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O sol brilhava intensamente, iluminando cada canto da belíssima propriedade onde o casamento de Ana Flávia e Gustavo aconteceria. O jardim estava decorado com arranjos florais elegantes, uma mistura de rosas brancas e vermelhas que contrastavam com o verde intenso das árvores. Um caminho de pétalas de flores levava até o altar, onde o padre aguardava pacientemente, e uma brisa suave dançava entre os convidados.

Os amigos e familiares estavam animados, sussurrando entre si, todos ansiosos para o grande momento. A mãe de Ana Flávia, Michele, estava emocionada, segurando discretamente um lenço nas mãos, enquanto Rodrigo, seu pai, tentava manter a compostura, mas não escondia o orgulho nos olhos. Os pais de Gustavo, Jusara e Marcos, estavam ao lado deles, trocando palavras afetuosas sobre como suas famílias agora estavam entrelaçadas de forma definitiva.

Murilo, Zé Felipe, Virgínia e Gabi, todos ocupavam seus lugares de destaque entre os convidados, sorrindo enquanto esperavam. Virgínia, que estava prestes a dar à luz, acariciava carinhosamente a barriga, sentindo a expectativa do que estava por vir. Murilo, sempre brincalhão, cochichava algo para Gabi, que soltava uma risada abafada, tentando não atrapalhar o momento.

Na entrada da mansão, Ana Flávia estava se preparando para a caminhada mais importante de sua vida. Seu vestido era um sonho: um tecido delicado que deslizava suavemente pelo chão, com detalhes em renda que realçavam sua silhueta. O véu longo e elegante estava preso por um delicado arranjo de flores que combinava perfeitamente com o buquê que ela segurava. Aurora, a daminha, estava ao seu lado, segurando a barra do vestido de Ana, sorrindo orgulhosamente com a responsabilidade.

Ana olhou para si mesma no espelho, respirando fundo. Não conseguia acreditar que aquele dia finalmente havia chegado. Gustavo sempre fora o homem que desafiava sua razão, alguém que a surpreendia em cada gesto, e hoje, mais do que nunca, ela sentia o peso daquele amor. Michele entrou no quarto, enxugando os olhos, e deu um abraço carinhoso na filha.

— Você está linda, minha filha... Gustavo é um homem de sorte.

Ana sorriu, emocionada, e beijou o rosto da mãe.

— Mãe, eu sou a sortuda... Ele me completa de todas as formas.

Do outro lado da propriedade, Gustavo também estava nervoso. Ele ajustava a gravata pela décima vez, tentando esconder a ansiedade. Murilo e Zé Felipe, seus melhores amigos, estavam ao seu lado, fazendo piadas para aliviar a tensão.

— Relaxe, cara! — disse Murilo, rindo. — A Ana não vai fugir! Hoje você é o príncipe da história.

Gustavo soltou uma risada, mas o nervosismo continuava.

— Eu sei, mas... Isso é tão importante pra mim. Não quero que nada dê errado.

Zé Felipe, mais sério, colocou a mão no ombro de Gustavo.

— Você e Ana passaram por muita coisa. Esse é só o início de algo ainda maior. E não se preocupe, todos estamos com vocês.

Com essas palavras, Gustavo respirou fundo, se acalmando. Ele sabia que Zé tinha razão. Tudo que enfrentaram até ali os havia fortalecido, e agora estavam prestes a começar uma nova fase.

A música suave começou a tocar no jardim, sinalizando que era hora de Ana Flávia entrar. Gustavo tomou seu lugar no altar, tentando controlar a ansiedade. Os olhos dos convidados se voltaram para o corredor de pétalas, e logo, uma criança apareceu, caminhando na frente com sua cestinha, jogando pétalas de flores no caminho.

E então, o momento mais esperado: Ana Flávia apareceu. Todos os olhares se voltaram para ela, mas Gustavo só conseguia focar no brilho nos olhos dela. Ela estava radiante, o sorriso suave e o olhar fixo nele. Ele sentiu o coração acelerar, incapaz de conter a emoção. Cada passo que ela dava parecia trazer mais certeza de que aquele era o destino deles.

Conflito de Paixões • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora