alívio

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(Maria Carolina's view)

No caminho pra casa, eu tento me acalmar, mas minha cabeça pensa um turbilhão de coisas: o capitão estava certo. Não era coisa da cabeça dele, e aquilo me assustava. Me assustava muito. Aquela cena passava e repassava milhões de vezes na minha mente, me torturando por completo. Eu chorava, pensando na vida dali pra frente. Seria sempre assim? Em todas as audiências? Não conseguia acreditar que aquilo era verdade, a minha vontade era nunca mais voltar num tribunal.

-Você está bem? Machucada? — Beto pergunta, me abraçando, e eu permito me sentir acolhida, confortada e protegida em seus braços. Mais uma vez, me derramo em lágrimas.

-Você estava certo. Eu não consigo acreditar...

-Calma, pequena. Tá tudo bem agora. Você se machucou?

-Não.

Eu não queria sair dos braços dele nunca. Naquela hora, até me esqueci que o machucado era ele. E pelo visto, ele também esqueceu.

-Neto já está cuidando de tudo, capitão. Pode ficar tranquilo que o Coronel não tá sabendo da gente não. Vou alegar que estava passando por coincidência no lugar do ocorrido. — Matias diz.

-Não sei nem como te agradecer, Matias. Obrigado de verdade. — Beto responde, apertando a mão dele.

-Tô contigo sempre, você sabe.

Quando ele vai embora, Beto me coloca sentada no sofá, e pega um copo de água com açúcar pra mim.

-Você não está mais sentindo dor? — Pergunto.

-Não me importo. Minha única preocupação agora é você.

-Eu tô apavorada, Roberto... meu Deus do céu. Não quero voltar nunca mais naquele lugar.

-Devem te afastar. Nessa altura, todo mundo já tá sabendo. Fica calma, meu amor. Tá tudo bem agora.

   Permanecemos por um bom tempo ali, ele me acalmando, e eu encostada em seu peito. Ter aquele homem por perto era como ter um porto seguro. Aos poucos, minhas batidas voltavam ao normal e meu corpo parava de tremer. Essas eram as horas que eu agradecia aos céus por ter me deixado levar por aquele rostinho bonito e por aquela farda que deixava ele mil vezes mais gostoso. Me sinto aliviada.

    Meu celular toca: era o procurador-geral de justiça.

-Alô?

-Doutora Maria? Aqui é o Cássio, procurador do MP. Sinto muito pelo ocorrido de hoje. Iremos investigar o que aconteceu, conte comigo.

-Obrigada, doutor.

-Entendo o que deve estar passando pela sua cabeça nesse momento; por isso, achei melhor te afastar por um tempo. Tudo bem?

-Muito obrigada. Tudo bem.

-Se cuide. Melhoras.

    Agora o capitão não era o único que ia surtar dentro de casa. Desligo o celular e passo a mão pelo rosto, mostrando preocupação.

-Te afastaram?

-Aham. Não sei se fico feliz ou triste.

-Pelo menos eu não vou surtar sozinho. — Ele diz, rindo. -O Matias e o Neto vão cuidar de tudo, relaxa. Vão investigar quem foi o mandante, mas acho que eu e você já sabemos quem foi.

-É óbvio. O Governador. Que loucura, né... tudo por causa de uma denúncia. Puta que pariu.

-Não vamos discutir sobre isso, pequena. Toma um banho, você tem que descansar. Seus olhos estão fundos.

-Só se você for comigo.

-Não precisa nem pedir. — Ele responde, me roubando um selinho.

Debaixo do chuveiro, a água quente caía sobre nós enquanto estávamos envolvidos num beijo cheio de amor, mas que rapidamente fica ansioso. As mãos dele percorrem pelo meu pescoço, descendo até meus peitos e apertando-os, deixando a pele vermelha. Nessa altura, minha respiração já está ofegante e eu solto leves gemidos e suspiros no seu ouvido. Ele desce as mãos pela minha barriga, deixando arranhões, até chegar na minha buceta.

-Posso?

-Deve.

Ele não pensa duas vezes. Passa os dedos pelo meu clitóris, fazendo minhas pernas ficarem bambas.

-Você gosta, não é, safada?

-Mete logo.

-Pede, piranha.

-Por favor, amor, mete.

Ele sorri maliciosamente e enfia dois dedos dentro de mim. Solto um gemido alto, e ele me empurra pra parede. Caralho, esse homem me deixa maluca. Ele até esqueceu que estava cheio de pontos no braço. O ritmo aumenta cada vez mais, me fazendo delirar. Com a outra mão, ele aperta meus peitos e leva a boca até eles, deixando mordidas que me deixavam louca. Eu enfiava meu rosto no pescoço dele, tentando não gritar. Quando eu estava quase no ápice, ele para. Inferno.

-Vira.

Eu obedeço, e ele empurra meu tronco pra baixo, fazendo minha bunda ficar completamente empinada pra ele.

-Cachorra... gostosa do caralho.

Ele passa a mão pela minha buceta mais uma vez, e mete, sem dó. Ser bem comida era tudo que eu precisava nesse dia. Ele controlava a velocidade empurrando minha bunda pra frente e pra trás. Eu apoiava as mãos na parede e sentia a água cair nas minhas costas, enquanto ele puxava meu cabelo, me fazendo revirar os olhos de novo. Puta que pariu.

-Não para, por favor.

-Não vou parar até você gozar pra mim. Gostosa.

Não demora muito pra que isso aconteça: gozamos juntos, e eu amava quando isso acontecia. Era uma sensação única. Nessa hora, não consigo conter meus gemidos e gritos altos. Sinto muito, vizinhos.

Justiça e Amor  | Capitão Nascimento Onde histórias criam vida. Descubra agora