53. but he can tell you how it ends

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I don't start it but I can tell you how it ends
Don't get sad, get even
So on the weekends
I don't dress for friends
Lately I've been dressing for revenge
Vigilante Shit, Taylor Swift


American Express, em nota: O summer break é sempre um dos momentos mais esperados da temporada, não só por que os pilotos tem a chance de descansar depois de semanas frenéticas perseguindo o pódio, mas também por que tem a oportunidade de relaxar e sair um pouco da linha.

No entanto, este ano, parece que ninguém está afim de nos entreter com uma polêmica, a maioria do grid voltou pra casa e para suas famílias. Os que foram vistos publicamente não estavam envolvidos em nada marcante.

Carlos Sainz foi visto em Madri andando de kart com a namorada no maior clima de romance. Charles Leclerc voltou para Mônaco e ganhou um corte de cabelo da mamãe. Max Verstappen resolveu tomar sol em Saint Tropez. Lando Norris foi visitar a avó na Inglaterra. A dupla da Alpine curiosamente foi vista também em Mônaco. Esteban Ocon estava passeando em um iate com algumas representantes importantes dos patrocinadores da equipe, enquanto Pierre Gasly foi visto desacompanhado em uma loja de brinquedos no centro do principado.

Já que não temos fofocas novas, pelo menos parece termos alguma atualização das velhas, não é?

O herdeiro francês do grid vai ganhar um presentinho hoje e nós vamos ficar aqui imaginando o que o papai do ano escolheu pra ele na loja de brinquedos em Mônaco.

CARLOS SAINZ

Os primeiros dias em Maranello foram tranquilos. Aproveitei para reorganizar o meu treino físico com Ruperto, contratar alguém pra dar uma organizada mínima na casa e discutir com Clair alguns eventos dos patrocinadores que precisaríamos frequentar no próximo mês. Minha relações públicas tem trabalho em dobro ao cuidar da minha agenda profissional e pessoal ao mesmo tempo, mas esse trabalho ela fazia com maestria de forma que ninguém mais conseguiria ser tão atenciosa e precisa.

Segundo Clair, a minha programação do dia de hoje se baseava em ir até a sede da Ferrari, ter uma reunião com o advogado da Scuderia a respeito do meu contrato com Martina e os próximos passos a serem alinhados desse acordo.

Além disso, eu passaria um tempo no simulador e, após o almoço, o nosso chefe de equipe, Fred Vasseur, também tinha marcado um horário pra discutir algumas coisas comigo e com Charles, mas não quis adiantar qual será o assunto, então isso é algo que discutiremos presencialmente.

Eu me sentia tranquilo.

A temporada até agora tinha tido seus defeitos mas também tinha tido seus bônus, eu estava com uma boa pontuação, até melhor que a do meu companheiro de equipe, e isso era uma das razões pra argumentar com Vasseur sobre a possibilidade de mais priorização dentro da equipe.

É fato que a Ferrari não seguia totalmente a risca toda essa coisa de prioridade entre pilotos, mas Charles e eu sabíamos que apesar dele ser o rosto bonito da equipe, e piloto número um no papel, isso não era uma garantia de que as preferências seriam todas dele.

Eventualmente não tínhamos boas chances o suficiente pra nenhum dos dois. Os erros de pitstop e estratégia eram peças cruciais no nosso sucesso e algo que a equipe ainda pecava muito. Nós dois acabávamos saindo em desvantagem e, quando um por algum milagre conseguia uma vantagem, a preferência era de quem estivesse do lado da sorte.

Mas convenhamos que em um esporte como o automobilismo, contar com a sorte em toda corrida era a mesma coisa que rezar pela chuva.

Incerto e uma questão puramente de fé em algo maior.

barcelona | carlos sainzOnde histórias criam vida. Descubra agora