Sangue Negro Vol:2 Parte 2.

Capítulo 320: Banho de sangue 1.

Depois que Zaatar se trancou naquela sala escura o laboratório foi desativado lentamente conforme o cronometro dos projetos se esgotava, os projetos foram finalizados como se tudo até esse momento fosse planejado.

E pelo número de medidas implementadas, ela descobriu que de fato foram todos planejados.

1 dia após zaatar ir para reclusão todas cobaias iniciais da transfusão de linhagem se estabilizaram, elas só precisavam ser alimentadas e contidas.

2 dias depois, as cobaias que alimentavam as sanguessugas morreram, e cobaias mais jovens já haviam sido limpas e previamente preparadas preenchendo os três tanques de sangue sugas, da mesma forma a geração de sangue sugas com linhagem vampírica se estabilizou para outra rodada evolutiva.

O decorrer dos dias continuou assim, os servos já tinham suas funções e rotinas programadas, enquanto os mortos vivos tinham estoque de alimentos necessários para sobreviver por 10 anos.

Mais de 99% dos projetos foram paralisados deixando-a como a única pessoa ativa em todo o laboratório.

Os projetos restantes não dependiam exatamente de zaatar para operar ou não e eram projetos programados.

Anber esgotou sua coleta de dados em 5 dias, ela havia entendido o ultimo fragmento de conhecimento que ele transferiu, sem seu professor seu progresso agora seria lento, isso a fez ficar entediada e emburrada.

Esse tédio a fez ficar louca de novo, ela estava tão emburrada que começou a pensar em como fazer zaatar sair.

Ela foi até a sala algumas vezes, mas estava escuro ali dentro, irritada ela tentou entrar mas o campo de força escuro era tão intenso que sua cabeça explodiria se ela continuasse, sem falar que ele construiu arranjos rúnicos para proteção pessoal.

Quando ela retornou ela tentou se distrair de várias formas, mas o tédio que sentia era mortificante, talvez por seu corpo estar acostumado com relações sexuais regulares, ou por sua mente estar acostumada a atormenta-lo no dia a dia, mas ela começou a ficar cada vez mais mau humorada.

Sem o que fazer ela foi para o tanque de sanguessugas.

Dois anos atrás cada geração de sanguessugas tinha no máximo trinta centímetros de comprimento, mas sob estimulo da linhagem vampírica, as gerações dessas sanguessugas começaram a ficar cada vez maiores.

Atualmente elas chegaram ao limite do seu tamanho com três metros de comprimento cada, seus ovos tinham o tamanho de uma cabeça humana cada.

Nos dias comuns nos aquários de cultivo era possível ver vários homens e mulheres flutuando em silencio, mantidos respirando por mascaras especiais enquanto uma enorme boca ventosa estava alojada em suas costas.

As sanguessugas se enrolavam em seus corpos deixando apenas suas cabeças para fora alimentando-se constantemente até secar.

Havia milhares de sanguessugas espalhadas em três tanques de preservação, quando não estavam se alimentando elas estavam nadando em círculos, produzindo uma sintonia instintiva de linhagem.

Mas agora toda a geração foi morta naturalmente deixando ovos gigantescos que foram contidos no fundo do tanque, milhares e milhares de ovos estavam ali, produzindo um brilho carmesim anormal.

O brilho era tão intenso que por si só iluminava todo o laboratório, esses ovos estavam ressoando entre si, produzindo um sinal psíquico único que estimulava as células vampíricas a se desenvolverem.

Esse evento misterioso a deixou bem perplexa, era algo que estava além do seu controle era algo muito similar ao ritual de exortação, mas realizado de maneira manual em uma linhagem, sua linhagem.