53

108 7 0
                                    


O dia estava perfeito. O sol brilhava suavemente, aquecendo a pele, enquanto uma leve brisa fazia com que as árvores ao redor do local balançassem de forma tranquila. Gustavo e Ana Flávia haviam convidado seus amigos mais próximos para um dia descontraído na casa de campo. Um lugar especial, onde poderiam relaxar e se divertir antes da chegada de Aurora, que estava a apenas algumas semanas de nascer. Ana Flávia, grávida de oito meses, estava animada, mas também sentia o peso da barriga que crescia cada dia mais.

Maria Alice, com seus quatro meses de vida, já estava atenta ao mundo à sua volta. Ela começava a dar suas primeiras risadinhas e a experimentar as primeiras frutinhas que Virgínia orgulhosamente preparava para ela. A pequena bebê estava cada vez mais curiosa e interativa, iluminando o ambiente com sua energia inocente. Ela era a estrela de todos os encontros, e hoje não seria diferente.

O grupo era composto por Ana Flávia, Gustavo, Virgínia, Zé Felipe, Gabi e Murilo. Todos já eram como uma família, e os laços que compartilhavam haviam ficado ainda mais fortes com a chegada das crianças. Cada um trazia algo para esse encontro, e hoje seria um dia especial — um dia sem preocupações com o trabalho ou as responsabilidades do cotidiano, apenas diversão.

Enquanto Ana Flávia se acomodava em uma cadeira confortável no jardim, Gustavo preparava uma mesa farta com lanches e bebidas. Ele fazia questão de cuidar de cada detalhe, sempre atento às necessidades da esposa, que estava radiante apesar da grande barriga. Ela olhava carinhosamente para Gustavo, admirando a maneira como ele se dedicava não apenas a ela, mas também à preparação da chegada de Aurora.

— Está tudo bem aí, amor? — perguntou Gustavo, ao perceber que Ana Flávia observava a movimentação ao redor.

— Tudo perfeito, meu amor. Só estou aproveitando esse momento antes da nossa vida mudar completamente — ela respondeu com um sorriso suave, enquanto passava a mão pela barriga, sentindo Aurora se mexer suavemente.

Maria Alice, que estava sentada no colo de Virgínia, soltou uma risadinha alta ao ouvir a voz de Ana Flávia. Virgínia e Zé Felipe, ambos com olhos brilhando de orgulho, riram junto com a filha. Gabi e Murilo também estavam próximos, rindo de algo que Murilo havia acabado de contar. O clima era leve e alegre, cheio de amor e companheirismo.

— A gente deveria fazer isso mais vezes — disse Murilo, levantando um copo de suco em um brinde simbólico. — Antes que esses bebês cresçam e acabem com nossas noites de sono para sempre! — completou, arrancando risadas de todos.

— Ah, mas não me importo de perder algumas noites de sono se for para segurar minha princesinha nos braços — respondeu Gustavo, olhando amorosamente para a barriga de Ana Flávia. Ele já estava completamente apaixonado por Aurora, antes mesmo de vê-la.

Gabi, sempre prática e cheia de energia, sugeriu que todos fossem dar uma volta pela propriedade, já que a tarde estava tão agradável. Virgínia, empurrando o carrinho de Maria Alice, foi a primeira a topar, enquanto Zé Felipe e Murilo pegavam algumas bebidas para levar com eles. Gustavo ajudou Ana Flávia a se levantar, oferecendo o braço para ela se apoiar.

— Nem parece que você está grávida de oito meses, amor — brincou ele. — Ainda anda com essa leveza de quem não carrega um bebê!

Ana Flávia riu, balançando a cabeça. — Se você soubesse como meus pés doem, não diria isso! — respondeu, brincando, enquanto aceitava o apoio de Gustavo.

Caminhando pelo jardim da casa de campo, eles seguiam o caminho de pedras que levava a uma pequena área verde, cheia de árvores e flores. A cada passo, Ana Flávia sentia o carinho e a atenção dos amigos. Todos estavam animados, já fazendo planos para quando Aurora finalmente chegasse ao mundo e se juntasse a eles nas futuras reuniões de família.

— Eu já estou até imaginando a carinha dela — disse Virgínia, olhando para Ana Flávia. — Ela vai ser linda, tenho certeza.

— Se puxar ao pai, talvez — brincou Ana Flávia, provocando Gustavo, que riu.

— Ah, mas puxando a mãe, vai ser uma bebê forte e determinada. Já estou até vendo! — rebateu Gustavo, orgulhoso.

Enquanto continuavam o passeio, a conversa fluía naturalmente, cheia de risadas e histórias compartilhadas. O grupo estava em total sintonia, aproveitando cada momento desse dia de descontração. Mesmo com a proximidade da chegada de Aurora, a tranquilidade e o amor estavam presentes em cada gesto, em cada palavra trocada.

De volta à casa, ao final do dia, todos se sentaram em volta de uma fogueira que Gustavo havia acendido. A noite começava a cair, e o céu estava salpicado de estrelas. Gabi sugeriu que eles fizessem um brinde para celebrar a amizade, a família e as novas vidas que estavam prestes a começar.

— A esse grupo incrível, à Aurora que está quase chegando e a essa nossa pequena Maria Alice — disse ela, levantando o copo.

Todos brindaram, sorrisos nos rostos e corações aquecidos.

O dia havia sido perfeito, cheio de simplicidade e alegria. Aurora ainda estava no ventre de Ana Flávia, mas já fazia parte daquele grupo, já era amada por todos ali. E Maria Alice, com seus olhinhos curiosos, já trazia luz e felicidade para todos ao seu redor.

Conflito de Paixões • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora