Na manhã seguinte, Gustavo e Ana Flávia estavam sentados na varanda do apartamento dele, tomando café juntos. A brisa leve soprava, trazendo consigo o perfume fresco das plantas ao redor, enquanto o sol suave iluminava a cena. Os dois estavam em silêncio por um momento, trocando olhares, até que Gustavo, com um sorriso malicioso, quebrou o silêncio.
— Sabe, princesa, você está me olhando muito ultimamente. Tá ficando difícil esconder que você está apaixonada por mim. — Ele provocou, inclinando-se para mais perto, como se estivesse prestes a roubar um beijo.
Ana Flávia soltou uma risada divertida, balançando a cabeça. — Ah, tá. Eu que estou apaixonada, né? E aquele olhar que você não tira de cima de mim desde a viagem pra praia? Eu diria que você já está entregue, Gustavo.
Ele sorriu, divertido, mas não se intimidou. — Eu? Entregue? Nem pensar, princesa. Só estou curtindo a vista... você sabe, é difícil não admirar.
— Claro, a vista. — Ela disse sarcasticamente, mas seu sorriso não desapareceu. — Admito que eu também estou aproveitando. Você sabe, tem algo em você... Talvez seja aquele charme irritante, mas irresistível.
Gustavo levantou-se da cadeira, caminhou até ela e segurou seu queixo suavemente, inclinando o rosto dela para cima. Seus olhos se encontraram, e o momento de provocação deu lugar a uma tensão mais intensa.
— Sabe, linda — ele começou, agora com um tom mais sério —, não vou mentir. Acho que tem algo acontecendo aqui... entre a gente. Algo que eu não esperava.
Ana Flávia o olhou por um segundo, sentindo o coração bater mais forte. Aquela confiança dele a deixava desconcertada, mas ela sabia que também estava na mesma situação. Ela suspirou, como se finalmente estivesse disposta a admitir o que sentia.
— Eu também não esperava, Gustavo. — Ela disse, com a voz suave. — A gente começou com tantas brigas, provocações... e, de repente, tudo mudou. Eu tento não pensar nisso, mas... a verdade é que eu não consigo parar de pensar em você.
Ele sorriu, passando o polegar delicadamente pelo rosto dela. — Finalmente você admitiu. Eu estava começando a achar que ia ter que te provocar para sempre até você confessar.
Ela riu, empurrando-o de leve. — Não se ache tanto, ok? Você também não é tão difícil de decifrar. Eu sei que você tá apaixonado por mim há tempos.
Gustavo se inclinou mais perto, os lábios quase tocando os dela. — Talvez eu esteja... apaixonado. E quer saber? Acho que não me importo mais em esconder isso.
Ana Flávia sentiu o coração acelerar com as palavras dele. Eles ficaram assim, tão perto que quase podiam ouvir a respiração um do outro. Quando finalmente se beijaram, foi diferente de todos os outros beijos que haviam trocado. Não era apenas desejo, era cheio de sentimentos não ditos que, naquele momento, se tornaram claros para ambos.
Quando se afastaram, Gustavo a puxou para o colo, segurando-a de maneira protetora, mas ainda com aquele ar provocador que ele nunca abandonava.
— Tá vendo? — Ele murmurou, enquanto ela deitava a cabeça no ombro dele. — Eu disse que não ia demorar pra você se apaixonar por mim.
Ana Flávia soltou uma risada suave, encostando o nariz no pescoço dele. — Ok, eu admito... mas você também não resistiu. Então, acho que estamos quites.
— Eu nunca disse que resisti. — Gustavo respondeu, rindo baixo. — Só queria te fazer assumir primeiro.
Ana Flávia o cutucou de leve. — Você é insuportável, sabia?
Ele riu, apertando-a mais forte contra si. — E você adora isso.
A partir daquele momento, as provocações entre eles mudaram. Agora, ao invés de esconderem seus sentimentos, usavam isso como combustível para se provocarem ainda mais. Cada sorriso, cada olhar, era carregado de intenções.
Mais tarde, já no quarto, enquanto Ana Flávia ajeitava o cabelo na frente do espelho, Gustavo se aproximou, abraçando-a por trás. Seus olhares se encontraram pelo reflexo, e ele não resistiu em continuar com as provocações.
— Tá se arrumando pra mim, é? — Ele sussurrou no ouvido dela, beijando seu pescoço de leve.
Ana Flávia fechou os olhos por um segundo, suspirando com o toque. — Talvez... ou talvez seja só porque eu gosto de me sentir bonita.
— Você sempre está linda. — Ele murmurou, as mãos deslizando pelo corpo dela de maneira possessiva, mas carinhosa. — E, agora que a gente já admitiu tudo... acho que a gente pode parar com essa história de se segurar, não acha?
Ela sorriu, se virando nos braços dele, passando os dedos pelo cabelo de Gustavo. — Eu nunca me segurei... só estava esperando você perceber.
Ele a beijou novamente, dessa vez com mais intensidade, como se estivesse tentando mostrar o quanto estava entregue naquele momento. Quando se afastaram, ambos estavam ofegantes, mas com sorrisos satisfeitos.
**Conversa de Ana Flávia com Virgínia e Gabi:**
Mais tarde, enquanto Gustavo conversava com os amigos, Ana Flávia pegou o celular para mandar uma mensagem para o grupo das meninas.
**Ana Flávia**: Meninas, eu finalmente admiti pra ele.
**Virgínia**: Como assim??? Vocês assumiram que estão apaixonados??
**Ana Flávia**: Sim. Acho que já estava mais do que na hora, né? Não dava mais pra negar.
**Gabi**: Eu disse que esse momento ia chegar! E agora, como foi? Ele também confessou?
**Ana Flávia**: Claro que sim, vocês sabem como ele é... ainda ficou se achando, dizendo que eu estava demorando pra admitir.
**Virgínia**: Hahaha, típico do Gustavo! Mas estou tão feliz por vocês dois, amiga. Agora vai ser só provocações e muito amor!
**Gabi**: Ai, que fofos! Queremos todos os detalhes depois, hein!
Ana Flávia sorriu para o celular, sentindo-se feliz por finalmente ter cruzado essa barreira com Gustavo.
**Conversa de Gustavo com Murilo e Zé Felipe:**
Enquanto isso, Gustavo também estava com seu celular, trocando mensagens com os amigos.
**Murilo**: E aí, já assumiu pra a sua mulher?
**Gustavo**: Assumi. E adivinha? Ela também tá completamente apaixonada por mim.
**Zé Felipe**: Finalmente, cara! Já tava na hora.
**Murilo**: Agora sim! Vocês dois estavam enrolando demais. E como foi?
**Gustavo**: Ah, eu só fiz o que eu sempre faço... provoquei ela até ela confessar. Depois foi fácil.
**Zé Felipe**: Claro que você ia usar provocações! Mas estou feliz por você, mano. Agora aproveita esse momento.
Gustavo sorriu ao ler as mensagens, sentindo-se aliviado e animado por tudo estar finalmente às claras. A partir de agora, ele sabia que as provocações entre ele e Ana Flávia teriam um novo sabor, o de um casal apaixonado, sem mais segredos.
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Conflito de Paixões • Miotela
RomanceGustavo Pieroni Mioto é o poderoso dono de uma das empresas mais renomadas de Los Angeles. Frio, calculista e completamente dedicado ao trabalho, ele nunca se permitiu envolver em relacionamentos sérios - sua vida sempre foi focada no sucesso. Mas t...