Capítulo 55

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stou diante do espelho, e o reflexo me mostra um vestido que parece ter sido feito sob medida para o meu sonho mais bonito

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stou diante do espelho, e o reflexo me mostra um vestido que parece ter sido feito sob medida para o meu sonho mais bonito. O branco puro do tecido brilha suavemente, e o corpete tomara que caia abraça meu torso com elegância, destacando cada curva da minha cintura. A saia é volumosa e rodada, como se eu pudesse flutuar ao caminhar. Mas o que mais me prende o olhar é a fenda frontal, que se abre sutilmente, revelando uma parte da minha perna de forma ousada e delicada ao mesmo tempo. O conjunto se completa com as sandálias de salto fino que adornam meus pés, dando um toque final de sofisticação.

Eu inspirei fundo, tentando acalmar a leve ansiedade que se misturava à excitação. O ar parecia denso, carregado com o perfume suave das flores que decoravam o salão.

— Diego ficou muito chateado ontem? — perguntei, tentando desviar meus pensamentos da cerimônia e focar na conversa com Inaê.

Ela deu um leve sorriso, enquanto ajustava os últimos detalhes do vestido, os dedos ágeis trabalhando com precisão.

— Nossa, demais... — Ela fez uma pausa, os olhos cintilando com uma lembrança recente. — O sexo foi violento. E você e o Chorão? — A pergunta foi acompanhada de um olhar curioso, mas também preocupado.

Eu ri, talvez um pouco nervosa demais, sentindo o calor subir ao meu rosto.

— Minha buceta tá esfolada — brinquei, piscando para ela.

Inaê riu alto, um som que ecoou no pequeno espaço, aliviando parte da tensão que eu nem percebia estar acumulando. Ela terminou de costurar uma pequena parte frouxa no vestido, os olhos ainda brilhando de diversão.

Quando finalmente saímos do salão, o ar fresco da igreja me envolveu, e meus olhos imediatamente caíram sobre Melina, Rato, GV e Isadora. Eles estavam envolvidos em uma discussão acalorada, as vozes abafadas ecoando nas paredes da igreja.

— Parem de brigar! — Inaê os repreendeu, sua voz firme e autoritária. — Vocês são padrinhos!

Os quatro imediatamente baixaram os olhos, murmurando desculpas, quase como crianças pegas em flagrante.

— Vamos ou o Chorão vai ter um infarto... Ele tá achando que você fugiu — Inaê disse, me dando uma piscadela enquanto nos dirigíamos para a entrada da igreja.

— Pode dizer que estou pronta — respondi, tentando soar mais confiante do que me sentia.

Senti meu coração apertar com a menção de Chorão. A ideia de ele estar lá, me esperando, sem saber o que esperar, fez meu estômago dar uma volta. Olhei para Inaê, tentando esconder meu nervosismo.

Enquanto caminhávamos, avistei meu pai, esperando pacientemente. Quando o vi, caminhei até ele.

— Você tá linda, filha — ele disse, a voz carregada de emoção.

— Obrigada, pai.

Ele hesitou por um momento, antes de finalmente soltar um pedido de desculpas que parecia ter pesado em seu peito por anos.

ATRAÍDA PELO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora