CAPÍTULO 54

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Noah saiu correndo sem nem mesmo colocar o nariz no lugar, Daisy sorriu, pois teriam de quebrar de novo para arrumar. Ela o perseguiu, ele estava em uma velocidade digna do idiota do Simple, mas uma hora ele teria de parar e quando isso acontecesse... O meio das pernas dela se umedeceu mesmo ela estando correndo como nunca correu em sua vida quando a imagem dela se jogando pra cima de Noah lhe passou pela mente. Seria uma visão? Não.
Desde que Pansy nasceu ela não teve mais visões, Candid tinha lhe dado um chute na cabeça pra testar, ela não viu antes e desmaiou. Quando ela voltou a si, os irmãos dela estavam fazendo um churrasco especial só para Candid, ela voou na carne e comeu tudo antes que Cam pudesse comer, todo mundo a chamou de desmancha-prazeres. Collin ganhou o dinheiro das apostas, já que ele apostou que Daisy comeria toda a carne.
Enquanto Collin recolhia o dinheiro, rindo de Daisy, dizendo que sabia que ela preferiria comer a se vingar, Daisy pegou sua arma na cozinha e atirou bem na bunda de Cam que estava de costas para ela nesse momento. Uma parte dos seus irmãos começou a discutir com Collin dizendo que ele tinha perdido a aposta, a outra parte foi socorrer Cam. Daisy pegou Pansy e foi para a casa de Honor antes que a mãe dela chegasse, mas Honor não estava lá, então...
"Mas que porra!" Daisy acabou se desconcentrando, Noah estava longe já. Mesmo assim ela continuou correndo, afinal ele não estava exatamente fugindo dela, Noah estava a levando para um lugar onde pudessem lutar sem interferências.
Pensar nos dois sozinhos longe de qualquer pessoa a fez aumentar a velocidade e chegar na colina do cemitério. Era o lugar perfeito para lutar sem expectadores, mas não seria desrespeito?
Provavelmente Noah também pensou isso já que continuou correndo. Daisy passou pela área central, seus olhos foram para a lápide de Missy e ela parou.
Flores desconhecidas azuis cresciam ali, pequenas florzinhas de três pétalas. O azul era exatamente o azul dos olhos de Missy, da cor dos olhos de seu pai. Marble e sua mania de criar flores!
Daisy andou até a lápide e se ajoelhou, ela só tinha se aproximado dessa lápide umas duas vezes em todos aqueles anos.
"Sheer diz que você está por todo o lugar, mas eu não sinto isso, Missy. Eu sinto que você deveria estar aqui, eu sinto que não era pra você ter morrido."
"Ela está em Sheer, então só ele pode sentí-la dessa forma." Noah respondeu atrás dela.
Daisy se virou para ele, ela levou um susto com o nariz roxo, quebrado e inchado, ele sorriu.
"Talvez agora eu esteja diferente?" Ele perguntou, Daisy mergulhou naquele azul diamantado e viu que era ele, Noah. Sempre foi ele, se fosse Moses no aquário, tudo seria diferente.
"Por que eu não... Bom, antes..." Ela balançou a cabeça e não terminou de perguntar, afinal a pergunta era o porquê dela não ter se vinculado a ele assim que ele chegou na Reserva, assim que o viu pela primeira vez. Ela tinha... Daisy franziu as sobrancelhas e ligou para Simple:
"Oi, D. Parabens, sua bala entrou a exatos três centímetros do cu do Cam. Já pensou se você erra e acerta as pregas dele? Mas você faz jus a sua fama de..."
"Cala a boca, se eu tivesse acertado o cu dele, Cam que se fodesse. Quantos anos eu tinha quando Noah foi morar na Reserva?"
"Acho que levar uma bala no cu é a exata definição de se foder, D. Mas você quer saber quantos anos você tinha quando viu Noah pela primeira vez, é isso? Interessante..." Daisy bufou, Noah começou a caminhar, ela o seguiu.
"Fala logo!"
"Você não se lembra? Ou prefere me fazer de banco de dados como o papai?" Ele disse e riu.
"Uns oito?" Ela se lembrou do nascimento de Claire.
"Sim. Quer a data completa, com anos, meses e dias?"
Oito anos? Só isso? Daisy pensou enquanto desligava o celular na cara de Simple.
"Eu me lembro da primeira vez que vi você. Você chorava, seu cabelo tinha pegado fogo. Você era muito parecida com Violet, não deu pra saber que era você até que eu perguntei a Candid qual das duas tinha tido o cabelo queimado." Ele disse ainda andando, de costas para ela que o seguia.
"Brave e Gift colocaram fogo nos meus cabelos numa festa. No aniversário deles, foi uma aposta. Noble correu comigo até o banheiro e me colocou debaixo do chuveiro. Metade do meu cabelo queimou." Ela contou.
"Brave e Gift." Ele balançou a cabeça, mas continuou andando. Daisy bufou.
"Foi uma visão?" Daisy perguntou, ele parou, se encostou numa árvore e cruzou os braços.
"Não. Eu estive aqui. A segurança daqui nunca foi das melhores. Eu queria ver meu pai." Ele sorriu com tanta tristeza que Daisy se sentou no chão.
"Eu acreditava que ele era meu pai. Brave e Gift se esconderam debaixo da toalha da mesa em que ele estava, ele e Peter os protegeram. A mesa já estava até preparada com Valeriana."
"É..." Daisy rosnou baixo se lembrando de que Simple poderia dizer onde os pestinhas estavam, mas como ele era 'Honest' nessa ocasião, ele não disse.
"Se vocês tivessem vindo... Acho que tudo seria diferente, não é? Por que não quiseram vir?" Daisy perguntou, ele suspirou.
"Probabilidades. É o meu fraco. Moses é superior a mim nesse aspecto. Ele sabe lidar com as probabilidades como ninguém."
"Como assim? Está falando do 'pode ser, pode não ser' de Lily?"
"Sim, Daisy. Exatamente disso. Quando eu era mais novo, não conseguia discernir se uma visão era mesmo uma visão ou uma probabilidade. Sempre que eu tinha visões com o papai, eu não conseguia saber se quem estava ao lado dele, era eu, Adam, Peter... Hoje eu sei que tive muitas visoes de papai e Peace, ou papai e Quinze e eu pensei que fosse eu."
"Mas Quinze é enorme, Peace também. E os olhos de Quinze são diferentes." Daisy observou.
"As melhores e mais precisas visões são nebulosas. Eu já vi você fraca, magra e com os olhos vermelhos. Você estava pequena também. Eu tenho pesadelos com essa visão até hoje."
Daisy se levantou e o encarou:
"Quando foi isso?"
"A anos atrás. Hoje eu sei que era uma visão de você angustiada, nervosa e furiosa pelo desaparecimento de Violet." Ele explicou.
"Eu me sentia assim. Fraca, impotente e muito, muito fula da vida!" Ela disse apertando os dentes.
"Eu só pude preparar Rom para te sustentar nesse período. Eu o fiz prometer que faria você rir pelo menos uma vez ao dia." Noah disse, Daisy se aproximou dele e uniu suas testas.
"Se eu e Rom nos casássemos, você permitiria?"
"Não é assim que funciona, Daisy. Eu sou um clone e um clone de um Nova Espécie nascido, não um que foi criado, como seu pai, por exemplo. Sou descendente direto de Adriel, o pai. Eu vi que você seria minha, eu só tive de esperar. Não foi fácil ou agradável, mas eu consegui. E agora, ou você me espanca, ou eu vou te mostrar como minha alma está sedenta para se unir à sua." Ele disse, Daisy se afastou.
"Você falou com Collin que iria para o hospital. Era uma probabilidade, então?" Daisy perguntou firmando os pés.
Ele sorriu, o sorriso malandro que todos eles sorriam, mas que nele, adicionado ao brilho malévolo em seus olhos de Clone do Mal, se tornava único.
"Quem sabe? Mas você disse que posso me defender e até contra atacar." Ele disse roucamente, o corpo de Daisy tremeu de expectativa.
Daisy erigeceu o corpo. Ela tinha dito que quebraria os ossos dele e ela tinha de ir adiante, ela era uma fêmea de palavra.
Daisy voou nele, ele desviou, ela sorriu, Noah não. Ele estava concentrado, seu rosto, do nada, tinha se transformado numa carranca. E Daisy o amou ainda mais naquele momento.
Ela atacou muitas vezes, ele desviava, mas ela sabia muito bem o que estava fazendo. Não era impossível vencer um vidente, o problema de Noah era sua super resistência e força. O importante naqueles primeiros momentos de luta era continuar atacando, sem dar chance de contra ataque a ele, quanto mais tempo ela conseguisse ficar na ofensiva, mais concentrado em suas visões ele estaria e era assim que ela o pegaria.

"Ao contrário do que se pensa, um vidente não é invencível. Na verdade, eles são bem fáceis de vencer, desde que estejam empenhados em ver os ataques antes que aconteçam para se desviarem destes.
Quando estão ocupados em desviar de um golpe e concentrados em antecipar o próximo, há uma brecha em que passado e futuro se une nas mentes deles e é aí o momento certo de surpreendê-los. Quanto mais rápidos e constantes os ataques, mais dificuldade haverá de se antecipar um golpe. Os olhos deles ficam bem mais claros e em algum momento o idiota em questão irá tentar prender seu oponente com o olhar. Isso significa que o vidente precisa de um motivo para continuar lutando, já que sua mente está tão envolvida em ver os golpes que virão e os golpes que já foram desferidos que ele não consegue raciocinar claramente.
Nesse momento o indicado é um golpe bem no meio do externo. Isso vai..."

O rosto de Daisy explodiu de dor, Noah tinha lhe dado um cruzado de direita violentíssimo e as palavras que Candid escreveu sobre como vencer um vidente evaporaram da cabeça dela. Mas isso veio a calhar, Daisy lhe segurou o braço que a socou e o torceu com toda a sua força. Ele a chutou nas costas, ela caiu de cara no chão, se virou e o recebeu em cima dela.
Noah a prendeu contra o chão usando suas pernas, seu torso e seus braços, mesmo com um deles torcido. Daisy tinha se preparado para isso enchendo seus pulmões de ar quando virou o corpo, então ela não fez força para se soltar, seria inútil.
Noah fez pressão contra o peito dela usando seu próprio torax, foi como se ela estivesse debaixo de um daqueles caminhões aplanadores, ela ainda tentou segurar o ar em seus pulmões, mas não conseguiu.
Ele continuou forçando o corpo de Daisy contra o chão, ela ativou todos os seus músculos e resistiu, mas a falta de ar iria enfraquecê-la em algum momento, ela tinha de sair de debaixo do corpo dele.
E num ato de desespero, Daisy conseguiu abrir um pouco mais as pernas, o pau duro dele entrou em contato com o meio das pernas dela, ele tremeu, afastou a cabeça e Daisy lhe deu uma violenta cabeçada, quebrando seu nariz novamente. Ele fez um movimento leve com seu pau contra a buceta dela, Daisy rosnou, Noah saltou para trás.
"Tirando uma casquinha? Isso significa que vai ficar muito tempo no hospital?" Daisy provocou, ele abriu as ventas de seu nariz quebrado, não disse nada e lhe cravou o olhar. Daisy fingiu que ia lhe chutar a cabeça, mas na última hora lhe deu uma rasteira, ele caiu batendo a nuca no chão, ela se lançou sobre ele e o encheu de socos no rosto. Não que isso o pararia, mas ela não podia dar a ele chance de revidar, um golpe dele correspondia a vários dela. Isso era tão verdade que em um instante ele conseguiu dar um soco no meio dos seios dela, Daisy voou longe, o impacto de suas costas com o chão quase a desmaiou.
Ele voltou a ficar sobre ela, segurando os pulsos contra o chão e prendendo as pernas dela com as dele, mas não a pressionou com o tórax. Daisy tentou mordê-lo, ele desviou o rosto e a mordeu no ombro. Dor e desejo a sacudiram com tanta força que ela ficou mole. Ele rasgou a blusa dela com as presas, logo os seios de Daisy estavam livres e ele os sugou.
Ele sugou com força, muita força e afastou o rosto, o leite dela esguichou por seu peito e barriga, Noah lambeu. Daisy fechou os olhos, mas os abriu rapidamente ao sentí-lo penetrá-la com firmeza, seu pau entrou nela a rasgando, mesmo que aquela luta a estivesse excitando como nunca Daisy se sentiu excitada, era como se o pênis dele estivesse ainda maior e mais grosso do que de costume.
Daisy se rendeu quando ele atingiu o ponto mais interno de seu corpo, Noah lhe mordeu a boca, ela cravou suas garras em suas nádegas.
Eles se moveram violentamente, se arranhando, mordendo, se chupando desesperadamente até que o clímax chegou lhes tirando a razão, Daisy rugiu com toda a força restante em seus pulmões, Noah uivou tão alto que os ouvidos dela doeram.
Noah deixou seu corpo cair sobre o dela, Daisy o abraçou.

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