[ Concluída ]
🌸~Em um mundo onde as flores simbolizam sonhos e o rebelde charme esconde segredos, *Flores e Rebeldia* conta a história de Park Jimin, um jovem de dezenove anos que sempre se sentiu comum. Com seu cabelo rosa e paixão por flores, Jim...
"Assim como o dente de leão, que se despede de suas sementes ao vento, é possível recomeçar após a tristeza, permitindo que o perdão floresça e a felicidade se renove em nosso coração."
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~JUNGKOOK.
Hoje definitivamente não é um dos meus dias favoritos. Na verdade, nunca foi. Sempre odiei meus aniversários. Quando era criança, eles eram apenas mais um lembrete de que a minha vida em casa era uma bagunça. O meu pai nunca fazia questão de esconder o desgosto, e a falta de tempo.
Mas sempre teve uma coisa que, de algum jeito, me fazia passar por isso: as cartinhas do Jimin. Todo ano, ele me dava uma. Um simples pedaço de papel com palavras que pareciam arrancar a escuridão ao meu redor, mesmo que fosse por um momento.
Mas agora, dirigindo pra casa, não consigo me livrar desse sentimento de vazio. Não importa o quanto a vida tenha mudado, o passado ainda ecoa dentro de mim. O pessoal do trabalho até tentou me chamar pra sair, pra beber e comemorar. Mas eu não quis. Não era o que eu precisava. O que eu queria, de verdade, era o Jimin. Só o abraço dele. Ficar quieto, sem ninguém me enchendo de parabéns forçados.
O relógio do painel do carro marca quatro da tarde, e o trânsito está péssimo. Como se o mundo estivesse conspirando para me irritar mais ainda. Quero só chegar em casa, me jogar no sofá e esquecer que hoje existe. O único alívio que tenho é saber que o Jimin estará lá, como sempre está, me lembrando que não preciso carregar isso sozinho. Ele sempre soube como me tirar dessas sombras.
Quando finalmente estaciono no prédio e começo a subir, cada passo até o elevador parece mais pesado que o anterior. Aperto o botão e encosto na parede, esperando a porta se abrir. Respiro fundo, tentando me preparar para mais um aniversário sem graça. Só quero o Jimin, nada mais.
Meu aniversário sempre foi um dia comum, eu não tinha nem meu próprio pai presente, como eu pensaria diferente? Ao mesmo tempo, eu também nunca cobrei ou reclamei, porque não poderia ser ingrato, meu irmão mais velho e minha mãe sempre fizeram tudo que podiam.
Mas uma criança sempre vai sentir um vazio que deveria ser preenchido pelo pai.
Quando abro a porta do apartamento, a última coisa que espero encontrar é… isso.
Luzes coloridas piscam por todos os lados, e o som de risadas ecoa antes mesmo de eu pisar completamente dentro. Levo um segundo para processar o que está acontecendo. O apartamento está cheio. Não só cheio, está lotado. Tem balões presos às cadeiras, uma faixa pendurada no teto com a frase “Feliz Aniversário Goo" escrita em letras enormes. A mesa da sala está coberta de doces, salgados, e — é sério que tem um bolo com meu nome?