CAPÍTULO 35

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Um piquenique! Daisy não estava nada animada com isso, mas vestiu o vestido que Safira trouxe em silêncio, ela sentia que seu mau gênio estava começando a querer sair.
E qual o problema se desse uma surra em Moses? Não iriam bater nela iriam? No máximo ela levaria umas bofetadas e, desde que não fosse o Quimera, Daisy duvidava que Moses lhe desse tapas mais fortes que os de sua mãe.
Ela estava penteando seus cabelos, sentada a frente da penteadeira nova, quando duas mãozinhas leves lhe tomaram o pente e começaram a desfazer os nós em seus cabelos com tanta leveza que ela fechou os olhos e relaxou um pouco, coisa que ela não fazia ali. Ela estava sempre em alerta, sempre pronta para correr e fugir.
Daisy inspirou, o cheiro era o mesmo, o quarto também. Daisy agora ocupava o quarto que Aruna destruiu, o quarto em que acordou quando descobriu que não estava na casa de Flora.
Depois de dormir alguns dias no chão do quarto de Moses, sofrendo com os roncos dele, Daisy tinha ido ao outro quarto, limpado tudo e colocado as coisas quebradas para fora. O guarda roupa tinha ficado inteiro, Daisy decidiu usar um edredom para dormir no chão. Moses não disse nada sobre a mudança de quarto e depois de alguns dias uma cama nova e uma penteadeira foram instaladas. Daisy não agradeceu, mas foi um alívio dormir sozinha com a porta bem trancada.
"Então você está grávida. E pensando em brigar com os homens daqui." Daisy olhou em volta, o papel de parede era o mesmo do quarto dela e Violet, os móveis também. Ela olhou para o espelho e foram os olhos de Violet que a olharam de volta. Violet estava um pouco mais forte que ela se lembrava, será que ela resolveu se exercitar como Daisy vivia sugerindo?
"Sim. Estou sem paciência. Quebrar as caras dos machos sempre ajudou a me acalmar." Daisy disse, Violet riu.
"É, tem razão."
"E Moses? Está gostando dele?" Violet perguntou com uma grande ansiedade no olhar, Daisy sorriu. Violet e sua veia romântica!
"Não. Nem pense nisso, Vi! Ele é mau. Seu coração é sombrio, eu sinto isso em meus ossos. Eu nunca teria algum sentimento por ele. Nunca!" Daisy percebeu que os olhos de Violet brilharam com raiva por um segundo, depois ela sorriu.
"Ele é bonito. Acho ele mais bonito que Romulus. Ou os outros dois."
Daisy suspirou.
"Sim, nisso você tem razão. O cabelo dele é diferente. Adam, quando não raspa os cabelos fica sempre com eles amarrados, Rom sempre os raspou e Noah... Acho que ele não gosta muito de pentes." Daisy disse e a risada de Violet foi totalmente estranha.
"E ele se veste melhor, não é?" Violet disse fazendo uma trança solta nos cabelos de Daisy.
"Infinitamente melhor! E não estou nem levando em conta que suas roupas são de marcas caras, eu não me importo com isso. Ele sabe combinar as cores das camisas com as calças, usa sapatos confortáveis, mas bonitos. Rom só usa botas, Adam chinelos e Noah... Eu não me lembro quando o vi com algum calçado. E aquelas calças de moletom! Tio V, pelo menos usava as calças da força tarefa, Noah nem isso!"
Daisy pensou em Rom. Cabelos raspados, roupas de serviço, mesmo não estando em serviço e um sorriso doce. Ele era o único deles que sorria docemente. Ela se lembrou dos clones o fazendo correr, ele sempre chegava nos lugares totalmente vermelho, mas seus olhos brilhavam.
Uma lágrima desceu pelos olhos de Daisy, Violet virou a cadeira dela, se ajoelhou e limpou o rosto de Daisy com carinho. Violet estava um pouco maior também, mas era Violet e Daisy estava triste, então Daisy aceitou o abraço de sua irmã, sua melhor amiga.
"Moses se parece com ele, querida. É idêntico a ele na verdade. Por que não dá uma chance a ele? Já pensou que se ele se apaixonar, pode tirar você daqui? Pode tirar você, Safira, Aruna e até Thea? Está nas suas mãos, não se esqueça disso. Faça-o se apaixonar!" Violet disse e sumiu.
Daisy se virou para o espelho, sua trança estava na verdade muito mal feita. Violet tinha uma grande habilidade, ela nunca faria uma trança tão esquisita. Até os trigêmeos, por causa de Hon, trançariam os cabelos de Daisy melhor que aquilo. O quarto tinha voltado a ser como antes, Daisy sorriu. Aruna e seus cabelos cortados com navalha! Aquela pestinha!
Ela tinha uma habilidade telepata, era Nova Espécie, Daisy só não sabia de que tipo. Ela era alta e forte, mas seus olhos pareciam humanos, o que fez Daisy pensar que ela pudesse ser primata. Mas ela não cheirava como primata, primatas tinham um cheiro parecido com o dos humanos, o cheiro de Aruna não tinha nenhuma semelhança com o cheiro humano. E esse era o problema. Não dava para confiar nos cheiros ali.
Havia uma onda no ar, algo que confundia os sentidos de Daisy e a faziam se sentir indefesa. Daisy odiava a impotência e naquele lugar ela estava impotente, grávida e cheia de raiva. Ela socou o espelho até fazê-lo em pó, daí Daisy destruiu a parede atrás do espelho e quando ficou de pé entre os escombros, um Moses nu segurando duas camisas nas mãos a encarou.
Ela o encarou de volta, sua respiração estava acelerada, seus olhos arregalados de fúria. Ele estaria escolhendo uma camisa? Daisy rosnou, passou pelo buraco que fez na parede, tomou as camisas das mãos dele e as rasgou, ele apenas a observou.
"Sabe quanto essas camisas custaram?"
Ele perguntou com uma sombra de sorriso no rosto. Aquilo foi a gota d'água. Daisy voou nele, ele a segurou pelos braços, Daisy riu. Ele era um fracote. Ela virou o corpo, mas diferentemente do que pensava, ele não se moveu. Ela tentou dar-lhe uma cabeçada, ele desviou e aumentou o sorriso. Daisy tentou passar uma perna pelas dele, ele os virou e Daisy caiu de costas na cama com ele por cima.
Moses se moveu rapidamente, não pressionou a barriga dela e ainda assim lhe segurou os braços e as pernas com um agarre de ferro, Daisy nunca se sentiu agarrada com tanta força, ela ficou imobilizada de tal forma que pela primeira vez na vida ela não sabia como se soltar. Moses cravou seus olhos de diamante nos dela e sorriu, o sorriso do Tio V quando ele vencia uma partida de sinuca. Isso era o que Daisy mais odiava nele, era como estar com o Tio V, com Rom e os clones, todos ao mesmo tempo.
"Eu estava indeciso entre aquelas camisas, eu queria parecer bonito para você." Ele disse.
"Você é bonito e isso não significa nada. Eu vejo em seus olhos o quanto você é podre por dentro. Se parecer com meu tio querido, com os clones ou com o amor da minha vida não muda isso. Eu tenho nojo de você, camisa cara nenhuma vai mudar isso."
"O amor da sua vida." Ele disse e riu, Daisy rugiu com todas as suas forças na cara dele.
"O que estava fazendo sozinha na casa de Flora, então? O amor da sua vida não foi capaz de assumir um bebê que não fosse dele? Um bebê biologicamente dele? Ela vai ter os nossos olhos, sabia?" Daisy engoliu toda a raiva que estava sentindo e sorriu. Ela era filhote de Valiant, o grande leão, mas também era de Tammy. E Tammy não tinha força ou tamanho, mas domou não só um mas dez leões e duas leoas. Era hora de usar tudo o que aprendeu com sua mãe.
"Saia de cima de mim." Daisy disse, esfriando toda a ânsia de arrancar os olhos dele dentro dela.
"Claro. Me desculpe por deixar meu lado selvagem aflorar. Eu quero conquistá-la, vou conseguir isso, mas não pela força." Ele disse saindo de cima de Daisy, ela não conseguiu evitar que seus olhos se dirigissem à ereção potente e enorme dele. Ele abriu o guarda roupa, Daisy ainda estava se acalmando, então continuou na cama deitada de costas, concentrada em sua respiração.
Ela olhou para a bunda dele, afinal não era nada que ela já não tivesse visto e se surpreendeu com o tanto de músculos ali. Ele não pareceu tão forte da primeira vez, mas agora Daisy via que sim, ele dava a impressão de ser tão forte quanto os outros, quanto o Tio V. Os músculos gritavam força e poder, isso acendeu uma luzinha de alerta nela.
Ele vestiu uma cueca, uma calça leve, solta e uma camisa de mangas curtas. Tudo de cor clara, coisa que destacou o bronzeado de sua pele e seus cabelos negros, lisos e cheios.
"Vamos, a comida deve estar esfriando."
Ele estendeu a mão para ela, Daisy se levantou da cama sem ajuda. A porta do quarto dele se abriu, era o Quimera.
"Dez? Poderia consertar a parede, por favor?" Ele disse calmamente, Dez piscou, parecia confuso.
"Dez não é construtor." Ele disse.
"Sim, é claro, mas Dez lida com essas coisas, ou não?" Moses disse com um sorriso, o gigante sorriu, mas fez que não com a cabeça.
"Dez mantém fêmeas seguras." Ele disse, Moses riu.
"Sim e você faz isso muito bem." Ele se aproximou de Dez e o beijou na testa.
"Dez conserta a parede." O gigante disse, Daisy saiu do quarto.
Ele estava mostrando que sabia ser doce quando queria, era isso? Estava tentando mostrar que poderia agir como o Tio V?
Daisy andou até onde um humano aprimorado estavam grelhando carnes numa churrasqueira de mesa, outro descascava frutas e as colocava numa bonita bandeja, a fêmea canina estendia uma fofa manta de peles e ajeitava almofadas sobre esta.
Thea se sentou, ela comia uma fruta desconhecida, olhando para o horizonte, Safira e Aruna...
Daisy olhou para a direita e Safira corria de Aruna ao longe, Aruna parecia estar com a roupa rasgada, os cachos de Safira estavam todos arrepiados.
Daisy sorriu, elas eram como Sweet e Mild. Ou Dhalia e Bold.
"Saudade dos filhotinhos da Reserva?" Moses disse às costas dela, Daisy o ignorou.
"Aruna e Safira! Venham aqui agora, ou vão ficar de castigo!" Moses disse, ele não gritou, mas as duas filhotes pararam na hora e voltaram cabisbaixas.
Moses se sentou perto de Thea e a beijou na testa, ela não se mexeu.
Daisy aceitou o prato de carnes que a fêmea canina a ofereceu, se sentou e começou a comer em silêncio.
"Moses..." Safira começou a dizer, Moses ergueu a mão.
"Cale a boca. Você parece uma mendiga com essa cara suja e esse cabelo medonho. Tem cinco minutos para estar apresentável." Moses ainda falava quando Safira saiu em disparada. Daisy o achou muito frio e malvado, mas esse era ele no fim das contas. Ser ríspido com uma filhotinha não era nada.
"E você, saia das minhas vistas. Vai ficar sem comida hoje e amanhã. Só comerá quando pedir desculpas a Safira." Ele disse olhando duramente para Aruna.
"Mas ela também me machucou! Isso..."
Moses deu uma bofetada em Aruna que a jogou longe, ela ficou deitada no mesmo lugar com a cabeça baixa até Dez vir correndo e a pegar nos braços.
"Dez fica sem comer. Uma semana." O gigante disse se ajoelhando ante Moses com Aruna nos braços.
"Que seja. Ela não deve sair do quarto durante três dias, só sairá na hora das refeições." Moses disse.
Daisy apertou os punhos enquanto o gigante saía com Aruna no colo, Moses pegou um pedaço de manga e colocou na mão de Thea.
"Outra qualidade de manga. Essa é um pouquinho azeda." Ele disse com um sorriso, Thea comeu e acenou.
"Eu gostei. A vida deve ser azeda às vezes, não é?" Ela disse.
"Sim, querida, tem toda razão." Ele disse, se levantou da manta e saiu. Daisy ficou olhando-o caminhar como se não tivesse acabado de bater numa filhote inocente. Ela estava ficando com muita vontade de matá-lo. Se seus irmãos arrembentassem aquele lugar, ela exigiria a cabeça dele e não seria devagar, Daisy lhe arrancaria membro por membro.
"Pensando na difícil tarefa de fazê-lo se apaixonar? Eu não acho que você seja capaz." Thea disse.
"Não. Eu não sou. Eu tenho asco dele, nojo mesmo."
"No entanto você cheira a ele." Thea retrucou.
"Seu faro é bom assim?" Daisy perguntou.
"Não. Não como o seu, no caso. Sou ofídica, não temos um faro muito bom. Mas você está próxima e não tomou banho desde que... Que se beijaram?"
"Beijar Moses? Deus me livre! Ele me imobilizou na cama dele, só isso."
"Ah..."
"Eu não sou capaz de... Ele disse que viu que vai me conquistar, mas isso é mentira."
"Moses não mente. Se ele disse, ele vai."
"Eu amo Rom, Thea. Ele deve ter visto que vou sair daqui e me acasalar com Romulus, eles são iguais."
"Sim, pode ser isso." Thea disse mostrando que não se importava a mínima com o que Daisy estava dizendo.
"Thea, você conheceu sua mãe? Ela era pequena e bonita?"
"Não, ela morreu no meu parto. Ela era humana." Thea contou. Sua voz não indicava emoção alguma.
"Não, isso não deve ser verdade, sua mãe pode estar te procurando!" Daisy disse. Ela tentava tirar alguma emoção daquela fêmea, mas nada parecia funcionar.
"Há uma lápide." Thea disse fazendo sinal para a fêmea canina.
"Você não entendeu, Thea! Sua mãe só pode ser uma Quimera! Você tem poderes telepáticos!" Daisy disse, mas isso também não fez Thea mostrar algum interesse.
"Não. Eu sou ofídica. Híbrida de humano e ofídico. Moses gosta da palavra viperina, mas eu acho ofídica melhor. Minha mãe se chamava Chloe, meu pai é Theo Benson. Era, quer dizer."
"Não. Matt é como você, a mãe dele é humana, ou era, sei lá. Ele não tem habilidades telepáticas."
"Nem eu. O que eu faço não é telepatia. O que Aruna faz é."
Daisy se lembrou de mais cedo. De Violet forte e mais alta, da trança mal feita. Aruna entrou na mente de Daisy e manipulou.
"Mas..."
"Habilidade telepática é diferente de manipulação sensorial, Daisy. Eu posso te fazer ver coisas, mas será só isso, meu foco sempre será em suas emoções. Já Aruna pode te fazer ver e sentir coisas, pode mudar suas decisões, pode te fazer falar o que você não quer dizer ou ir onde você não queira ir. Eu engano sua mente e seus sentidos, Aruna faz com que sua mente veja e faça o que ela quiser. De verdade."
"É complicado."
"Sim. É. Eu tentei entender por um bom tempo até descobrir que basta que eu faça o que posso fazer e pronto, não tenho de pensar em como o que eu faço se chama, ou como eu o faço."
"Por que faz isso, Thea? Por que ajudou a prender Paul e seus filhotes? Você nunca teve pena deles?" Daisy perguntou, Thea suspirou.
"Eu 'vejo' a vida de uma forma diferente da maioria das pessoas, Daisy. Sou má por ser quem eu sou? Talvez pelos seus princípios eu posso ser, mas eu não sou você, sou? Eu não cresci sendo ensinada a ver as coisas da mesma forma que você. Como pode dizer que você está certa e eu errada?"
"Eu não desejo o mal ou o faço deliberadamente. Eu protejo minha família, eu..."
"Você matou Brienne. Sua sobrinha. Como acha que isso foi para ela?"
Daisy encarou os olhos cegos de Thea, ela olhava para um ponto a direita do rosto de Daisy, Daisy não viu nada naqueles olhos. Nada.
"Eu estava protegendo Heitor."
"Sim, é o que você diz a você mesma. Mas não era Brienne naquele momento, era? O corpo era dela, a mente não. E ela não teve a mínima chance."
"Como sabe disso?"
"Brienne vem aqui às vezes. Ela aprendeu bastante sobre os Chips e pode navegar por eles."
"Ela já quis ir para a Reserva? Ela te disse isso alguma vez?" Daisy perguntou.
"Sim, já falamos disso. Ela disse que não há mais lugar para ela no mundo sem Brian. Brian não acredita que ela esteja sozinha no chip e por que talvez isso possa ser verdade, Brienne não quer colocar ninguém em risco."
Daisy ficou em silêncio por uns momentos, a fêmea canina serviu um grande copo de suco para Thea, ela tomou tudo e agradeceu, mas sem um sorriso ou som de gratidão na voz.
"Eu não tinha como saber. Heitor estava sujo de sangue, eu não vi que era ele quem machucava ela. Eu só reagi."
"Sim. Brienne não te culpa, sabia? Ela não sabe direito quem tomou a decisão de raptar Heitor, não sabe nem mesmo porque Samantha ou Mary fizeram isso. Ela apenas lamenta, Daisy."
Daisy sentiu as lágrimas descendo por seu rosto, isso sempre lhe pesou no coração, a morte de Brienne não foi algo que ela fez sem lamentar profundamente.
"Se a vir... Se ela aparecer e eu já tiver ido embora..."
"Ou morrido? Quer que eu diga algumas palavras a Brienne?" Thea disse. Daisy não pensava que pudesse morrer. Ela e sua filhotinha sairiam dali, essa era uma certeza. Ela não podia deixar que a fala seca e direta de Thea a atingisse, que lhe tirasse a esperança.
"Se a vir, diga que eu sinto muito. E que se ela decidir ir para a Reserva, minha casa e minha família estarão de braços abertos a ela." Daisy disse.
Thea assentiu.
"Você é diferente de todas as mulheres que eu conheci, Daisy. Eu sinto uma força muito grande em você, sinto que só você pode realmente suportar o que está acontecendo aqui. Acho que outra mulher iria perecer." Ela disse e fez sinal para a fêmea canina.
A fêmea a ajudou a se levantar, as duas se afastaram, Thea segurava no cotovelo da fêmea, mas ela não precisava de ajuda, o toque era mais um carinho do que outra coisa.
A noite, no jantar, Aruna estava sentada à mesa, ela comia tudo de forma desesperada, enchendo a boca e mastigando ruidosamente. Moses fingia não se importar, mas quando ela começou a chupar um grande osso de costela, ele limpou a garganta e foi prontamente ignorado, Aruna fez mais barulho ainda. Daisy acabou sorrindo, o Quimera não estava a mesa, provavelmente aqueles modos nojentos à mesa era um sinal de rebeldia de Aruna.
Daisy comeu e voltou ao quarto, mas a porta estava trancada. Daisy chutou a porta até que pudesse entrar no quarto.
O cômodo porém, estava vazio.
"Vai dormir comigo hoje. Na minha cama." Moses disse às costas de Daisy, ela não se moveu.
Ela tinha de sair dali e se fazer Moses se apaixonar por ela fosse o que tivesse de fazer, ela faria.

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