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– Olhos de tesão – ele me comunica trêmulo.

– Sem brincadeiras, eu quero sentir o seu cheiro. É maravilhoso, sempre é maravilhoso.

Levo meu nariz junto de sua pele e inspiro o mais profundamente que consigo.

Louis começa a rir. Olho para ele e abro um sorriso.
Seus dedos descansam no zíper na lateral do meu corpo.

– Eu estou totalmente coberta de hematomas – vou logo avisando.
Murcho a barriga, olhando para o seu abdômen.

– Você fica linda quando está tímida. Eu vou devagarinho.

Ele solta uma das alças, que cai em meu braço. Faz a mesma coisa com a outra.
Mordisca o lábio.

– Vou me sentar. Assim me sinto alto demais.

Ouço o farfalhar do tecido enquanto ele se ajeita contra a cabeceira, então me posiciono entre suas pernas e me aninho junto a ele. Suas mãos se abrem em meus ombros e meus olhos se fecham enquanto ele começa a massagear. É a massagem mais doce e mais bem-feita que já recebi. A maioria dos homens já estaria arrancando as roupas a essa altura, mas Louis não é a maioria dos homens.

– Você se sentava desse jeito quando estava doente.

Ele continua massageando e a fricção é explosiva. Afasta meus cabelos e leva a boca à lateral do meu pescoço. A essa altura, mal consigo lembrar meu próprio nome.

Desliza a mão na seda e segura meu seio nu. Lentamente, suavemente, seus dedos beliscam.

– Isso, assim – geme, trazendo sua boca junto à minha.

Ouço o ruído que emito. O tipo de gemido duro que as pessoas costumam soltar em situações de dor extrema. Mas agora me sinto próxima do orgasmo.

– Imagine todas as coisas que vamos fazer – diz, quase para si mesmo.

– Não quero imaginar. Quero sentir.

Meus pés se agitam inutilmente, esfregando-se nos lençóis, como se eu estivesse sendo eletrocutada.

– Você vai sentir. Mas esta noite não é o suficiente, já sei disso. Sempre avisei:
eu preciso de dias. Semanas.

Mal percebo o zíper deslizando. Ele está me puxando levemente para fora do lençol de seda. A sensação de sua mão enorme me acariciando é sublime.
Estou sendo mimada e agradada, minha pele se aquece, sou totalmente admirada.

Quando consigo abrir os olhos, sua respiração sai quente em minha orelha e o tecido creme está puxado até a cintura. Ele solta minha meia-calça e se aproxima para me olhar nos olhos.

– Hum.

Engancha os dedos na lateral do tecido em meu quadril, puxa-o até as pernas, e agora, à exceção da meia-calça, estou nua.

Vejo sua perna ainda coberta com a calça, o que só torna minha nudez mais vulnerável. Ergo o joelho, tentando me esconder, mas é inútil. Ele emite alguns ruídos suaves, lenientes, atrás de meu ouvido. Sua mão enorme acaricia meu quadril, minhas coxas, cintura. A outra mão acompanha.

– Sn – parece ser tudo o que consegue dizer. – Sn, como eu vou conseguir parar esta noite? Sério, como?

Fico toda arrepiada. E estou me perguntando a mesma coisa. Deixo a cabeça pender para o lado e nos beijamos.
Estou rouca e sem ar.

– Eu vou morrer hoje à noite. Por favor, tire as calças.

– Quero essa frase bordada em um travesseiro – diz, e eu dou risada até arfar.

– Você é muito engraçado. Sempre achei. Nunca pude rir, mas sempre tive vontade.

– Ah, então essa é uma das suas regras. – Louis desliza para fora da cama e leva a mão ao botão da calça. – Então o objetivo do jogo é não dar risada?

– O objetivo é fazer a outra pessoa rir. Venha, estou ficando com frio.

Na verdade, estou ficando impaciente. Ele puxa as cobertas e os lençóis sobre o meu corpo quando tremo, então observo-o se mexendo todo lascivo enquanto abre o zíper da calça.

– Eu tenho as minhas próprias regras. E o objetivo do jogo é outro para mim.

Ver Louis tirar as calças atinge um patamar inédito. Está usando uma cueca preta que mal cabe em seu corpo.

– Conte. Por favor.

Ele tira a cueca e eu fico boquiaberta. Nem os meus sonhos mais quentes puderam me preparar para o que está diante de mim agora. Estou prestes a dizer que ele é glorioso quando apaga a luz e nos agarramos na escuridão.

– Não! Josh, isso não é justo. Acenda a luz. Quero olhar para você.

Tento levar o braço ao abajur, mas ele desliza sob os cobertores e sinto o calor do seu corpo junto ao meu. Nós dois arfamos sem conseguir acreditar.
Pele com pele. E o calor.

Não sei onde precisamente ele está. Está em cada centímetro do meu corpo.

Acho que sinto sua respiração bater em meus cabelos, mas viramos um pouquinho e, quando ele suspira, está perto da minha caixa torácica. É desconcertante e erótico, e eu quase sou puxada para fora da minha própria pele quando ele desliza a mão em minhas costas.


Affi🫦

Beijão💋

O jogo do amor "Ódio"!   Louis Partridge Onde histórias criam vida. Descubra agora