Capítulo 54

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Hoje era a minha despedida de solteira, e o ambiente vibrava com uma energia quase palpável

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Hoje era a minha despedida de solteira, e o ambiente vibrava com uma energia quase palpável. Isadora, sempre cheia de surpresas, tinha organizado tudo. Estávamos em uma boate de striptease, o tipo de lugar onde a sensualidade pulsava nas paredes vermelhas e o som das músicas de batida pesada fazia o chão vibrar sob os nossos pés.

Eu observava as luzes piscando, as sombras dos corpos musculosos dos strippers se movendo ao ritmo da música, enquanto tentava conter o sorriso que insistia em se formar nos meus lábios. Ao meu redor, as meninas estavam em pura euforia. Isadora, com seu jeitinho decidido, liderava o grupo. Melina, com aquele brilho nos olhos que sempre carregava, estava ao lado de Inaê, que parecia um pouco desconfortável, mas intrigada, enquanto Gabriela, minha melhor amiga, exalava confiança ao meu lado. A presença dela, depois de tanto tempo afastada, me enchia de uma alegria silenciosa.

Os homens dançavam nus à nossa frente, seus corpos brilhando sob a luz intensa. Eles rebolavam com uma confiança que beirava a provocação, exibindo seus membros rígidos e oferecidos para quem quisesse se aventurar. Minha respiração acelerou, um misto de choque e excitação que fazia meu coração bater mais forte. Eu via outras mulheres se aproximarem, sem qualquer hesitação, se ajoelhando diante daqueles homens e tomando-os na boca. Era um espetáculo de luxúria ao vivo, e eu não sabia se ria ou me deixava levar pela audácia do momento.

— Essa é a melhor despedida de solteira que eu poderia ter! — exclamei, erguendo minha taça de champanhe, a espuma borbulhando até quase transbordar.

As meninas seguiram meu gesto, seus rostos iluminados pelo entusiasmo. O brilho do champanhe refletia as luzes da boate, e o som das taças se chocando ecoou como uma pequena celebração dentro da grande festa.

Ao beber um gole, o sabor seco e efervescente do champanhe inundou minha boca, contrastando com a umidade e o calor que emanavam da pista de dança. O líquido desceu pela minha garganta, aquecendo-me por dentro, e por um instante, tudo pareceu perfeito. Olhei ao redor, absorvendo cada detalhe, cada expressão no rosto das minhas amigas. Esse momento era só nosso, uma lembrança que eu guardaria para sempre.

Inaê riu nervosa, suas bochechas coradas enquanto desviava o olhar dos dançarinos.

— Acho que nunca vi tanto homem nu de uma vez só — confessou, sua voz suave misturada ao som da música alta.

Isadora, sempre pronta para uma provocação, deu um tapinha leve no ombro dela e sorriu maliciosa.

— Você só vive uma vez, Inaê. Aproveite a vista — disse, piscando um olho, e então, em um movimento ousado, jogou uma nota de dinheiro no palco, fazendo os strippers se aproximarem ainda mais.

Eu estava feliz, completamente feliz, pela primeira vez em muito tempo.  Meu coração batia no mesmo ritmo frenético, e a sensação de liberdade me fazia querer congelar aquele momento no tempo. Mas então, algo chamou minha atenção. Ao levantar os olhos para a entrada da boate, vi Chorão, Diego, Rato, GV, Pedro e VK entrando, suas expressões carregadas de ódio, com exceção, de Pedro e VK que estavam rindo.

ATRAÍDA PELO TRÁFICOOnde histórias criam vida. Descubra agora