★Ele está agitado e suando, com o corpo marcado pelo peso dos equipamentos da malhação. As sobrancelhas se apertam quando ele me vê.
Seus olhos estão inseguros. Ele estende a mão para segurar a porta do elevador.Meu. Coração. Explode.
– Eu venci! – grito enquanto corro em sua direção.
Louis tem tempo suficiente para abrir os braços enquanto eu pulo. Colide com a parede ao fundo e deixa escapar um gemido enquanto eu consigo envolvê-lo com meus braços e minhas pernas. A porta se fecha e ele consegue apertar o botão para irmos até seu andar.
– Tecnicamente, acho que venci. Fui o primeiro a chegar ao prédio – ouço-o dizendo.
– Eu venci. Eu venci – repito várias vezes, até ele dar risada e admitir: – Está bem, você venceu.
Seu suor tem cheiro de chuva e cedro e deixa leves notas de alecrim em minhas narinas. Pressiono meu rosto ao seu pescoço e inspiro, outra vez e outra vez, até chegarmos ao quarto andar e a porta do elevador se abrir.
Tento reunir a força necessária para libertá-lo, mas a pressão viciante de nossos corpos é mais forte do que a minha força de vontade.
– Está bem, então.
Ele começa a atravessar o corredor. Eu me prendo como um coala à sua frente, com meu casaco batendo e a bolsa atingindo a mochila da academia.
Espero que ele não trombe com nenhum vizinho. Aproximo-me o suficiente para ver seu rosto e, em seus olhos, percebo que ele está gostando. Louis coloca a mochila ao lado da porta e começa a procurar a chave.– Todo homem devia receber boas-vindas desse tipo.
– Aja como se eu não estivesse aqui. Continue como sempre faz.
Abraço-o com mais força. Sua clavícula se encaixa perfeitamente à minha maçã do rosto. Louis está usando um moletom com capuz e seu corpo parece estar úmido.
Ouço-o jogar os itens de ginástica no cesto. Tira os tênis sem desamarrar o cadarço, o que só me parece dificultar as coisas, e pega a minha bolsa.
Aperta um botão pra ajustar o aquecedor.– Sério, simplesmente finja que eu não estou aqui.
Ele vai até a cozinha e se abaixa para olhar dentro da geladeira, forçando-me a me agarrar com mais força. Enche um copo e pressiona meu ouvido ao seu pescoço para que eu possa ouvi-lo engolir.
Aperto as pernas em volta de seu corpo e ele desliza a mão em meu quadril e aperta uma vez, de um jeito amigável. Depois, dá um tapa.
– Ah, o que tem no seu bolso?
– Hum… – Agora lembro o que tem ali e me sinto uma grande nerd. Deslizo para fora do colo dele, até conseguir estar no chão. – Não é nada.
– Machucou a minha mão. – Ele puxa o item para fora do meu bolso e observa atentamente. – É um Smurf. É claro. Com o que mais você encheria seus bolsos?
Por que ele está de cara feia?– Eu tenho uns dez bonecos dele. É o Ranzinza.
– Se não soubesse o quanto você ama os Smurfs, eu me sentiria insultado.
– Sua boca se repuxa e percebo que eu o estou alegrando. – Então, por que essa paixão toda pelos Smurfs?– Meu pai fazia entregas em outro estado. Ele saía antes de clarear e voltava quando eu já tinha ido para a cama. Mas, quando voltava para casa, sempre passava em um posto de gasolina e me trazia um Smurf.
– Então eles lembram seu pai. Que legal.
– Os Smurfs significavam que meu pai estava pensando em mim.
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O jogo do amor "Ódio"! Louis Partridge
RomansaSn Hutton e Louis Partridge se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro...