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Dia 23 de dezembro

O clima natalino já tomava conta da casa de Gustavo. A decoração estava quase completa: luzes piscando em um ritmo suave, a árvore de Natal no canto da sala, repleta de bolas coloridas e enfeites cintilantes, e o cheiro delicioso de comida começava a se espalhar pela casa. Virgínia, com sua barriga de grávida, estava sentada no sofá, ajudando do jeito que podia, enquanto Ana Flávia e Gabi organizavam os últimos toques. Zé Felipe e Murilo carregavam caixas e riam, como sempre faziam quando estavam juntos.

— Isso aqui tá ficando incrível! — comentou Gabi, colocando mais enfeites na árvore. — Parece até de revista.

— Tem que ser, né? É o primeiro Natal que passamos todos juntos. E também, com a Maria Alice vindo aí, tudo fica ainda mais especial, né, Virgínia? — respondeu Ana Flávia, lançando um olhar carinhoso para a amiga.

— Ai, nem me fala! Mal posso esperar pra ela chegar — disse Virgínia, acariciando a barriga. — Mas olha, confesso que tô aproveitando enquanto ela tá aqui dentro, porque depois... vou precisar de toda a energia que conseguir.

Zé Felipe entrou na sala, trazendo uma bandeja de biscoitos que ele mesmo tinha tentado fazer.

— Olha o que eu fiz! — disse ele, orgulhoso, embora os biscoitos tivessem uma aparência meio duvidosa.

Murilo, que estava logo atrás, deu risada.

— Não sei se isso é seguro, mano. Melhor deixar pras meninas aqui.

Gustavo, que vinha da cozinha carregando bebidas, riu da situação, mas seu olhar parou em Ana Flávia, que estava concentrada nos detalhes da árvore de Natal. Ele sabia que, por mais que todos estivessem ajudando, ela tinha feito questão de organizar cada pedacinho desse Natal com carinho. Seria o primeiro Natal deles juntos, desde o pedido de casamento, e ele queria que fosse especial.

— Tá tudo quase pronto — ele disse, aproximando-se e sussurrando no ouvido dela. — Só falta uma coisa pra ficar perfeito.

Ana Flávia virou-se, levantando uma sobrancelha.

— O quê? O que falta?

Gustavo sorriu e deu um leve beijo em sua testa.

— Você. Coladinha em mim.

Ela riu, batendo de leve no braço dele.

— Ah, Gustavo, a gente tem visita!

— E daí? É Natal, tá todo mundo feliz! — disse ele, puxando-a para um abraço. — Não custa nada comemorar um pouco antes, né?

— Eu tô vendo vocês dois aí! — gritou Zé Felipe do outro lado da sala. — É só colocar uma música que vocês já começam! Ô, Murilo, cuida aí!

Todos riram, e o ambiente se encheu de ainda mais leveza e descontração. Era exatamente o que Gustavo queria: um Natal cheio de risadas e alegria.

Dia 24 de dezembro

Na véspera de Natal, o clima estava ainda mais mágico. A neve caía suavemente lá fora, cobrindo as ruas de Los Angeles com uma fina camada branca, o que era raro, mas trazia um ar especial para aquele ano. Dentro da casa, o cheiro da ceia que estava sendo preparada se misturava com o das velas aromáticas de pinho e canela.

Cada um tinha sua função naquela noite: Zé Felipe e Murilo estavam responsáveis pelas bebidas e alguns aperitivos; Virgínia e Gabi ajudavam na cozinha com Ana Flávia, preparando o jantar; e Gustavo supervisionava, com uma taça de vinho na mão, garantindo que tudo estivesse perfeito. A ansiedade para o jantar e para a celebração era visível em todos.

Conflito de Paixões • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora