Conflito de Paixões • Miotela

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Após uma semana na nova casa, o ambiente era de pura felicidade e tranquilidade. Ana Flávia e Gustavo já estavam acostumados à rotina na mansão, e agora era hora de voltar ao trabalho. Na empresa, todos comentavam sobre o casamento, desejando felicidades e elogiando o casal por construir uma família tão linda e harmoniosa.

Mas Ana Flávia não estava se sentindo bem. Nos últimos dias, ela vinha tendo enjoos, mas não comentou nada com Gustavo ou com ninguém. Apenas tentava levar as coisas da melhor forma, atribuindo o mal-estar ao cansaço da mudança e ao ritmo intenso do trabalho. No entanto, durante uma importante reunião, o corpo de Ana Flávia começou a ceder. Ela estava com tanto sono que, sem perceber, adormeceu em pleno escritório.

Enquanto Gustavo falava e organizava os pontos da reunião, olhou para o lado e viu Ana Flávia com os olhos fechados, dormindo profundamente. Ela tinha a mão sobre a barriga, algo que chamou a atenção de Gustavo. Ele sorriu discretamente, achando a cena adorável, mas sabia que precisaria acordá-la.

— Ana... — ele chamou suavemente, inclinando-se para perto dela, sem querer assustá-la. Ela abriu os olhos devagar, visivelmente confusa e ainda com muito sono.

— Desculpa, Gustavo. Eu... estou tão cansada. — Ela suspirou, esfregando os olhos.

— Tudo bem, amor. Se quiser ir para casa descansar, eu cuido do resto. — Ele disse, compreensivo. — Você parece mesmo exausta.

Ana Flávia hesitou, mas a ideia de ir para casa parecia tentadora.

— Tem certeza? — perguntou, se levantando devagar.

— Absoluta. Vai descansar. Eu vou pra casa daqui a pouco e a gente se vê lá. — Ele sorriu.

Ana Flávia foi para casa e, ao chegar, decidiu ligar para Gabi e Virgínia. Ela precisava desabafar sobre o que estava sentindo, então as amigas não demoraram a aparecer para fazer companhia.

Sentadas no sofá, Ana Flávia contou sobre os enjoos e o sono exagerado, tentando não dar muita importância, mas Gabi e Virgínia logo perceberam algo.

— Amiga, eu sei que não quero te dar falsas esperanças, mas... — Virgínia começou, com um sorriso no rosto. — Você já considerou que pode estar grávida?

Ana Flávia arregalou os olhos e riu nervosa.

— Grávida? Não, ainda falta uns dias para a minha menstruação descer. Eu só estou cansada, é tudo. — Ela insistiu, mas algo dentro dela começava a questionar essa possibilidade.

— Eu acho que você devia esperar esses dias passarem. Se a menstruação não vier... a gente faz um teste. — Gabi disse, com um olhar cúmplice.

— Tá bom, se ela não vier, eu faço. — Ana Flávia riu, mas o assunto ficou na sua cabeça.

Enquanto isso, Gustavo também conversava com os amigos. Zé Felipe, Murilo e os outros estavam reunidos, conversando sobre a vida, quando Zé Felipe fez uma observação sobre Virgínia.

— Cara, essa Virgínia tá um amor com essa gravidez, hein? Mas vocês já pensaram, hein? E se a Ana Flávia estivesse grávida também? — Ele brincou, rindo.

Quando Gustavo ouviu a palavra "gravidez", seu coração acelerou. Ele nunca havia se imaginado casado, muito menos pensando em filhos, mas algo mudou desde que conheceu Ana Flávia. Agora, a ideia de formar uma família com ela era o que ele mais queria. Um sorriso espontâneo surgiu em seu rosto.

— Eu não sei... — Gustavo disse, ainda sorrindo. — Mas se for o caso, essa criança vai ser muito amada.

— Relaxa, mano. Pode ser só um enjoo. Tem que esperar esses dias aí pra ver. — Murilo sugeriu, sempre o mais prático do grupo.