Conflito de Paixões • Miotela

19

O sol começava a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja, rosa e dourado. Gustavo havia planejado esse momento há dias, talvez até semanas. Ele sabia que não poderia ser qualquer lugar para fazer o pedido, e finalmente escolheu um lugar especial — um jardim escondido nas colinas de Los Angeles, com uma vista de tirar o fôlego para o oceano, e cercado por flores coloridas e vinhas que davam ao ambiente um ar de magia.

Ana Flávia não fazia ideia do que estava por vir. Ela pensava que era apenas mais um passeio, um momento para relaxarem juntos, longe das responsabilidades e da rotina agitada que ambos levavam. Quando chegaram ao local, Gustavo segurou sua mão e a guiou por um caminho de pedras que levava a uma área gramada e aberta, onde uma pequena mesa com velas e pétalas de rosas os esperava. O som do mar ao fundo, suave e constante, criava a trilha sonora perfeita para o momento.

— Uau... — Ana Flávia exclamou, os olhos brilhando ao ver a vista. — Gustavo, isso aqui é lindo!

— Não tanto quanto você. — Ele respondeu, com aquele sorriso que sempre fazia o coração dela acelerar.

Gustavo a guiou até a mesa e fez um gesto para que ela se sentasse. Ele estava visivelmente mais nervoso do que o normal, mas tentava disfarçar. Ana notou a tensão no ar, mas não sabia ao certo o motivo. O jantar foi leve e cheio de conversas divertidas, mas o momento mais importante ainda estava por vir.

Quando o sol começou a mergulhar no horizonte, tingindo o céu de cores vibrantes, Gustavo se levantou, indo até o lado de Ana Flávia. Ele puxou uma cadeira ao lado dela e pegou suas mãos com delicadeza.

— Eu trouxe você aqui hoje porque... — Ele respirou fundo, os olhos focados nos dela, como se estivesse prestes a revelar o segredo mais precioso. — Porque preciso te dizer algo que não posso mais guardar. — Ele parou, vendo a curiosidade e o carinho nos olhos dela.

Ana o olhava com atenção, seu coração batendo mais rápido, sem entender o que ele estava prestes a dizer, mas sentindo a importância do momento.

— Desde o momento em que você entrou na minha vida, bagunçando tudo, me desafiando em cada reunião, em cada troca de olhares... eu soube que você era diferente. — Gustavo começou, a voz um pouco trêmula, mas firme. — Não foi fácil entender o que eu sentia, mas com o tempo, percebi que você me completa de um jeito que ninguém nunca fez. Cada provocação, cada sorriso, cada olhar... Você me faz querer ser um homem melhor, me faz querer lutar mais, ser mais. — Ele apertou levemente as mãos dela, sentindo a conexão profunda entre eles.

Ana Flávia ficou em silêncio, os olhos se enchendo de emoção, sentindo cada palavra atingir seu coração.

— Eu nunca imaginei que estaria aqui, com você, com esses sentimentos tão intensos. — Ele continuou, sorrindo de leve. — Mas agora que estamos aqui, eu sei que não quero mais passar nenhum dia sem você ao meu lado. Eu quero rir com você, brigar com você, planejar o futuro com você... Quero tudo. E hoje, mais do que nunca, eu sei que sou louco por você.

Gustavo se levantou lentamente, soltando uma das mãos de Ana para pegar algo no bolso de sua jaqueta. Quando ele se ajoelhou na frente dela, Ana sentiu um nó na garganta, seus olhos brilhando de surpresa e emoção.

— Ana Flávia, você aceita namorar comigo? — Ele perguntou, abrindo uma pequena caixinha que revelava uma pulseira delicada, com um pingente em forma de coração, uma promessa de amor e de compromisso.

Os olhos de Ana se encheram de lágrimas, um sorriso largo iluminando seu rosto. Ela não conseguia acreditar que aquele momento tão perfeito estava acontecendo.

— Sim. — Ela sussurrou, com a voz embargada. — É claro que sim!

Gustavo sorriu aliviado e feliz, deslizando a pulseira no pulso dela com cuidado. Ele se levantou e, sem hesitar, puxou Ana Flávia para um abraço apertado, cheio de carinho e emoção.

— Eu te amo. — Ele murmurou em seu ouvido.

Ana Flávia sorriu contra o peito dele, o coração aquecido e preenchido por aquela confissão. — Eu também te amo, Gustavo. Mais do que você imagina.

Eles ficaram ali, abraçados sob o céu colorido pelo pôr do sol, o mundo ao redor parecendo sumir enquanto se perdiam um no outro. O amor que sentiam agora estava assumido, sem mais barreiras, sem mais dúvidas.

Depois daquele momento, eles passaram o restante da noite caminhando pelo jardim, trocando beijos e carinhos, finalmente certos do que sentiam um pelo outro. O pedido de namoro não foi apenas uma formalidade, mas o início de algo muito maior, algo que eles mal podiam esperar para viver.

O amor estava só começando.