Happiness || Charles Leclerc

CAPITULO QUARENTA E TRÊS

MONTE CARLO, MÔNACO || 14.10.2022

CHARLES LECLERC

Sorrio observando a morena deitada sob uma espreguiçadeira, a pele achocolatada brilhando com a luz do sol em contato com o corpo pequeno e curvilíneo, os cabelos castanhos estão espalhados enquanto os olhos estão fechados e ela parece ressonar ali, profundamente e relaxada... Tem se sentido melhor e isso finalmente me tranquilizou, passei os últimos dias questionando se está tudo bem, mas ela sempre me responde com um sorriso doce e um olhar apaixonado, dizendo que está bem.

-O que foi, Cabrón? Tá todo bobinho olhando pra solzinho. -Carlos senta ao meu lado no exato momento que Amélie se aproxima de Alissa com a pequena Samantha em seus braços e minha namorada abre um sorriso enorme-.

-Amo ela, cara... amo ela mais que tudo, preciso dela mais do que qualquer coisa nesse mundo, eu não consigo mais ver um futuro sem a Alissa nele, um futuro aonde ela não exista é escuro pra mim. -divago a observando sorrir enorme e brincar com Sammy, que bate palminhas e ri- Ela é tudo...

Carlos suspira ao meu lado e quando o encaro ele tem um sorriso pequeno nos lábios, bebe sua cerveja enquanto observa a noiva e a filha... não sei quando foi que ele descobriu que Amélie seria a mulher que ele teria a vida toda, ou como se sentiu quando descobriu que ela estava gravida, se sentia que era o momento certo para formarem uma família.

-Quando soube?

-O que?

-Que Amélie seria sua pra vida toda, que ela era a mulher certa pra você compartilhar décadas da sua vida.

-Quando ela me olhou com outros olhos além de uma assessora, quando ela me observou como sou e os olhos brilharam... quando ela sorriu pra mim na primeira vez, eu nem sabia o que sentia, mas foi naquele momento que ela se tornou a mulher da minha vida. -responde encarando a morena e sorri bobo, acho bonito o amor deles, é mais profundo do que alguns casamentos de décadas- Talvez no momento em que ela se apresentou pra mim meu coração já gritava que era ela, mas meu cérebro não ouviu.

-E quando souberam que era o momento certo pra uma família? -Carlos me encara surpreso, mas ri baixo e bebe mais um gole de sua cerveja-.

-Cara, formar uma família nem passava pela nossa cabeça quando a Lie descobriu que estava gravida, mas não foi assustador quando ela me contou... na verdade eu senti que tudo estava acontecendo quando devia acontecer. -ele enfim desvia os olhos e me encara com um sorriso de lado- Por quê? Tá imaginando a Lissa segurando um bebezinho de vocês?

-Talvez... é algo que venho pensando já tem um tempo. -respondo observando minha namorada e sorrio imaginando, talvez pela centésima vez, Alissa segurando nossa misturinha em seus braços- Seria... incrível...

-Cara, você não tem noção como é a sensação de descobrir que vai ser pai... é desesperador e magico ao mesmo tempo... eufórico e intenso... -divaga sorrindo, mas logo me encara sério- Seja responsável no dia que isso acontecer, você não é mais jovem, ser pai é uma transição para outro nível de ser homem.

-Eu não sou irresponsável.

-Um pouco imaturo, mas você está preparado pra isso. -comenta sorrindo e bate levemente no meu ombro- Só não vá fazer a solzinho chorar quando isso acontecer! E nem desmaie em nenhum momento.

Reviro os olhos rindo e dou um empurrão no espanhol, que ri e soca meu ombro me empurrando em direção ao estofado aonde estamos. Desvio meus olhos da discussão idiota quando os latidos de Sindy ecoam no barco e ela corre usando seu colete em minha direção, pula em minhas pernas e abana o rabo animada. Já não é mais a filhote pequena que encontrei meses atrás, ela cresceu, as orelhas estão maiores e o latido um pouco mais grave do que quando pequena, mas ainda tem muita energia no corpo da cachorrinha.