SOU UM COM O PAI

25 - EQUILIBRO ENTRE TRABALHO E FORTALECIMENTO DOS LAÇOS AFETIVOS.

25 - NECESSIDADE DE HAVER EQUILIBRO ENTRE TRABALHO E FORTALECIMENTO DOS LAÇOS AFETIVOS.

O rei Salomão desabafa que o excesso de estudos caminha de mãos dada com a loucura e a insensatez, visto que, a aquisição de conhecimento científico exige dedicação e abdicação de coisa boas da vida, como os laços familiares, que resultam em sofrimentos, como a solidão, e isso afeta o psicológico das pessoas.

ECLESIASTES 1:16-18.

16 Então passei a refletir: alcancei o ponto mais elevado do entendimento humano e da ciência, sendo a minha sabedoria superior à de qualquer pessoa que existiu antes de mim em Jerusalém. 17 Para alcançar esse nível de conhecimento dediquei-me incansavelmente em compreender a ciência humana, a loucura e a insensatez, no entanto, ao final dessa jornada do saber descobri que tudo isso não é nada e equivale a uma infrutífera corrida atrás do vento. 18 Afinal, quanto maior é o conhecimento propiciado pela ciência, maior é também os sofrimentos. Quanto maior for o entendimento, maiores serão os desgostos. (ECLESIASTES 1:16-18)

O rei Salomão nos faz refletir sobre os reais benefícios da incessante busca por conhecimento científico e pelo trabalho excessivo, que ao final da jornada apenas deixa um vazio na vida, que compara ao insano ato de correr atrás do vento (Eclesiastes 1:16-18; Eclesiastes 4:8-12).

Se por um lado a dedicação excessiva ao trabalho massageia o ego quando há reconhecimento por meio de elogios e fama, por outro lado, gera solidão pelo esfriamento das relações familiares, que acabam rompendo os laços afetivos.

ECLESIASTES 4:8-12.

8 Havia um homem solitário que dedicava a sua vida exclusivamente ao trabalho, e por isso não se importava em ter filho, irmãos, ou laços afetivos familiares. A sua fonte de prazer residia unicamente nas riquezas que o seu incansável trabalho científico produzia e que ele acumula incessantemente. Obcecado pela vida levada, nunca questionou o motivo de viver esgotado de tanto trabalhar e não ter tempo para se beneficiar daquilo que acumulou. Essa vida sofrida é insensata e resultado de trabalho infrutífero se não se pode usufruir dele! 9 Melhor seria não ser apenas um, pois o fruto do trabalho desenvolvido por duas pessoas é melhor que os do egoísta. 10 Quando um fraquejar, o outro socorrerá. Infeliz é o solitário quando cair, pois não verá uma mão estendida para ajudá-lo a reerguer-se! 11 Quando duas pessoas dormem juntos, um aquece a outra e ambas ficam aquecidos. No entanto, o solitário não conseguirá manter-se aquecido. 12 O individualista facilmente é derrotado, enquanto maior será a resistência de duas pessoas que mutuamente se ajudam. Um cordão de três dobras não se rompe com facilidade! (ECLESIASTES 4:8-12)

Ao refletir sobre o propósito por trás de tanto esforço, ele conclui que ela apenas produz a perda da paz espiritual pelas constantes cobranças dos empregadores e críticas destrutivas dos acusadores invejosos, que usam um único erro como motivador para desqualificar tudo o que ele fez.

Somente quando o trabalho realizado deixar de produzir os resultados ambicionados, perceberá que estará só na vida, sem conseguir um ombro amigou ou mão estendida para ajudá-lo a reerguer. Não há como culpar as pessoas pelo abandono, pois a semente da solidão foi plantada no passado e ele colhe os frutos dessas escolhas do passado.

Em muitos casos somente na velhice os pais tentam recuperar o amor dos filhos, que por anos negligenciaram o cuidado afetivo. Muitos acordam tarde, quando os filhos se perderam nas drogas ou foram vencidos pela depressão, por considerarem ser suficientes dar o conformo material e negligenciar o lado afetivo, ocupado por alguém estranho. No verso ilustrativo da pessoa solitária, o rei Salomão nos mostra a importância de ter uma vida equilibrada, onde o foco no trabalho e na acumulação de riquezas não pode resultar prejuízos aos relacionamentos pessoais e familiar. É importante administrar o tempo para desfrutar das coisas simples e prazerosas da vida, estabelecendo e fortificando laços afetivos.

Não é possível que as pessoas continuem se perdendo em busca sem fim por coisas materiais que prejudicam a convivência humana, pois se equiparam ao tolo que se dispões em disputar corrida contra o vento, mesmo sabendo que sempre sairá perdedor.

Atualmente mercado de trabalho cada vez exige mais do profissional, contudo, não podemos criar conflito entre a vida profissional e vida afetiva, visto que podem conviver em harmonia, se aprendermos, com as experiências que a vida tem a oferecera, a valorizar mais as relações humanas. Prefira construir pontes e estradas que paredão de fuzilamento e da separação.

O apóstolo Paulo nos dá uma orientação poderosa sobre como usar as nossas palavras para gerar avivamento espiritual. Ele nos alerta para estarmos atentos aos sinais de mudança de comportamento, preparando-nos para enfrentar os dias de tormenta que podem abalar o equilíbrio emocional, assim como aconteceu com Jó, os irmãos de José e o rei Saul.

É importante lembrar que a maioria das calamidades começam na calada da noite, pegando de surpresa aqueles que duvidam da existência e do poder das forças espirituais. Durante o nosso sono, as forças malignas que habitam as trevas aproveitam qualquer descuido e situação mal resolvida para semear a dúvida e a discórdia nas nossas mentes, criando pequenos nós emocional que geram ranhuras na fé e afetam a paz espiritual.

O processo contínuo de semeação de pensamentos perturbadores pode ter um impacto devastador e colapsar a mente do subjugado, levando-o a explosões de ira, como vimos no caso do rei Saul (1 Samuel 16:14; 1 Samuel 18:10-12; 1 Samuel 19:9-12; 1 Samuel 20:30-33; 1 Samuel 22:16-19). Nesses casos a história mostra que a mente é vulnerável a influências externas, especialmente quando essas influências são persistentes e negativas, como a de Dalila com relação a Sansão (Juízes 16:15-17).

Em certas circunstâncias, são as preocupações do dia que subjugam os sentimentos e roubam o sono, dificultando encontrar descanso e gerando uma sensação de incapacidade para enfrentar e reverter a situação negativa. Desconcentrado e assoberbado de preocupações, no alvorecer mostra-se cansado e desanimado em lutar.

Com a intensidade do ataque, travado no campo espiritual, o subjugado, com a mente em colapso, entra em desespero e, não conseguindo suportar a pressão, prefere a morte que continuar na aflição, como o caso de Sansão (Juízes 16:15-17) e de Jó (Jó 3:1-10).

A mente é um terreno fértil que pode ser cultivado tanto com as boas sementes, que produzem frutos espirituais, como com o joio, que tendem a produzir comportamentos inquietantes (Mateus 13:24-30). Cabe a cada um de nós cultivar pensamentos saudáveis que produzam amor, misericórdia e paz, a fim de proteger a nossa saúde mental e espiritual.

MATEUS 13:24-30.

24 Jesus explicou por meio de comparações ilustrativas: o Reino de Deus no céu (plano espiritual) é comparável a alguém que semeia as suas terras com sementes de boa qualidade. 25 Então, no cair da noite, as escondidas o maligno, aproveitando-se que todos descansavam após a realização do trabalho, espalha sobre o campo semeado semente de erva danosa, conhecida como joio. Logo em seguida sai sem ser notado. 26 O trigo cresceu e produziu os frutos esperados e, igualmente, o joio também cresceu no meio da plantação. 27 Os servos do dono da terra questionaram o seu Senhor: nós semeamos no teu campo somente a boa semeaste que nos deste, como é possível que este joio tenha nascido também? 28 Seu senhor respondeu-lhes: isto é obra do inimigo! E os servos perguntaram: se nos autorizar, podemos arrancar todo o joio. 29 O senhor explicou-lhes: não façam isso! Se tentarem arrancar o joio agora, prejudicarão também o bom fruto. 30 Deixe que cresçam juntos até o tempo da colheita. Quando o tempo de realizá-la chegar, orientarei aos servos para, ao arrancar o joio, que o separem do trigo, atando-os em feixes, para em seguida serem destinado a queima. Quanto ao trigo colhido, orientarei serem abrigados no meu armazém. (MATEUS 13:24-30)

Diferentes podem ser as situações aflitivas que pode levar alguém ao desespero e pensar que o alívio do sofrimento vivido vem com a morte física. Entenda que não é o lugar que é amaldiçoado e tornam a vida de alguém um "inferno carnal", mas sim a forma como enfrentamos.