CAPÍTULO 14

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Ananyia abriu os olhos, mas não se mexeu, ela ainda se sentia muito cansada.
"Mas você não pode querer que a moça loira não seja encontrada, Ratinha, isso é errado." Ananyia ouviu Laylah dizer a Daru.
"O homem que pegou ela é bonito e bonzinho, tia. Enquanto ela ficar longe, mamãe pode conquistar o coração do meu tio Tib." Ananyia apertou os dentes, como Daru podia ser tão teimosa? Ela e Tiberius nunca dariam certo.
"Ratinha?" Ela chamou, logo Daru pulava em cima dela na cama.
"Mamãe! Está descansada? Está melhor?" Daru perguntou segurando o rosto de Ananyia, Ananyia teve de beijar o narizinho empinado dela.
"Sim, querida, eu descansei bastante."
"Eu fico feliz por isso, Nani. Vovó já estava impaciente." Laylah disse.
"Mas a vovó sabe que você é a única que pode ficar comigo! E você não vai embora agora, vai?" Daru disse olhando para Laylah.
"Eu não posso demorar, Ratinha!" Ela disse.
"Tá bom. Mas você voa comigo uma última vez?" Daru perguntou, Laylah sorriu. Elas logo saiam pela janela, Daru gritou quando ficaram suspensas no ar, Laylah riu.
Ananyia tomou um banho pensando em como ficou esgotada na África do Sul e em como isso era preocupante. Até aquele dia, ela se sentia poderosa, mas agora estava com sérias dúvidas.
Ela pegou seu celular, Gift também tinha ido até lá e também não tinha achado nada, nenhum rastro. Isso era algo desconhecido e agora, só Simple poderia...
Pensar em Simple lhe doeu a cabeça, Ananyia largou o celular, teve de se sentar e se concentrar. Simple estava em Andorra! Atrás dela? De Laylah?
Ananyia respirou profundamente tentando se acalmar, ela ainda estava cansada, se sentindo exausta, mas ela tinha de superar o impacto da mente de Simple no ambiente. Não era difícil, ela só estava mais vulnerável.
Ela se levantou e foi até a varanda de seu quarto, uma mente fechada sempre a machucaria, isso era algo a que ela já tinha se acostumado. Ananyia só tinha de diminuir sua rede neural até o mais próximo dela que ela pudesse sem prejudicar sua segurança. Ela foi inspirando e expirando devagar, colhendo seus neurônios, aumentando sua força. O mais seguro seria ficar distante dali, mas ela tinha de assegurar seu território, tinha de proclamar aquele espaço como dela, ou ela nunca teria um lugar para chamar de seu. Assim ela tinha de se recolher, de diminuir o espaço que ocupava. Era só isso, se não estivesse tão cansada, ela poderia fazer aquilo sem esforço.
Ananyia suspirou se lembrando de seu primeiro encontro com Candid a tanto tempo atrás.
Ela era tão fraca naquela época! A mente fechada dele foi uma atração a mais, junto com o sorriso debochado, os olhos e cabelos incríveis e o corpo delicioso. Ela estava começando a despertar para os corpos masculinos e ficar numa sala com Candid foi até um pouco sufocante, a aura sexual que o envolvia era pesada.
Mas depois de ser sequestrada, de Daru correr risco de vida, de ter de conhecer pessoalmente as pessoas perigosas que ela só conhecia online e ter de se afastar de sua família, sua casca engrossou. Ananyia foi ficando dura e inflexível. Ela era quem era e que se fodesse quem a julgasse.
Até conhecer Tiberius. Ananyia foi para a cozinha e se fartou de carne até se sentir empanturrada. Ela precisava se fortalecer, Simple tinha vindo a Andorra atrás dela, isso era óbvio.
Laylah e Daru voltaram, Daru estava falante e agitada, Ananyia lhe deu banho, elas se sentaram no sofá abraçadas e Daru ligou a tv. Laylah foi embora depois de jurar que não ia voar até a Inglaterra de uma vez só, que ia parar em alguns lugares e descansar.
"Está sentindo, mamãe?" Daru perguntou, Ananyia lhe beijou a bochecha.
"Sim, querida. Simple está aqui."
"Sentiu Caim também?" Daru perguntou.
"Eu tô louca pra brincar com ele!" Daru continuou, Ananyia arregalou os olhos.
"Caim?" Ela disse, Daru sorriu seu sorrisinho levado.
Ela estaria tão fraca assim?
Ananyia fechou os olhos e se concentrou, a mente fechada de Simple atraiu a dela e a dor começou. Então era isso! Duas mentes fechadas juntas! Ananyia tentou encontrar uma mente próxima para retirar energia, pois ela se sentia à deriva, perdida em meio à dor.
Havia outro Nova Espécie no hotel e...
Ananyia pulou, Daru se assustou.
"Mamãe? O que foi?"
Luxúria! Pura e densa. Ananyia sentiu todo seu corpo aquecer, seu meio das pernas umedeceu, seus mamilos ficaram tão rijos que poderiam furar sua camisola de algodão. Quem era aquele?
Ananyia olhou em volta, Simple não demoraria a aparecer, ela o sentiu em movimento.
"Daru, Ratinha? Lembra do que eu te ensinei? Quando ensaiamos nossa fuga?" Daru piscou seus olhinhos castanhos, Ananyia a pegou e a encaixou no quadril.
"Vamos fugir, mamãe? Eu quero ver o Caim! E quero brincar com o Tio Brave." Daru disse, Ananyia a encarou.
"Brave? Brave, irmão de John? Aquele Brave?"
A imagem do rosto perfeito, dos olhos escuros e dos cabelos negros cacheados se estampou na mente dela, Ananyia colocou Daru de volta no sofá. Brave era um Nova Espécie comum, até meio fraco para os padrões da família dele. Gift e John eram super Novas Espécies como os trigêmeos e alguns outros, mas Brave! Ele era só um idiota.
"É, mamãe! Você estava dormindo, eu falei com ele. Ele foi um doce comigo! Não precisamos fugir." Daru disse com um grande sorriso no rosto.
"Falou com ele?"
"Sim, mamãe, no telefone. Ele vai me trazer uma boneca da vovó Ann!" Ela disse correndo para o quarto.
"Eu tenho de ficar ainda mais bonita!" Daru disse jogando um monte de vestidos no chão, escolhendo um cor de rosa e começando a tirar sua roupa.
"Daru! Você falou com alguém sem a minha permissão?" Ananyia disse entrando no quarto de Daru e colocando as mãos na cintura.
"Foi para ajudar." Daru disse.
"Eu já te falei tantas vezes, Daru!"
"Ah, mamãe! Você estava dormindo, eu quis ajudar!"
"Eu sei, Ratinha, mas nós temos de ficar seguras. Vem, vamos sair daqui."
"Eu não vou! Eu quero brincar com Caim!"
"Daru, olha pra mim. Eu não pude ajudar, não há por que eu ficar exposta a Simple. Eu estou fraca, nós vamos fugir."
"Você não devia forçar sua mente sobre a deles, mamãe, isso dói. Não faça isso mais e vamos recebê-los. Você poderia vestir aquele seu vestido azul."
Ananyia piscou, o que Daru falava era verdade, ela tinha se acostumado tanto a conectar sua mente a todos os que estivessem em seu campo de atuação que quando uma mente fechada se aproximava, ela sofria.
"Ratinha! Olha só, eu fiz tudo o que eu podia por Ann Sophie. Eu até posso conversar com Simple, mas eu não quero ficar a mercê deles, você entende? Eu fiz... Eu fui... Olha só, querida, nós fugimos e conversamos com eles usando alguém. Tá bom?"
"Não! Eu não vou fugir."
"Daru! Você tem de me obedecer!" Ananyia disse, Daru tirou a roupa e começou a vestir o vestido cor de rosa.
"Não. Eu quero brincar com Caim e receber a minha boneca." Daru disse, os olhos dela esverdearam e Ananyia deu um passo na direção dela, devagar, para não assustá-la.
"Ratinha..." Ananyia disse, Daru apertou seus olhinhos e rosnou.
Ananyia pesou suas alternativas. Suspender Daru ou suga-la para sua mente, ou ainda forçá-la a dormir. Mas o segundo que Ananyia levou para se decidir e o fato de ainda estar fraca deram a Daru a chance de fugir.
E a pestinha fugiu, seu corpinho meio vestido caiu no chão sem sentidos.
Ananyia tentou seguir a mente dela, mas ela tinha sumido. Onde ela teria ido?
"Laylah?" Ananyia chamou a amiga, se concentrou e o céu acima das nuvens a recebeu.
"Nani? Aconteceu alguma coisa?" Laylah mergulhou, atravessando a barreira das nuvens e pousou num pico de uma montanha. Ananyia estremeceu com o frio.
"Desculpa, mas não dá pra voar e conversar." Laylah disse.
"Se você treinasse você po..." Ananyia se repreendeu, Laylah era incrível, se ela não queria treinar, que não treinasse.
"Daru fugiu. Eu não consigo encontrá-la."
"Já tentou falar com Tiberius?" Laylah perguntou.
"Não. Eu só pensei em você."
"Ela só pode estar na mente dele. Ah, aquela Ratinha levadinha!" Laylah disse e riu.
"Ok, está frio demais aqui, tchau."
Ananyia saiu da mente de Laylah assim que sua amiga lhe pediu para avisar quando encontrasse a Ratinha Fujona.
Ananyia voltou ao seu apartamento, Simple já estava próximo, ele e Caim comiam num restaurante ali perto. Ananyia sentiu Brave com eles, mas ela não vasculhou a mente do tal irmão de Gift, era uma mente estranha.
Ela suspirou, foi ao seu quarto e abriu seu esconderijo. Ela deitou Daru na cama hospitalar que havia lá, a ligou ao soro, colocou uma sonda urinária nela e a limpou com o sabonete. Não impediria que Simple ou Caim a sentissem ali, mas faria com que ela ficasse limpa e saudável.
Ananyia fechou o esconderijo, tomou outro banho só para tentar se acalmar, vestiu um vestido simples e se concentrou em Tib.
Ela foi sugada para a mente dele, levada para uma campina cheia de árvores, banhada pela luz do sol e perfumada por flores. Era um lugar lindo.
Tiberius, Daru e lobo passaram correndo por ela, Daru lhe pegou uma mão e Ananyia correu do lobo com eles, até que o lobo saltou por cima dela e de Daru e caiu sobre Tiberius.
Tiberius e o lobo rolaram no chão, Ananyia acabou rindo com eles.
"Tá com você, Tio! Vem, mamãe!" Daru disse, ela e o lobo correram, Ananyia olhou para trás, Tiberius a olhou com os olhos violetas queimando, ela também correu.
E foi tão excitante! Ele a perseguia, tudo nela tremia com expectativa de ser agarrada por aqueles braços fortes.
Tiberius saltou sobre ela, Ananyia gritou, ele os virou e foram as costas dele que bateram no chão com força. Ananyia caiu sobre o corpo poderoso, ele a abraçou.
"Oi." Ele sussurrou no ouvido de Ananyia, ela ergueu o rosto e ficou presa dentro das profundezas violetas dos olhos dele.
Uma campainha tocou ao longe, Ananyia tinha de sair dali, tinha de falar com Simple, mas tudo nela se recusava a se afastar.
"Eu... Eu tenho de ir. Eu volto." Ela disse se levantando, Tiberius continuou deitado.
"Fica aqui, mamãe!" Daru disse montando nas costas do lobo, Ananyia fechou a cara para ela.
"Você está muito encrencada, Ratinha!"
"Ananyia! Deixe ela aqui por enquanto. Eu cuido dela." Tiberius disse se levantando. Daru pulou do lobo no colo dele, ele a beijou na testa.
"Minha Ratinha! Eu senti tanta saudade!" Ele disse, Ananyia achou melhor sair dali.
"Conversamos depois." Ananyia disse e voltou para sua própria mente.
Ela olhou em volta, seu apartamento pareceu tão frio, tão vazio!
Ela foi até a porta e a abriu, Simple, Caim e Brave entraram.
"Boa tarde." Caim a cumprimentou com um sorriso, Ananyia só conseguiu pensar em quanto ele era bonitinho. Daru ia adorar brincar com ele.
Brave olhou em volta, pegou algum dos vasos e enfeites de Ananyia e cheirou, devia ser uma coisa Nova Espécie, ela o ignorou.
"Nenhum macho aqui. Nenhunzinho." Ele disse e sorriu, Ananyia não o encarou. Tudo nela lhe dizia para ficar longe e Ananyia sempre dava ouvidos aos seus instintos, então se sentou numa cadeira e indicou o sofá para eles.
"A que devo o prazer?" Ela disse e logo se arrependeu da escolha de palavras quando Brave fez um barulho baixo.
"Prazer? Eu nem fiz nada! Mas gostei de você trazer esse tema a baila." O corpo de Ananyia estremeceu, ela usou toda a sua força para se controlar.
Ela sabia o que estava acontecendo, mas não entendia o porquê.
"O filhote, o amiguinho de Daru. Queremos trocá-lo por Ann." Simple disse.
Mentira! Eles não arriscariam a vida de um filhotinho inocente, eles queriam o tal filhote por outro motivo.
"Não existe filhote." Ananyia disse, Caim e Brave se surpreenderam, Simple só a encarou.
Os olhos dourados prenderam os dela, diferentemente dos olhos amorosos de Tiberius, os olhos dele eram perigosos, frios. Havia um mundo de conhecimento se movendo naquela dança de cores que formavam as íris dos olhos dele, mas tudo aquilo só acenava para Ananyia de longe.
"Daru mentiu então? Que danadinha! Parece uma das minhas irmãzinhas." Brave disse, ele e Caim riram.
"Existe sim, não é? Mas Daru não brinca com ele no mundo físico." Simple afirmou.
Ananyia assentiu.
"Sim. Ela não sabe onde ele está. Ele também não sabe que ela é real."
"Como assim?" Brave perguntou, Simple o encarou, ele apertou os lábios bonitos.
"Eu preciso dele, Ananyia." Simple disse.
"Eu não sei onde ele está." Ananyia disse, Simple assentiu.
"Bom, mesmo assim eu vou procurá-lo. Vamos, Caim." Simple disse se levantando do sofá.
"Ele deve morar aqui em Andorra. Só alguém muito rico pode ter um filhote como ele, não deve ser difícil procurar." Ananyia disse.
"Nós vamos achá-lo e voltamos. Obrigado, Ananyia." Simple disse, Caim sorriu para ela e eles saíram.
Ela olhou para Brave, por que ele não foi embora?
"Por que ficou?" Ananyia perguntou.
"Vou ficar aqui e te vigiar." Ele disse se levantando e andando pelo apartamento tocando nas coisas, até mudando alguns enfeites e livros de lugar nas estantes dela.
"Não. Não vai." Ananyia disse com autoridade na voz, mas ele lhe deu as costas e foi até o quarto de Ananyia.
Ela o seguiu, ele puxou a colcha e o lençol da cama de Ananyia e os cheirou apertando os tecidos contra o rosto.
"Nossa! Que delícia." Ele disse com os olhos fechados, Ananyia apertou os dentes de raiva. Como ele ousava? Já não bastava fazer o corpo dela latejar de desejo só com a droga da presença dele ali?
"Saia do meu apartamento se não quiser..." Ananyia ainda o ameaçava quando ele se virou, Ananyia foi atingida pela beleza negra dele e não conseguiu terminar o que ela dizia.
Os olhos escuros sugaram Ananyia para dentro de suas profundezas e ela arfou.
Do nada, Ananyia estava deitada numa cama e ele lhe chupava o clitóris, ela gritou. Outra versão dela estava deitada ao seu lado e os dedos de Brave lhe friccionavam o clitóris e outra versão de Ananyia estava abaixo dele com seu pênis negro na boca. Quê?
Ananyia fez força para se libertar daquela visão arrepiante e excitante, ela acabou caindo sentada no meio de seu quarto.
"Oi? Você ficou parada olhando para o teto, você está bem?" Brave lhe perguntou enquanto a ajudava a se levantar, Ananyia quase caiu quando as mãos dele a queimaram e ela as empurrou.
"Você... Você estava..." Ananyia não era uma completa idiota, ela sabia que estava sob ataque. Um ataque tramado por Simple. Aquele bobão ali talvez nem soubesse o que estava fazendo a ela.
"Eu tive uma visão. Você deve ter passado a noite com algumas mulheres, não foi?" Ela perguntou, ele sorriu e novamente Ananyia se sentiu estremecer.
"Sim. Muita buceta, como eu sempre digo." Ele falou baixo, a voz dele era grave e ele falava a letra 's' de forma arrastada.
"Você sabe o que você é?" Ananyia perguntou tentando se situar. Situações como aquela exigiam concentração, foco e distração. Ele não tinha controle, ele era um idiota, era o que todos diziam. Simple não teria explicado nada para ele, Simple gostava de reações genuínas.
"Híbrido de Canino e Ofídico ao seu dispor. E quando eu digo dispor..." Ele disse e Ananyia pensou em fugir.
Simple tinha armado algo que ela nunca poderia prever e sim, Brave não entender seu mecanismo de ataque fazia com que fosse praticamente impossível neutralizá-lo.
Ele andou até ela, os pés de Ananyia estavam presos ao chão, não era possível resistir, ou se afastar.
Brave passou o dedo pelos lábios dela, Ananyia abriu a boca, Brave continuou passando o indicador pelos lábios dela, sem pressa até que ela chupou o dedo dele para dentro de sua boca.
Brave enfiou seu dedo na boca dela, retirou e novamente o introduziu, Ananyia o acariciou com a língua, ele tirou o dedo da boca dela, ela lhe puxou a mão, ele sorriu.
"Eu tenho mais nove desses." Ananyia o encarou e os poços profundos dos olhos dele a sugaram novamente, Ananyia lhe tomou a boca.
A sensação de estar vagando no tempo e espaço lhe tomou a mente, o corpo e a alma, Ananyia o apertou em seus braços, ele continuou parado, a deixando beijá-lo, Ananyia sentiu uma rendição a ela, ao que ela era e ao que ela queria naquele momento.
Esse era o dom dele e talvez ele não soubesse disso, mas cada toque, cada postura, cada ato dele aprisionaram Ananyia na rede dele, a faziam querer sentir o máximo que se pode sentir de uma relação sexual plena.
Amor, carinho ou afeto não estavam na equação, era tudo sobre prazer. O prazer supremo, o prazer que mesmo um homem totalmente apaixonado e focado em dar prazer e amor a Ananyia não poderia proporcionar. Brave era o Prazer Encarnado. Prazer com letra maiúscula. E não havia mulher ou fêmea que pudesse resistir a ele.
Ananyia se afastou, ele sorriu seu sorriso arrasador, Ananyia esqueceu quem era, ela sorriu de volta, não havia como escapar.

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