34. in silent screams

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Skies grew darker

Currents swept you out againAnd you were just gone and gone, gone and gone

This Love, Taylor Swift



MARTINA FERNANDEZ

Olho pela janela do jato particular que eu, Carlos, Clair e uma parte da equipe estamos e minha cabeça começa a vagar por tudo o que aconteceu em Silverstone.

Depois que Carlos levantou da cama, ele se trocou, desceu para tomar café da manhã, enfiou a cara no ipad e não trocou uma palavra com ninguém. Imaginei que ele deve ter conversado com Clair e que ela tenha dito algo do que conversei com ela hoje pela manhã.

Mas não tenho certeza.

Ele parecia meio irritado, talvez só estivesse de ressaca mesmo.

Começo a pensar em tudo o que aconteceu desde que pisamos na festa de Lando Norris na noite passada.

A verdade é que tudo foi incrível, mas com certeza a nossa decisão de tomar diversos shots foi o que encerrou a nossa noite mais cedo. Carlos estava feliz ontem, ele parecia muito feliz. Se eu já achava que ele estava com as mãos em mim o tempo todo antes, depois dos drinks ele simplesmente não me largava e, em nenhum momento, achei isso algo ruim.

Os nossos beijos ficaram erráticos e, em algum ponto da noite, estávamos nos beijando apenas por que era bom, já que ninguém parecia se importar com nenhum de nós dois.

O último beijo que ele me deu antes de resolvermos ir embora, foi depois do nosso último shot, que bebemos uma dose de whisky duplo de uma vez e, logo em seguida ele estava com a boca na minha, me pressionando contra o balcão.

Foi por causa disso que eu decidi que era melhor irmos para o hotel ou então corríamos o risco de algo a mais acontecer e acabarmos nos colocando em situações desnecessárias, decepcionando Clair.

Lembro que o táxi que pegamos até o hotel foi muito rápido, deve ter demorado no máximo dez minutos e Carlos saiu de dentro dele com tanta classe que nem parecia que ele tinha bebido meia garrafa de whisky puro sozinho.

De mãos dadas, nós caminhamos até o elevador e foi quando ele voltou a me beijar.

O seu perfume marcante, a barba por fazer arranhando o meu pescoço, as suas mãos passando por todos os lugares, a camisa já quase toda aberta.

Estava ficando muito difícil resistir.

Confesso que uma parte de mim sequer tentava, eu estava praticamente com a guarda toda abaixada.

Mas a outra parte...

Quando entramos no quarto, eu sabia que se quisesse algo a mais com ele, conseguiria sem qualquer resistência. Mas não era dessa forma que eu queria que as coisas acontecessem, entre a gente. Ainda mais quando um de nós estava claramente bem mais são que o outro.

Eu lembro de argumentar com ele sobre isso e da sua expressão um pouco desapontada quando descobriu que não ia me levar pra cama.

Pelo menos não da forma que ele queria.

No entanto, Carlos não protestou mais sobre isso. Eu o ajudei a se trocar, mas ele decidiu que não queria colocar um pijama e que iria dormir só de cueca. Quase perdi o fôlego ao notar a sua ereção pressionando contra o tecido fino, mas ele estava bêbado demais pra se importar se ia dormir insatisfeito.

Assim que ele deitou na cama, dava pra perceber suas pálpebras pesando enquanto ele me olhava. Quando tirei o vestido e me sentei na cama pra tirar os sapatos, segundos depois, senti sua mão quente no meu braço.

barcelona | carlos sainzOnde histórias criam vida. Descubra agora