o mundo em minhas mãos

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(Capitão Nascimento)

  Eu tenho muitos defeitos. Um deles é também, ao mesmo tempo, minha maior qualidade: eu não descanso até conseguir o que eu quero, custe o que custar; e não seria diferente com a pirralha promotora que chegou bagunçando a minha cabeça. Tenho passado os dias com seu rosto na minha mente, imaginando seus lábios encostando os meus mais uma vez. Começamos bem: ela não tinha muita escolha, já que eu tenho tudo nas mãos pra fazer ela ser minha.

  Já era o terceiro morro que o BOPE invadia essa semana, meu corpo e minha mente pediam e esperavam ansiosamente por descanso. Eu precisava de álcool pra relaxar a mente, e de uma boa companhia também. Eu tinha o mundo na mão, mas, Maria Carolina sabia exatamente o meu jogo. Aquele diabo de garota me fazia, de certa forma, vulnerável: sabia que eu não faria nada pra prejudicá-la. Sabia que eu só a ameacei porque queria ela pra mim.

"-Quero que saiba que eu conheço seu jogo. Sei que fiquei na sua cabeça. Que você está doido por mim. Mas você não vai me ter tão fácil, capitão. Ah! Acho que vai gostar de saber que tirei minha calcinha antes de sair do fórum."

Cada palavra que ela dizia naquela mesa do bar me deixava com mais raiva: eu estava acostumado a ser quem ganhava, e não quem era descoberto logo assim, de cara. Odiava saber que estava louco por ela, e, de certa forma, vulnerável.

-Filha da puta. Vamos pra casa.

-Ainda não, capitão. Aguento mais uns três copos.

Entre drinks, conversas e risadas, ela se entregou; a temida promotora de justiça, uma mulher séria, sem medo da vida, acabava de ficar cada vez mais vulnerável por uns copos de bebida. Não demorou muito pra que ela começasse a rir sem motivo, querer dançar no meio do bar, e dar em cima do garçom: cheguei no meu limite.

-Já deu, promotora. Você vai pra casa agora, querendo ou não. — Disse, enquanto agarrei seu braço com força.

-Você ficou louco! Eu não vou embora com você, Nascimento.

Ela mal aguentava ficar em pé sem cambalear os pés. Passo a mão no rosto pensando onde foi que eu me meti; puta que pariu.

-Você veio comigo. E vai voltar comigo.

Ela estava bêbada demais pra ficar em casa sozinha (essa era, pelo menos, a minha desculpa) , então, fomos pro meu apartamento. No caminho, ela não parava de rir e falar coisas sem sentido. Reparava em cada detalhe do meu carro, em cada ponto da Avenida das Américas. Chegando no meu prédio, ajudo ela a sair do carro e ir até o elevador.

-Sabe, capitão... A verdade é que eu te acho um gato, sabia? E você fica um gostoooso de farda! Mas eu não posso ficar com você. — Ela diz, empolgada, mas com a fala embolada, enquanto eu balançava o rosto pra um lado e pro outro em negação.

-Por que não, doutora? — Respondi, dando corda.

-Não é certo! Eu não posso ter problemas no trabalho agora! Já pensou, perder meu emprego? Eu quero, mas não posso... e eu também não sou de me entregar tão fácil assim! São tantos problemas, capitão... — Ela disse, em tom de tristeza, deboche ou sei lá o quê. A bebida não deixava mais eu decifrar, mas fico sem graça com as palavras dela.

-Até onde eu sei, pirralha, não existe nenhuma lei que proíba um policial de ter algum tipo de relação com uma promotora de justiça.

Abro a porta do meu apartamento, e ela, se tocando de onde estava, começa a brigar comigo, me xingando de todos os nomes possíveis. Parecia que o efeito do álcool tinha ido embora na mesma hora.

-Você me trouxe pra SUA casa?? Você é um babaca mesmo!! Me leva pra MINHA casa, agora! Maluco!

-Não vou te deixar sozinha lá. Olha seu estado.

-Eu tô bem! Sei me cuidar sozinha!

-Bem o suficiente pra lembrar que me disse há cinco minutos que quer ficar comigo? Que me acha gostoso de farda? Que tirou a calcinha antes de sair do fórum, promotora? — Eu disse, enquanto me aproximava do seu corpo milimetricamente esculpido e beijava sua orelha.

-Eu não falei nada disso, Roberto! Você está maluco, sai de perto de mim.

  Ela negava suas falas, mas ao mesmo tempo, deixava eu me aproximar cada vez mais: já estava claro que seu corpo pedia por mim.

-Me deixa ver se é verdade então. — Falei, enquanto levantava seu vestido longo, colado no corpo, que me deixou maluco quando a vi. Desci beijando sua barriga, até chegar lá embaixo e confirmar: a diaba tirou mesmo a calcinha.

-Você é um diabo de garota.

  Ela ria, porque sabia que tinha alcançado seu objetivo: me tirar do sério. Arranquei seu vestido por completo, deitando seu corpo na minha cama. Eu já estava duro, me sentindo com vinte anos de novo, mais uma vez. Desço minha boca pelo seu corpo, aproveitando cada parte dele. Meu pau latejava de tanto tesão.

-Você quer me fuder, capitão?

-Já estou fazendo isso. — Disse, enquanto penetrava meu pau dentro daquela buceta apertada. Sentia ele latejar enquanto ia mais fundo, me levando à loucura.

  Seus olhos reviravam e seus gemidos eram os mais deliciosos que eu já ouvi. Fui devagar, enquanto beijava e chupava seus seios, seu pescoço, e sentia seu gosto delicioso.

-Me fode! — Ela pediu, gemendo. Ouvir aquilo era música pros meus ouvidos.

-Você ainda não aprendeu quem manda, doutora? — Pergunto, enquanto aperto seu pescoço. -Vou fazer você implorar pelo meu pau dentro de você. Quero que goze só quando eu mandar.

Ela já não respondia por ela.

-Por favor...

  Ela gemia cada vez mais alto enquanto eu acelerava o ritmo, fazendo a cama balançar. Colocava dois dedos em sua boca, fazendo ela chupar com gosto.

-Fica de quatro pra mim.

   E ela obedecia. Sem reclamar. Sem joguinhos.
No meu quarto, na minha cama, ela era minha.

Enrolei seu cabelo em minha mão e puxei sem dó, enquanto enfiava meu pau cada vez mais dentro daquela buceta apertada. Ela apoiou os ombros na cama, ficando ainda mais empinada: visão dos deuses. Aquela bunda enorme, só pra mim. Dei um tapa forte em um dos lados, que ficou marcado e a fez gritar.

-Vou gozar, caralho... — Ela disse enquanto eu intensificava ainda mais o ritmo, e a masturbava com a outra mão. Ela estava no auge do tesão, e eu também.

-Cachorra. Goza pra mim, vai. Goza dizendo de quem você é.

-Você venceu, capitão... eu sou sua. — Ela gozou, e eu também, juntos, em uma sensação indescritível. Consegui o que eu mais desejava: ouvir Maria dizendo que era minha.

Justiça e Amor  | Capitão Nascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora