barcelona | carlos sainz

33. that's how the spaniard lost the girl

Atenção: Este capítulo contém cenas explícitas de sexo e linguagem imprópria. Se esse tema é sensível pra você, pule para o próximo, com pouco prejuízo na compreensão do que vai acontecer ao longo da história.

And you know
That I don't want you to go

— How you get the girl, Taylor Swift

CARLOS SAINZ

A boca dela tem gosto de whisky doze anos e a mistura da sua língua na minha é tão quente que sinto meu corpo pegar fogo. Eu não sabia que estava com tanto tesão até ela virar uma dose de whisky sem tirar os olhos dos meus e eu perceber que muitos dos meus colegas de grid não conseguiam tirar os olhos dela esta noite.

Podem olhar o quanto quiserem. É gostosa mas é minha.

Martina um pouco bêbada era um fenômeno a parte, ela respondia ao meu toque de uma forma provocativa. Se eu descansava a mão na sua cintura, ela aproximava o corpo do meu. Se conversava comigo, a cada cinco palavras ela encarava a minha boca e passava a língua no lábio inferior como se estivesse morrendo de vontade de me experimentar.

Essa garota é insalubre para o pau de qualquer homem e eu a queria tanto que sentia ele doer dentro da calça.

De frente, de costas, em cima de mim.

Eu tinha bebido algumas doses com ela e sentia que o mundo estava aos meus pés, foda-se quem mais estivesse na festa de Lando, foda-se o P10 de Silverstone.

Eu só queria saber se ela se renderia aos meus encantos esta noite.

Lembro de nos beijarmos na pista de dança, quando ela resolveu que seria uma boa ideia rebolar encostada em mim. Martina sabe brincar com fogo. O seu perfume doce invadindo o meu nariz e a sua boca encontrando a minha ao mesmo tempo que seus braços se entrelaçavam no meu pescoço.

Depois do primeiro, todos os nossos beijos públicos foram de língua e como valeu a pena ter ultrapassado essa barreira. Mas agora eu queria mais e sentir a bunda dela em movimento contra mim usando esse vestido vermelho era uma tortura imensa, ainda mais por estarmos na frente de todo mundo.

Preciso me lembrar de elaborar um discurso para Clair, por que essa noite vai dar tudo errado.

Ou vou sair de pau duro em alguma manchete ou vou ser preso por atentado ao pudor.

— Me vas a volver loco — digo próximo ao ouvido dela mesmo com a música alta e passo uma das mãos pela sua cintura, a abraçando por trás. "Você vai me deixar louco.".

Martina vira o rosto pra mim e percebo que ela está sorrindo. Um sorriso desleixado de quem sabe muito bem o que está fazendo.

Ficamos assim por mais alguns minutos, até a música mudar e ela juntar nossos lábios mais uma vez. Eu amo beijar ela. Amo segurar na sua nuca, percorrer os dedos pelas suas costas até encontrar a curva da sua bunda. Não ligo se tem alguém olhando, acho que o álcool eliminou todas as minhas preocupações em relação a isso.

Pra eles Martina é minha namorada, afinal.

Um gemido fraco deixa a boca dela no meio do beijo e decido tomar uma iniciativa.

— Volvamos al hotel, ¿recuerdas lo que te dije en Austria? — digo, ainda com a mão na sua nuca e o seu rosto tão próximo do meu que mais um centímetro e eu sentiria a boca dela de novo. "Vamos voltar para o hotel, lembra o que te falei na Áustria? Você precisa terminar as coisas o que você começa. — Tienes que terminar las cosas que empiezas...