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6:30 da manhã.

Ana Flávia acorda ao som de seu despertador, o ritmo acelerado da música ecoando em seu quarto espaçoso. Sem perder tempo, ela se levanta, veste sua roupa de treino e sai para sua corrida matinal, algo que a mantém focada antes de enfrentar mais um dia na empresa. CEO de uma das maiores corporações de Nova York, ela é reconhecida por sua liderança firme e visão estratégica. Mas sua maior batalha não está apenas no mercado — está no dono da empresa para a qual ela trabalha: Gustavo Pieroni Mioto.

Do outro lado da cidade, Gustavo está em seu apartamento luxuoso, revisando contratos e relatórios enquanto toma seu café preto. Ele gosta de chegar cedo à empresa, onde tudo acontece sob o seu comando. Ana Flávia pode ser a CEO, mas ele é o dono, e isso sempre causa um atrito entre eles. A química entre os dois é intensa, mas nenhum deles jamais admitiria. Gustavo aprecia a eficiência de Ana, mas acha que ela é obstinada demais, sempre querendo as coisas do jeito dela. O respeito é mútuo, mas a competição... é constante.

9:00 da manhã.

Ana entra na empresa, seu salto ecoando pelos corredores enquanto os olhares de admiração seguem seus passos. Ela veste um terno elegante, com uma postura firme, pronta para o que vier. A reunião com Gustavo e outros diretores está prestes a começar, e ela já sente a tensão no ar. Assim que ela entra na sala de reuniões, ele está lá, sentado à cabeceira da mesa, com um sorriso sarcástico no rosto.

"Bom dia, Castela. Dormiu bem ou ficou pensando em como vai tentar me derrubar hoje?", ele provoca, olhando diretamente para ela.

"Não perco meu tempo com coisas pequenas, Gustavo. Eu foco no que importa, como os resultados da empresa que estou dirigindo," ela rebate com um tom seco, sem desviar o olhar.

A reunião começa, e ambos se enfrentam em cada decisão. A tensão é evidente para todos, mas ninguém ousa intervir. Eles são dois titãs, cada um defendendo suas ideias com paixão e convicção. Gustavo tenta impor seu ponto de vista, mas Ana Flávia não cede — ela nunca cede. O atrito é constante, mas há algo mais por trás disso, uma química que nenhum deles está disposto a reconhecer.

13:00, almoço no café da empresa.

Ana Flávia se senta com suas amigas Gabi e Virgínia, tentando relaxar um pouco depois da intensa manhã. Gabi, sempre a mais descontraída das três, não perde tempo antes de começar a cutucar Ana.

"Amiga, você precisa arrumar um namorado", Gabi comenta enquanto saboreia sua salada. "Você vive pra essa empresa, mas precisa de algo mais emocionante na sua vida."

Virgínia, concordando, completa: "Sério, você não acha que está um pouco... sei lá... solitária?"

Ana sorri, mas sua resposta é firme. "Estou bem sozinha, meninas. Tenho a empresa, tenho meu trabalho, não preciso de ninguém."

Gabi ri, provocando: "Ah, claro, mas e o Gustavo? Ele é dono da empresa, e vamos ser honestas, ele é um gato."

Ana revira os olhos, mas não consegue evitar um sorriso. "Ok, ele é um gato, vou dar isso a vocês. Mas ele é insuportável, um chato que só sabe tentar me contradizer."

Gabi e Virgínia riem juntas, mas Ana Flávia rapidamente muda o foco, tentando desviar do assunto. "Prefiro continuar sem ninguém, obrigada."

14:00, na sala de Gustavo.

Enquanto isso, Gustavo está com seus amigos Murilo e Zé Felipe, que vieram fazer uma visita rápida para almoçar com ele no escritório.

"Você está precisando de uma namorada, mano," Murilo comenta com um sorriso malicioso. "Já está há quanto tempo só focando em trabalho?"

Zé Felipe concorda, balançando a cabeça. "E olha que você tem uma mulher incrível trabalhando com você. Ana Flávia, cara. Ela é incrível... e, convenhamos, linda."

Gustavo ri, mas sua resposta é cheia de sarcasmo. "Ela é bonita, sem dúvida. Mas é a pessoa mais irritante que eu já conheci. Trabalhar com ela é um teste de paciência diário."

Murilo, sempre provocador, diz: "Sei. Isso é o que você fala, mas nós dois sabemos que você não consegue tirar os olhos dela."

Gustavo fica em silêncio por um segundo, mas depois responde com um sorriso. "Talvez... Mas isso não significa que ela não me enlouqueça."

17:00, fim do expediente.

O dia de trabalho termina, mas Ana e Gustavo sabem que amanhã será outra rodada de enfrentamentos e provocações. Eles podem não admitir, mas aquela linha tênue entre rivalidade e algo mais está cada vez mais difícil de ignorar.

Conflito de Paixões • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora