Cravo.

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~ "Na escuridão da solidão, o amor é uma sombra que sussurra memórias, lembrando-nos do que foi e do que poderia ter sido."

~🌸~

JUNGKOOK.

Chego em casa depois de um longo dia de trabalho e solto um suspiro pesado assim que fecho a porta do meu apartamento. O som do silêncio é quase ensurdecedor, e a falta de presença do Jimin faz o lugar parecer mais vazio do que realmente é. Largo as chaves na mesa ao lado da porta e vou direto para o sofá. Deixo meu corpo cair sobre ele, sentindo a tensão do dia lentamente se dissipar.

Minha mente, no entanto, não me dá descanso. Penso em Jimin. Será que ele almoçou direito? Será que está bem? Pego meu celular e mando uma mensagem rápida, perguntando como ele está e se já comeu. Depois disso, jogo o celular de lado e fico encarando o teto, perdido em pensamentos.

A vontade de fumar começa a corroer meu autocontrole. Já faz um tempo que tento largar o vício, mas alguns dias são mais difíceis do que outros. Respiro fundo, tentando ignorar o desejo, e decido me levantar.

Vou até o quarto e, ao invés de pegar um cigarro, pego um pacote de jujubas. Despejo algumas na mão e as coloco na boca, mastigando lentamente enquanto sinto o gosto doce tentando, sem muito sucesso, acalmar meus nervos.

Tomo um banho gelado, deixando a água fria levar embora o cansaço do dia. A sensação da água correndo pelo meu corpo ajuda a me distrair, mas não por muito tempo. Assim que volto para a sala, usando apenas uma calça larga, o pensamento volta com força total: Moranguinho. Aquele sorriso, o jeito como ele me olha, como ele ilumina qualquer ambiente em que entra. Parece que ficar horas sem falar com ele é uma tortura que eu não consigo mais suportar.

— Eu não tô valendo nada mesmo, né? — penso, rindo de mim mesmo. Toda hora pensando no Jimin, como se ele fosse a única coisa no mundo. Mas, para ser honesto, ele é. Ele é tudo.

Levanto do sofá, decidido a fazer algo para me distrair, e esquento um pouco de comida. O cheiro de comida quente preenche o ar, mas minha mente ainda está em outro lugar, ou melhor, com outra pessoa.

Volto para o sofá com o prato nas mãos, mas antes que eu possa começar a comer, ouço o som da chave girando na porta. Meu coração acelera, e um sorriso automático surge nos meus lábios.

É ele!

Quando a porta se abre, confirmando quem é, quase dou um pulo do sofá. Deixo o prato de lado e atravesso a sala em segundos. Jimin entra e, antes que ele possa dizer qualquer coisa, eu o puxo para um abraço apertado, enfiando meu rosto no pescoço dele. O cheiro suave e familiar me envolve, e começo a encher seu rosto de beijos, cada um acompanhado de um pequeno sorriso.

— Ei, Goo! — ele ri, tentando se afastar um pouco, mas eu não deixo. — Espera, eu preciso lavar as mãos primeiro, príncipe.

Relutantemente, afrouxo o abraço, deixando que ele vá até a pia. Observo enquanto ele lava as mãos, com seus movimentos delicados e precisos, como tudo que ele faz. Quando ele se vira para mim, um sorriso ainda está estampado em seu rosto.

— Recebi uma proposta de uma editora hoje. — ele conta, com seus olhinhos brilhando com entusiasmo. — Eles querem que eu publique algo. — Fala ajeitando os óculos.

Entre Flores e rebeldiaOnde histórias criam vida. Descubra agora