele enfiou os dedos entre os cabelos dela e lhe fodeu a boca com força, sem se importar com as presas de Daisy o que a fez cortar a pele do pênis dele algumas vezes.
Ele estava tão tomado de tesão que a dor do atrito da pele sensível do pênis com as presas de Daisy não foi suficiente para fazê-lo parar, Daisy firmou os lábios abertos no máximo e o deixou tomar as rédeas.
Quando ele gozou a boca de Daisy foi inundada com a semente e o sangue dos cortes, foi algo que nunca havia acontecido com ela.
Daisy o encarou, os olhos frios pareciam lançar raios elétricos, ele puxou a cabeça de Daisy para a dele a levantando e o beijo que resultou daquela ação foi tão elétrico quanto os raios imaginários que pareceram sair dos olhos dele, Daisy sentiu seu corpo ser sacudido por uma onda elétrica que só aumentava alimentada pelo roçar dos lábios grossos nos dela.
Moses a apertou nos braços enquanto saiam do banheiro, Daisy foi lançada na cama, Moses lhe abriu as pernas ao máximo e lhe mordeu o clitóris com força, cravando as presas.
Daisy rugiu, foi uma sensação dolorosa e prazerosa, todavia era apenas o início, pois depois de ter cravado as presas na carne mais sensível do corpo de Daisy, Moses começou a mover a boca rapidamente agitando todos os nervos daquela região, Daisy convulsionou até que gozou rugindo.
Quando sentiu que ela gozava, Moses diminuiu o ritmo, depois retirou as presas e passou a lamber delicadamente a buceta, a vulva e virilha de Daisy.
Ele se afastou, Daisy não tinha forças para se mover, nem mesmo para fechar as pernas, a única coisa que conseguiu foi fechar os olhos.
Moses lhe beijou uma pálpebra, a outra, ela não esboçou reação, ele riu.
"Meu pai estava certo quando dizia que se a fêmea ainda tivesse forças para piscar, não tínhamos feito direito. Bom, eu fiz o dever de casa." Ele disse, Daisy ainda tinha os olhos fechados enquanto o ouviu se vestir e sair fechando a porta delicadamente.
Ele tinha essa irritante mania de se incluir entre os clones e filhotes do Tio V, citando coisas que o Tio V falava, seus conselhos e xingamentos, como se fosse um deles, como se estivesse presente na vida da família do Tio de Daisy.
Ela acabou por dormir e só acordar bem mais tarde com muita fome. É claro que assim que tomou banho e saiu do quarto uma mesa cheia de comida a aguardava no jardim.
Daisy comeu até ficar saciada, acompanhada por uma silenciosa Thea, por Safira e Aruna que pela centésima vez discutiam quem era o humano mais bonito entre os convidados e Dez.
O Quimera tinha os olhos atentos, Daisy sabia que isso se devia a uma ordem expressa de Moses em vigiar o perímetro.
"Dez? Dentre nós quatro, não , não, me deixe mudar a pergunta, dentre nós cinco, contando com DoisQuatroSete, quem você acha que é a mais bonita?" Daisy perguntou, afinal não havia porque comer em silêncio.
Dez a encarou e pela primeira vez Daisy se perguntou se ele seria mesmo Dez ou Kabir, como Aruna vivia dizendo, por que o olhar com que ele brindou Daisy era um olhar muito inteligente, havia até um toque de ironia nas íris azuis, coisa que, segundo Candid tinha explicado uma vez, sua condição de último Quimera a nascer tornava impossível. Era um ponto totalmente estabelecido que a medida que os Quimeras foram nascendo algo desconhecido os fez apresentar níveis mais baixos de inteligência. O mais inteligente seria o Um, morto nas instalações e o menos inteligente seria Dez.
"Thea. Cabelos impossíveis, olhos brilhantes, mesmo sem a luz da visão." Ele disse, foi até Thea e se ajoelhou ante ela.
Thea não retribuiu o lindo sorriso cheio de dentes e presas do Quimera, mas passou uma das mãos pelos cabelos quase brancos, ele voltou para sua cadeira e Daisy encheu a boca de comida para não ter de falar nada.
"Ok, eu te dou isso, Dez, mas depois de Thea, eu sou a mais bonita, não sou? Minha pele é única, brilhante e escura como uma opala. E meus olhos são azuis. Vocês são até meio comuns." Safira disse, Thea acabou por rir levemente.
"Safira é criança." Dez disse dando de ombros, foi a vez de Aruna rir.
"Você está fora, então. Depois de Thea e tirando a 'criança', quem é a mais bonita?" Ela perguntou.
O Quimera coçou a cabeça um pouco confuso, principalmente com o olhar de raiva com que Safira o olhou, mas ainda assim respondeu:
"Daisy é de... Do Clone." Ele disse, Safira começou a rir.
"Viu? Nem Dez te acha bonita! Se ele diz que Daisy é de Moses, está dizendo que ela é a mais bonita depois de Thea!"
O Quimera baixou a cabeça encabulado, Daisy sorriu.
"Dez? Se eu sou criança e estou fora e depois de Thea, você acha Daisy a mais bonita, entre DoisQuatroSete e Aruna, quem é a mais bonita?" Safira perguntou olhando para Aruna cheia de deboche nos olhos.
O Quimera piscou, sorriu um sorriso muito triste e disse:
"Aruna não quer ser bonita e vou sentir falta de DoisQuatroSete." Ele disse e olhou para os fundos da casa.
Daisy inspirou, Aruna saltou e saiu correndo em disparada, Safira a seguiu.
"Vá atrás delas, por favor, Dez."
Thea pediu, o Quimera correu atrás das duas filhotes.
"Eu não sinto o cheiro de DoisQuatroSete." Daisy disse, Thea assentiu.
"Ann Marshall precisa de um corpo." Thea disse e se levantou, Daisy a segurou pelo braço.
"Você está dizendo que..."
"Que a minha amiga mais uma vez se sacrificou por nós, Daisy. Por você, por Pansy, por essas duas encrenqueiras, por mim e até pelo próprio Moses. Esse é o objetivo de vida dela, servir, servir acima de tudo, acima de sua própria vida." Thea disse num fio de voz.
Daisy saiu correndo também, ela correu por todo o caminho do chalé até a mansão e só parou quando chegou ao imponente pórtico da entrada da casa onde Dez segurava Safira e Aruna pelas mãos. Aruna tinha os olhos muito azuis e guinchava, Safira sibilava.
Moses estava parado a frente do automóvel segurando a porta aberta, DoisQuatroSete estava parada olhando com tristeza para as duas filhotes que se debatiam tentando se soltar das mãos de Dez.
Quando Daisy parou ofegante na frente do automóvel todos olharam para ela, por um instante ela quis ir até DoisQuatroSete, pegar numa das mãos dela e a incitar a correr, a fugir, mas Daisy estava mudada agora.
Ela sabia que sua vida feliz fazendo o que era justo e certo tinha acabado no momento em que acordou naquela casa e que às vezes, seguir seu coração não era possível.
Daisy foi até às filhotes e abraçou Aruna, ela tinha os olhos azuis, mas não parecia estar mudando a atmosfera ou plantando ilusões na mente de alguém. Daisy a abraçou apertado e Aruna retribuiu o abraço, Dez pôde fazer o mesmo com Safira.
O carro partiu, Daisy ficou ainda abraçada a Aruna, as lágrimas da filhote molharam todo seu ombro.
"Você sentiu, não foi? Ela não tem mais cheiro! Ela não tem mais cheiro, por que ela vai deixar de existir! Ela vai deixar de existir e eu não pude nem guardar o cheiro que ela tinha quando partiu!" Aruna disse chorando, Daisy a pegou no colo do jeito que deu e entrou na casa com ela, haviam muitos humanos assistindo tudo, ela não olhou para lado nenhum, pois se desse com os olhos debochados deles, Daisy faria uma loucura.
Ela entrou no quarto de Aruna e a deitou na cama, logo, Safira entrava no quarto e se deitava com Aruna, Daisy continuou de pé.
As duas se abraçaram, Daisy se sentiu de fora, então saiu do quarto.
Moses estava no escritório, sentado em sua cadeira, mais uma vez lendo aqueles papéis, Daisy entrou como um furacão, ele ergueu os olhos para ela, ela o socou com tanta força que sentiu seu maxilar quebrar em pelo menos uns quatro pedaços.
Ele a olhou com surpresa, ela saiu do escritório pouco se importando se os humanos que pareciam estar por todos os cantos daquela casa tivessem visto ela socando a cara do herdeiro do homem mais poderoso do Submundo.
Ela saiu, voltou andando calmamente para o chalé, se sentindo vazia.
Aos poucos Moses estava mudando as prioridades dela e isso doía muito. Aquele mundo estava apodrecido e envenenado, ela tinha de se manter fora daquilo, mas gradativamente estava começando a colaborar com as atrocidades que eles cometiam.
Thea continuava no mesmo lugar, na mesma cadeira e tinha a mesma expressão nos olhos de quando Daisy saiu correndo.
"Quando foi, Thea?" Daisy perguntou.
"Quando foi que eu me dei conta de que eu tinha de abandonar quaisquer princípios para sobreviver? Essa é a sua pergunta, Daisy? Ou está perguntando quando foi, se é que alguma vez eu me arrependi de ser quem eu sou, quando foi que eu parei de me importar com o Bem?"
"Acho que um pouco de tudo. Quando você..."
"Eu sou o que sou, Daisy. O Bem-Maior acima de qualquer coisa nunca foi uma opção para mim. Eu sou a que entrega a alma ao Mal para que outros possam escolher o Bem. Sempre há um preço, sempre há um custo."
"Eu sempre pensei que estava doando minha vida ao nosso povo, sabe? Nas missões, eu nunca hesitei. A missão sempre esteve acima de mim, eu nunca corri de levar um tiro ou de uma luta se isso significasse salvar vidas. Agora, DoisQuatroSete está se entregando para que Moses e eu..."
"Não foi por isso, não seja idiota." Thea a cortou. Daisy não gostava quando Thea a chamava de idiota, mas o tom que Thea usava era tão absoluto que ela ficava sem ter como refutar.
"Eu e Moses fizemos um acordo. Se ele ensinasse como separar a Vovó Espertinha de Quarenta e Dois e arrumasse um corpo para isso, eu deveria me entregar a ele."
Thea riu, uma risada cheia de sarcasmo e desprezo. Ela era boa, Daisy sentia que ela era, mas era ruim também, quase na mesma medida.
"E por que já estão dormindo juntos e fazendo um escândalo toda noite a mais de quinze dias? Só agora é que ele a mandou, ele não deveria já ter feito isso? E se ele não a mandasse, você o expulsaria de sua cama? De seu banheiro, do sofá, da cozinha, da clareira, do telhado?" As últimas palavras foram ditas num tom engraçado, Daisy deu de ombros embaraçada.
"Por que cargas d'aguas vocês foram fazer sexo no telhado? Arriscando caírem de lá de cima?" Thea perguntou. Daisy sorriu, mas foi apenas um hiato momentâneo, logo a tensão da conversa voltou quando Thea a encarou com seus olhos cegos duros e disse:
"Moses não a enviou por ter um acordo contigo. Ele vê a porra do futuro, a proposta que lhe fez foi apenas algo que ele já tinha aceitado fazer."
Daisy inspirou profundamente tentando se acalmar. Aquele filho da puta!
"É. Ele é um filho da puta. Ou um desgraçado. Ou um pau no cu, mas eu acho que você deve estar pensando nele como um filho da puta, não é?"
"Ele é quem ele é, e essas coisas servem para que eu não baixe a guarda. Isso me ajuda a não esquecer quem ele é de verdade. Me ajuda a não..."
"A não se apaixonar?" Thea completou por Daisy, sua voz era puro sarcasmo.
"Não estou apaixonada!" Daisy gritou.
"Não, claro que não. Está vinculada, o que é pior."
"Eu não estou..." Daisy estava gritando novamente e Thea tapou os ouvidos.
"Seu irmão é o resultado do que se acontece quando há um vínculo unilateral, você é o resultado do que acontece quando os genes fecham os olhos para o caráter do macho ou da fêmea no Vínculo." Ela disse e se levantou, Daisy estava com a cabeça a mil, então não retrucou.
"Quando os contos de fadas dos seus pais e dos outros casais de primeira geração se tornaram isso? Quando a chave mudou? E como as coisas podem voltar a ser como eram antes? Essas são perguntas importantes, Daisy." Ela disse e se afastou, Daisy engoliu em seco e abraçou sua barriga, pedindo forças a Pansy.
Depois de alisar a pele esticada e de levar um violento chute, Daisy tentou sorrir agradecendo a sua filhotinha por ainda estar com ela, por ainda ser dela.
E o pensamento de que Simple e Flora ainda poderiam ter sua chance, assim como ela poderia fugir dali e viver sozinha caso estivesse mesmo vinculada a encheu de esperanças.
Sempre havia uma saída, sempre.
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FILHOTES - LIVRO 3
Fiksi PenggemarQue tal não dizer o nome da protagonista dessa nossa nova história? Não vai demorar para saberem, mas até lá vou tentar escrever um pouquinho do dia a dia da Reserva, foi uma dica de uma leitora querida e sim, acho que vai ser divertido ver vocês te...