(capitão nascimento's view)
Tirei a porra do estresse todo da mente depois de fuder a noite inteira com a pirralha promotora. Infelizmente, minha paz não reinou por muito tempo, afinal, um capitão da tropa de elite da polícia militar do RIO DE JANEIRO nunca tinha paz: meu celular tocou, às 4 da manhã, quando Maria estava nos meus braços, na minha cama, deitada no meu peito. Por mais que quisesse ficar, não tive outra opção a não ser deixar a dondoca dormindo. Maldita operação.
Tentei fazer o mínimo de barulho possível, pra que ela pudesse dormir mais um pouco. Ela era um diabo de garota, mas, comecei a perceber que ela tinha algo diferente: seus joguinhos? seu jeito? seu corpo desenhado? Tudo nela me atraía de um jeito diferente; estava ficando maluco.
Subir o morro nunca é uma tarefa fácil; você sobe sem saber se vai voltar, e isso é amedrontador. O BOPE tem um treinamento do caralho; nem os soldados de guerra passam por tanta coisa. Mas, o que a maioria da sociedade não sabe, é que policial também tem medo de morrer. Policial também tem vida, família, seja lá o que for. Também somos humanos, mas muito filha da puta que não vê. É muito fácil chamar a gente de assassino, opressor, a merda que seja. Mas só quem convive com o crime todo dia sabe a verdadeira realidade, sabe porque a gente combate o tráfico.
Cidade de Deus: um dos lugares mais violentos do Rio. Chegamos por volta das cinco, tiro atrás de tiro até umas nove. Comércio fechado. Crianças sem aula. Eu tava morto, só queria deitar e dormir. Comandar uma equipe não é fácil: talvez por isso tem sido tão difícil conseguir um substituto: ninguém aguenta a pressão de ser caveira. É tudo muito bom, até você começar a viver o dia a dia do bope.
Descendo o morro, vi que a pirralha tinha
mandado mensagem.Essa meia dúzia de palavras foi o suficiente pra acabar com a minha paciência: eu não tolero que falem do meu trabalho; e ela sabia disso.
Eu só percebi a merda que tinha feito depois de mandar a mensagem. Outro defeito meu: perco a cabeça muito rápido, me arrependo depois... e não sei pedir desculpas.Direto pro batalhão; eu só queria minha cama. O que eu não esperava era que eu fosse ver o projetinho do diabo tão cedo, e ainda por cima no meu trabalho: reconheci, mesmo de costas, aquele cabelo longo e iluminado; a bolsa Michael Kors pendurada no braço; a tatuagem em cima do cotovelo: Maria Carolina. Pra minha surpresa, não era atrás de mim que ela tinha ido: era do Lima. O que ele queria com ela? Ou ela queria com ele? De novo a porra da denúncia? Não é possível.
Entrei na sala do coronel e acabei perdendo ela de vista, mas minha cabeça não parou nem por um minuto.
Isso já era demais pra mim: a piranha estava de papinho com o cara NA PORRA DA MINHA SALA! Meu estresse já tinha voltado todo pra mente e o ódio começou a subir. Saí no meio da reunião e antes de entrar, escutei umas palavras como "segredo" , "resolver de outra forma", alguma merda desse tipo. Não lembro direito. Abri a porta com tanto ódio que o batalhão inteiro se assustou.
Minha vontade era porrar a cara do Lima até matar esse filha da puta. Enquanto eu surtava, Maria não moveu um dedo: continuou sentada, com as pernas cruzadas, e parecia gostar da situação.
-Você ficou maluca, vadia? — Perguntei, depois que o tenente saiu da sala e nos deixou a sós, enquanto agarrei seu braço.
-Mais respeito comigo, capitão.— Ela soltou o braço, e seu olhar de prazer não negava: ela adorou me ver com ciúmes.
-O que você quer? Veio falar da porra da denúncia? Eu já disse que se você não arquivar esta porra, você vai— Ela me cortou.
-Eu vou o que, capitão? Não tenho medo de você. Aliás, depois do que fez comigo hoje, vou fazer questão de te infernizar. Não vim pela denúncia. Vim pra te ver surtando de ciúmes. Eu sei que você fica morrendo por dentro quando vê outro homem perto de mim. — Ela disse enquanto se apoiava na minha mesa.
Balancei a cabeça e cruzei os braços, mostrando negação.
-Sabe qual é o problema, doutora?— Eu disse, enquanto apoiava meus braços também na mesa, fechando a pirralha. — Você é uma cachorra mimada, que gosta de me tirar do sério só pra sair ganhando. E eu não tenho mais idade pros seus joguinhos, promotora. Conversa de moleca.
-Não tem idade pra joguinhos, mas tem idade pra me comer e depois me tratar que nem puta? Eu não sou nenhuma das suas piranhas, Roberto. Não ache que vai ficar marcando minha bunda e me jogando pra merda depois.
-Vou marcar sua bunda quantas vezes eu quiser. Sabe por quê, doutora?— Perguntei, levando minha mão até seu pescoço, fazendo ela respirar fundo. — Por que você é minha. E não sou eu que tô falando. Foi você mesma, na minha cama, implorando por mim. Esqueceu? — Continuei provocando-a, aproximando meus lábios dos seus. Sentia a respiração ofegante da promotora em mim, me enchendo de tesão.
-Quantas vezes você vai jogar isso na minha cara?
-Quantas forem necessárias pra você entender. Cachorra.
Nossas bocas se encontraram num beijo molhado e ofegante, fazendo meu coração acelerar. Era impressionante o que essa garota fazia comigo: só a presença dela me deixava maluco; eu perdia a porra do meu juízo. Enrolei seu cabelo na minha mão, puxando pra baixo, enquanto desabotoei sua calça, e enfiei os dedos naquela buceta apertada e molhada, fazendo ela revirar os olhos de prazer. Intensificava os movimentos e ela abria ainda mais as pernas, se apoiando na minha mesa. Meu polegar brincava com seu clitóris.
-Quando pensar em dar pra algum outro filha da puta, doutora, lembra dos meus dedos dentro de você. Do jeito que eu te comi ontem e te fiz lembrar que você é minha. Do jeito que você gemeu pra mim e do jeito que seu capitão te fez gozar. — Falei, enquanto ela gemia com o rosto no meu pescoço, pra não fazer barulho.
-Babaca. — Ela falou, ofegante, gozando nos meus dedos, confirmando mais uma vez o que nós dois já sabíamos: a garota era minha. E eu era dela.
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Justiça e Amor | Capitão Nascimento
FanfictionMaria Carolina é uma promotora de justiça recém-formada vivendo a vida que sempre sonhou, até ser surpreendida por Roberto Nascimento, capitão do BOPE, e amor da sua vida.