One step, not much
But it said enough
— You are in love, Taylor Swift
MARTINA FERNANDEZ
Quando Carlos me disse que iríamos para Roma naquela tarde, eu quase não acreditei. Ele não quis me dizer exatamente a razão pra isso, mas eu sabia que mais cedo ou mais tarde teríamos que voltar para Maranello para a intensa preparação do Grand Prix de Singapura e, bom, Roma estava no meio do caminho.
Talvez ele tenha tomado essa decisão por que a notícia da gravidez de Blanca elevou o astral dos Sainz como um todo, Carlos parecia emocionalmente mais animado com toda essa situação, embora em alguns momentos ainda fosse possível notar que ele apenas respondia o que era perguntado, não iniciando nenhuma conversa ele mesmo.
O assunto Monza não surgiu durante todo o final de semana, como eu já imaginava, no máximo alguns abraços o parabenizando pelo pódio. Mas apesar dele parecer satisfeito com a omissão do que aconteceu, isso ainda estava preso na minha mente como um assunto mal resolvido.
Depois que terminamos de lavar e secar a louça, arrumamos as malas e os pais dele nos levaram até o aeroporto de Mallorca. A previsão é que estivéssemos em Roma até o final da tarde, já que seria em torno de duas horas de voo.
Carlos não falou muito durante todo o trajeto de carro e teve sorte que seus pais estavam animados demais com a ideia de serem avós que nem notaram que ele estava esquisito desde que chegou. Era como se ele estivesse fechado dentro de si mesmo e distraído com o que estava ao seu redor, tentei não fazer disso uma grande coisa, afinal, talvez ele precise desse silêncio que sei que não vai ter em nenhum outro lugar e é por isso que também tomo a decisão de não ficar puxando nenhum assunto.
Quando já estávamos sentados em nossas poltronas no confortável jato que o levava de um lugar para o outro, no meio da viagem, resolvo ocupar o tempo vasculhando dentro da minha bolsa algo para me distrair e encontro o pequeno caderno que Ana me deu como presente de melhoras.
Leio novamente o que ela deixou escrito pra mim e lembro do que conversamos em Mallorca assim que ela me viu. Ana queria que eu o usasse de forma criativa, mas como exatamente eu faria isso?
Volto a olhar para o Carlos, que encara o mundo pela janelinha do avião com uma expressão fechada e algo no meu coração se aperta. Os cabelos escapando pelas laterais do boné, a pele dourada dele se contrastando com a camiseta branca. Era incrível como poucas horas de sol já eram o suficiente pra bronzeá-lo, como se ele tivesse nascido pra isso... pra ser beijado pelo sol.
Deixo um sorriso idiota escapar e volto a encarar o caderninho de Ana, porém o sorriso desaparece quando me lembro do quão mentirosa era toda essa sensação que eu sentia.
Não somos namorados de verdade, lembro minha mente da informação mais importante.
É aí que uma ideia maluca me ocorre e aperto a caneta que estava segurando na outra mão, como se tivesse descoberto o propósito do caderno em uma epifania.
Eu tinha certeza de uma coisa: eu e Carlos não íamos durar até o fim da temporada, isso tudo é um contrato assinado e eu sei que ultrapassei os limites quando me apaixonei por ele.
Mas e se eu simplesmente aproveitasse esse tempo?
E se eu só agisse como a pessoa completamente apaixonada que eu sou e colecionasse as memórias de nós dois?
É melhor passar mais seis meses com ele e aproveitar a sua companhia, seus beijos, o sexo... do que evitá-lo e fingir que estamos no mesmo lugar que estávamos antes.
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barcelona | carlos sainz
Fiksi PenggemarCarlos não imaginava que seu maior pesadelo estava prestes a começar após ficar solteiro e finalmente começar a aproveitar a vida em todas as baladas que pudesse frequentar. A notícia que o American Express soltou no primeiro dia útil da semana após...