(capitão nascimento)
Ver minha mãe de novo fazia eu me sentir em casa; nada se compara com aquela sensação. Por incrível que pareça, esqueço da vida no batalhão, mesmo que só por alguns momentos. Como Bento cresceu; da última vez que o vi, ainda tinha nove anos. Era um bebê. Minha mãe, estava linda como sempre; envelhecia como vinho. Ela e Maria se deram super bem, o que foi um alívio pra mim. Ver as duas juntas era muito, muito bom; as duas maiores razões de tudo. Enquanto as elas saem para, provavelmente, fazer compras, tento recuperar os momentos perdidos com meu irmão. Às vezes, me sinto culpado por ter perdido tantos momentos da vida dele; por não demonstrar da forma que deveria.-Olha! — Ele diz, empolgado, mostrando a grande sala de jogos que tomava grande parte do segundo andar da casa. Videogames, brinquedos, jogos de tabuleiro e alguns livros estavam por toda parte. Ele me convida pra uma partida no FIFA, e eu, não penso duas vezes. Quanto tempo eu não fazia aquilo.
-Você ainda brinca aqui? Muita coisa mudou desde a última vez que vim.
-Sim, meus amigos vêm pra cá direto. A gente joga junto, e, mamãe adora uma festa, você sabe. Sempre tem resenha aqui.
-Você não tem idade pra resenha, criança.
-Ah, para! — Ele reclama. -Todo mundo aqui faz isso. A gente vai direto pro Citywalk da Universal também.
-Sozinho? Tá errado isso.
-A mamãe deixa, tá? Ela nem liga.
-Não concordo com isso não. E seu pai, cadê?
-Trabalhando. Ele quase nunca para em casa, você sabe. — Responde, concentrado no jogo, que ainda rolava.
-E você, tá namorando?
-Namorando, não.
-Como assim "namorando não", Bento? Já tá pegando mulher?
-Já, ué.
-Puta que pariu, tô velho mesmo. Quem é a pirralha?
-Ah, tem várias. GANHEI, PORRA! — Ele comemora.
Solto uma risada, balançando a cabeça em negação.
-Esse é o meu menino.
Passamos grande parte da tarde juntos; foi bom. Sentia saudade de tê-lo por perto. Bento nasceu aqui, foi ao Brasil poucas vezes. A gente não tinha aquela proximidade de irmãos, por causa da distância. Mas mesmo assim, quando a gente se vê, a sensação é única. Demorei um tempo pra processar tudo que ele me contou que fazia; beijar na boca? Puta que pariu. Tô velho mesmo.
-Quer dar um mergulho na piscina? — Pergunto.
Ele não responde, só sai correndo em direção às escadas.
-Quem chegar primeiro ganha.
-Aí você me quebra, criança. Eu não tenho mais sua idade.
Ele, obviamente, chega primeiro, se jogando na piscina. Eu entro, em seguida, mergulhando também na água fresca. Ele me mostra que sabe nadar, ficar embaixo d'água por mais de um minuto e mais algumas outras habilidades. Grandes bobeiras, mas, naquele momento, me sentia com a idade dele novamente; nos divertimos muito. Um tempo depois, as duas chegam, e nós, ainda na piscina, avistamos as dezenas de sacolas que elas carregavam.
-Só aproveitando, né? Como é bom ver vocês juntos! — Minha mãe diz.
-Pelo visto vocês também aproveitaram bastante, né. Quero saber onde Maria Carolina vai guardar tanta coisa na mala.
-Isso é problema pra outra hora, capitão. — Ela retruca, deixando as bolsas no sofá da sala. — Estão se divertindo?
-Muito. Só falta vocês. — Respondo, enquanto ela se abaixa na borda da piscina, me dando um selinho.
-Já venho. Vou me trocar.
Ela sobe com as inúmeras compras e volta, um tempo depois, com uma porra de um pedaço de pano. Estava linda, mas me deixava maluco, por preferir que ela estivesse sem nada. Perco o juízo. Ela deita em uma daquelas cadeiras de tomar sol, ao lado da minha mãe. Cada curva daquela mulher me fazia perder a cabeça; seu corpo parecia ter sido esculpido pelos deuses. Parecia que ela fazia de propósito pra me provocar.
Comecei a evitar olhar pra ela, porque estava ficando maluco. Minha mãe e meu irmão estavam perto; não podia perder o controle. Mamãe continua batendo papo com Maria, enquanto tomavam sol. Eu e Bento, na piscina, tentando me concentrar em outras coisas que não fossem ela.-Mãe! A gente pode jantar no Citywalk hoje? Com o Beto e a tia Maria?
-Se eles quiserem, podemos sim, filho. Mas temos que ir cedo, você sabe que lá fica lotado.
Ele me olha ansioso, esperando a resposta. Mesmo estando cansado, não aprendi a dizer não pra ele.
-Vai se arrumar, garoto. — Respondo, jogando água nele.
A casa da minha mãe tinha vários quartos; o que ela separou pra nós, era enorme. Maria sobe antes de mim, e quando chego, ela está no banheiro, arrumando seus milhões de cosméticos na bancada da pia.
-Da próxima vez que me provocar desse jeito, cachorra, não vou me responsabilizar pelos meus atos. — Digo, agarrando sua cintura e a pressionando contra mim. Ela estava de costas; passo a mão pelo seu pescoço, apertando, enquanto a outra desce em direção aos seus seios. Ela fecha os olhos, dando um sorriso malicioso.
-Eu sei que você gostou. Estamos sozinhos agora... — Ela responde, virando de frente pra mim. Abaixo uma das alças do seu biquíni, beijando seu ombro. Coloco ela sentada na bancada, ignorando todos os itens que estavam ali em cima. Alguns caem no chão, mas não me importo. Nossos lábios se encontram, enquanto termino de tirar o pedaço de pano que me atrapalhava de ver aqueles peitos enormes; deixo minhas mãos tatuadas neles. Distribuo beijos por todo seu corpo, até chegar na calcinha. Não tiro, só arrasto pro lado.
-Você gosta, não é? Cachorra...
-Vai logo.
-Não me fale o que fazer. — Respondo, firme, apertando seu pescoço. Em seguida, penetro dois dedos; ela geme alto em resposta.
-Baixinho, piranha. Não estamos em casa.
Ela afunda o rosto no meu pescoço enquanto eu aumento o ritmo. Escutar ela gemendo no meu ouvido me deixava ainda mais excitado.
NOTAS
genteee, a foto de como eu imagino o Bento que vcs pediram
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Justiça e Amor | Capitão Nascimento
FanfictionMaria Carolina é uma promotora de justiça recém-formada vivendo a vida que sempre sonhou, até ser surpreendida por Roberto Nascimento, capitão do BOPE, e amor da sua vida.