Sem responder, Anahí ficou na ponta dos pés e o beijou. Sua língua buscou a dele, abrindo caminho de leve na boca de Alfonso, que retribuiu o beijo de modo hesitante. Ela pôs as mãos no peito dele e o empurrou para a cama.
— Que Deus tenha piedade de você, Alfonso Herrera se deixar um bilhete de agradecimento depois desta noite! Porque vou atrás e mato você!Ele jogou a cabeça para trás e riu.
— Isso quer dizer que você me ama?
— Não. Isso quer dizer que uma mulher desprezada não é uma visão muito bonita.
— Ah. — Ele pareceu desapontado.
— Mas — ela deu de ombros — já que está na hora das confissões... — ela deixou o restante das roupas caírem no chão e deu um passo à frente — ... posso dizer que amo você desde a primeira vez que o vi.
— Você começou a me amar quando eu tinha 7 anos e me escondi no armário dos meus pais, porque estava com medo dos fogos de artifício de 4 de julho?
— Você era loiro — comentou Anahí, relembrando em voz alta. — Agora, seu cabelo é escuro, mas, quando era pequeno, você era bem loirinho. Eu me lembro de pensar que queria tocar em seu cabelo, que era tão bonito...
Alfonso sorriu, sem dizer nem mesmo uma palavra, e a absorveu com os olhos.
— Queria que meu primeiro beijo tivesse sido com você — admitiu Anahí, então avançou de quatro pela cama e pôs uma perna de cada lado do corpo dele.
Alfonso se inclinou para a frente e sussurrou, junto à boca de dela:
— Que tal o último beijo ser comigo?
— Do que você...
— Eu amo você... estou apaixonado por você. — Alfonso segurou o rosto dela. — Quero tudo com você, quero você inteira...
Ele a tomou em um beijo fervoroso e passou os dedos por seus quadris, puxando-a mais para perto. Os lábios dele deixaram uma trilha que pegava fogo em seu pescoço enquanto tocava seu corpo de olhos fechados. Devagar, ele correu as mãos até suas pernas e depois subiu de volta, até envolver seus seios.
Umedecendo os lábios, ele tirou as mãos e se afastou.
— Poncho?
— Não quero que seja assim. — Ele foi até o interruptor e acendeu as luzes.
Ela fez menção de cobrir o corpo.
— Não faça isso. — ele balançou a cabeça. — Quero ver você. Quero que dessa vez... — ele observou os lábios dela — ... preciso que dessa vez seja diferente.
— Ponhco...
— Annie, você não é só uma marca na minha cabeceira, como você diz — explicou ele. — Você não é só mais uma. Isso que vamos compartilhar não é uma noite de bebedeira. Não é mais uma das minhas noites de galinhagem. Não tenho nada a oferecer, a não ser a mim mesmo, e não quero nada em troca, além de cada pedaço do seu coração.
Anahí concordou com a cabeça, devagar.
— Diga — pediu ele, rouco.
— Você o tem — sussurrou ela.
— O que eu tenho? — Ele andou devagar até a cama.
— Meu coração. — ela se apoiou nos joelhos. — A mim, você me tem inteira, cada pedaço. Quero que você possua tudo.
Ele foi até ela e então fechou os olhos.
— Eu juro que nunca vou deixar escapar.
— Quando foi que você ficou tão romântico?
— Não sei. — Ele a puxou para os braços. — Quando foi que você ficou bonita a ponto de me fazer querer escrever poemas?
— Me beije.
— Não. — ele a afastou. — Vou fazer isso bem devagar.
— Por favor, faça rápido — choramingou ela, sentindo a falta daquele toque que era como um vento gelado contra o corpo.
— Não. — Os dedos de Alfonso roçaram seu queixo. — Quero curtir cada momento.
Anahí quase levou um susto quando ele puxou seu rosto para o dele e lambeu seu lábio inferior, depois o sugou, deslizando a língua por entre os dentes para sentir seu gosto.
— Meu Deus, você é maravilhosa! — murmurou contra seus lábios, mordiscando e explorando sua boca. Enquanto Alfonso corria as mãos por todo seu corpo, era impossível pensar ou fazer qualquer coisa que não fosse corresponder às carícias, ao toque, ao amor. Suspirando, ele a pegou no colo e a carregou até a cama, colocando-a gentilmente entre os lençóis. Ele se afastou para olhá-la, os olhos tomados de desejo, mas ainda assim se segurou.
Sorrindo, ele passou os dedos em seus cabelos e os espalhou pelo rosto dela, penteando-os diversas vezes, hipnotizado pelo contato dos fios com a sua pele.
— Sonhei com esse momento — revelou Alfonso. — Com o jeito como seu cabelo ficaria, espalhado pela cama, nos lençóis de cetim... na verdade, em qualquer coisa. Ele é lindo. Você é linda.
Anahí abriu a boca para responder, mas ele a calou com um dedo.
Alfonso se aproximou e beijou seu pescoço, e em seguida a orelha, lambendo-a na pontinha e depois soprando perto do ouvido, provocando arrepios por todo o corpo de Anahí.
— Você é tão sensível! — Os lábios dele passearam por sua mandíbula, desceram para o pescoço e foram até a outra orelha. Alfonso repetiu o processo, em seguida deu um beijo molhado entre seus seios, soprando a parte úmida com suavidade. O corpo de Anahí se encheu de vida outra vez, cada nervo à flor da pele, esperando, ansioso, pelo toque seguinte de Alfonso.
As mãos quentes dele envolveram a bunda de Anahí, acomodando-a na cama. Quando ele se inclinou sobre ela, a loira sentiu que o calor daquele corpo a queimava. Sem deixar de olhá-la nos olhos, Alfonso deslizou as mãos até as coxas de Anahí.
— Esta noite não é minha. É sua, só sua.
— Mas...
Anahí parou de raciocinar ao sentir o toque habilidoso de Alfonso. Quando ela soltou um gemido, ele beijou sua testa e depois suas pálpebras, então passou a massageá-la, das coxas até as panturrilhas, depois subindo até os ombros. Parecia que o melhor sonho erótico de sua vida tinha se tornado realidade. Cada beijo, cada sensação, era como uma droga.
Quando ele finalmente a penetrou, ela já estava tão perto, que não conseguiu não gritar o nome dele. E foi então que o autocontrole de ele, sua lentidão dolorosa e a paciência desapareceram. Em seu lugar havia um homem apaixonado, selvagem e possessivo, disposto a fazer qualquer coisa para reivindicar Anahí para si.
— Eu te amo — sussurrou ele enquanto seus corpos se moviam juntos, cobertos de suor.
O mundo de Anahí explodiu. Mudou. As cores ficaram mais brilhantes; as sensações, mais intensas; e sua alma se uniu à dele.— Para sempre — sussurrou Alfonso, sem fôlego. — Você é minha para sempre.
Boa terça!
Las quiero!
<3
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Simple Past
Fanfic"Como vai? Quer dizer, faz tanto tempo!" Na verdade, fazia onze meses, uma semana e cinco dias. Mas quem é que estava contando? Não ela. Alfonso Herrera é rico demais, bonito demais e arrogante demais: qualidades que, anos antes, fizeram Anahí Port...