16 - A INTOLERÂNCIA E IRA SÚBITA DOS IRMÃOS DE JOSÉ

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Na história dos irmãos de José, após cometerem o ato cruel de vendê-lo como escravo e enganar o seu pai Jacó, eles enfrentaram uma série de circunstâncias difíceis que os levaram a refletir sobre suas ações passadas. Ao verem o sofrimento do seu pai e ao enfrentarem desafios pessoais no Egito, como a fome e a pressão de José, eles começaram a estabelecer uma conexão entre o que experimentam e o que haviam feito a José, no passado.

GÊNESIS 42:21-24.

21 E após concordarem com os termos proposto por José, comentaram entre si: certamente somos castigados pelo que fizemos ao nosso irmão mais novo, pois, passamos pela mesma aflição que fizemos o nosso irmão mais novo, passar. Agora, somos tratados com a mesma arrogância que ignoramos os angustiantes pedidos de José. 22 Rúben disse: eu bem que adverti vocês para que não pecassem causando mal ao menino, porém, vocês ignoraram! Agora certamente pagamos por todo o sofrimento que causamos a ele. 23 Por José se comunicar com eles por intermédio de intérprete, eles pensavam que não compreenderiam o que discutiam entre si. 24 Após ouvi-los, José afastou-se deles e chorou. Ao retornar, falou com brandura com eles, porém, determinou que Simeão continuaria preso. Em seguida Simão foi amarrado diante dos demais irmãos, conduzido novamente para a prisão pelos carcereiros. (GÊNESIS 42:21-24)


No caso, é fácil compreender que, quando conspiraram contra José, agiram no fervor de uma ira que, de fato, os deixou "cegos pela raiva". A inveja e o ressentimento os consumiram a ponto de não conseguirem enxergar além da sua própria amargura. O egocentrismo ditou o ritmo de tudo. No entanto, o comportamento posterior era de arrependimento e culpa, ao conviver com as consequências do ato perpetrado, como o sofrimento do pai Jacó e do irmão caçula Benjamin, que não participaram do evento.

ATOS 7:9.

9 Nossos patriarcas, dominados por forte inveja, venderam José como escravo a comerciantes ismaelitas que o levaram para o Egito. Mesmo diante de todo o sofrimento experimentado, Deus não o abandonou. (ATOS 7:9)


Nos versos bíblicos é evidente que o luto de Jacó/Israel foi prolongado, e todas as tentativas de consolá-lo foram infrutíferas. Mesmo buscando encontrar o irmão, eles não tinham meios de descobrir o destino de José nas mãos dos comerciantes ismaelitas.


Essa consciência do próprio sofrimento como a consequência das ações passadas é elemento crucial na narrativa bíblica que merece destaque. Demonstra como o arrependimento e o reconhecimento do erro podem levar a uma mudança de comportamento e a compreensão mais profunda das consequências das ações impulsivas.


A reflexão e o arrependimento são elementos cruciais no caminho rumo à redenção e reconciliação com Deus. A história de José e os seus irmãos nos ensina sobre a importância de confessar e reconhecer a responsabilidade pelos erros cometidos, buscando reparação e perdão, mesmo diante de consequências que parecem irreversíveis (Gênesis 42:21-24).

PROVÉRBIOS 28:13.

13 Quem esconde as transgressões com justificativas, engana-se e não alcançará o perdão divino. Quem as confessa e, após reconhecer o erro, abandona-os e segue a retidão, encontrará o perdão de Deus. (PROVÉRBIOS 28:13)


No entanto, é comum que aqueles que testemunham surtos psicóticos de ira observem a ocorrência de uma cegueira da razão, onde a pessoa não se lembra dos atos praticados durante a perda de consciência. Em surtos de ira, é frequente o uso da expressão "ficaram cegos pela raiva". Essa cegueira está relacionada à perda temporária do controle racional. À medida que o fervor da ira diminui, o estresse emocional também se reduz, e o controle comportamental é gradualmente retomado, levando a uma volta à normalidade.

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