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Gustavo estava concentrado em seu trabalho quando ouviu uma batida na porta. Antes de conseguir responder, a porta se abriu e sua mãe, jusara, entrou acompanhada de seu pai, Marcos. O sorriso de Gustavo se abriu imediatamente, ele sentia muita saudade dos pais.

— Mãe! Pai! Que surpresa boa! — disse Gustavo, levantando-se para abraçá-los.

— Estávamos com saudade, filho. Decidimos passar aqui para te ver — disse jusara, envolvendo o filho em um abraço apertado.

— E você? Como está? — perguntou Marcos , com seu jeito carinhoso.

— Estou ótimo, trabalhando bastante... — Gustavo hesitou por um segundo, e então, com um sorriso, acrescentou: — E apaixonado também.

Jusara arregalou os olhos, surpresa, mas feliz com a novidade.

— Apaixonado, é? Que ótimo, filho! — Ela sorriu, entusiasmada. — Por quem?

Gustavo, com um brilho nos olhos, olhou para a porta de vidro da sua sala e apontou.

— Só olhar para o lado.

Jusara e Marcos seguiram o olhar de Gustavo e viram Ana Flávia sentada em sua sala, concentrada no computador. Ela estava deslumbrante como sempre, mesmo em sua rotina diária.

— Ah, então é por ela! — disse jusara, com um sorriso. — Ela é linda, filho.

— Muito bonita mesmo — complementou Marcos. — Mas é por dentro que importa. Se você gosta dela, já deve ser alguém incrível.

Jusara sorriu e olhou para Gustavo com uma expressão de curiosidade.

— Chama ela aqui. Quero conhecê-la.

Gustavo hesitou por um segundo, mas então concordou. Ele se aproximou da porta da sala de Ana Flávia e deu duas batidinhas leves.

— Ana Flávia, meus pais estão aqui e gostariam de te conhecer. Você pode vir um minutinho?

Ana Flávia levantou-se, um pouco surpresa, mas caminhou até a sala de Gustavo. Ao entrar, ela sorriu, mesmo sem entender muito o que estava acontecendo.

— Bom dia — disse Ana Flávia, educadamente, apertando a mão de jusara e Marcos.

— Bom dia, querida! — respondeu jusara, com um brilho nos olhos. — Sou jusara, e este é Marcos, o pai do Gustavo. Ele nos falou muito bem de você.

Ana Flávia sorriu, um pouco envergonhada.

— Prazer em conhecê-los. Eu sou Ana Flávia.

A conversa fluiu de maneira tranquila. Jusara e Marcos fizeram perguntas casuais, e Ana Flávia respondeu com simpatia. Gustavo observava tudo em silêncio, com um sorriso discreto, feliz por aquela interação. Em um momento, jusara fez um comentário mais direto.

— Gustavo nos contou que você é muito especial para ele. Eu queria muito conhecê-la e estou muito feliz de ver que ele escolheu tão bem.

Ana Flávia corou levemente, mas sorriu de volta.

— Fico agradecida pelas palavras, dona jusara. Seu filho é uma pessoa incrível.

Antes de ir embora, insistiu em trocar contatos com Ana Flávia, dizendo que gostaria de manter contato. Depois de mais algumas risadas, jusara e Marcos se despediram, deixando Gustavo e Ana Flávia sozinhos na sala.

Assim que seus pais saíram, Gustavo, ainda sorrindo, estendeu a mão e pegou a de Ana Flávia. O toque dele a fez arrepiar levemente, mas ela tentou disfarçar, embora seu coração estivesse acelerado.

— Gustavo... — Ela começou, mas ele a interrompeu.

— Só queria segurar sua mão, Ana Flávia. — disse ele, entrelaçando os dedos nos dela.

Ela olhou para ele, surpresa e nervosa ao mesmo tempo. Quando seus olhos se encontraram, Gustavo deu um passo à frente e, antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa, ele a puxou delicadamente e deu-lhe um beijo na bochecha, deixando-a ainda mais desconcertada.

Ana Flávia olhou para ele, sem entender.

— Por que você pegou na minha mão? — perguntou, com o coração acelerado.

Gustavo sorriu, inclinando-se um pouco mais perto dela.

— Nada não, princesa — disse ele, com um sorriso brincalhão.

Ela ficou sem palavras. Estava prestes a sair da sala, mas Gustavo a puxou de volta, segurando-a pela cintura.

— Eu não tô me aguentando mais — ele murmurou, olhando nos olhos dela.

Ana Flávia suspirou, e antes que pudesse responder, ele a beijou. O beijo foi suave, mas cheio de emoção. Quando se separaram, Gustavo olhou para ela, meio envergonhado.

— Me desculpa por isso... — disse ele, com a voz baixa.

Mas Ana Flávia apenas sorriu.

— Não precisa pedir desculpas. Eu também estava querendo.

Ela lhe deu um pequeno beijo no canto da boca antes de sair da sala, deixando Gustavo ali, sorrindo para si mesmo.

Ao chegar na sua própria sala, Ana Flávia pegou o telefone e ligou para suas amigas, Gabi e Virgínia.

— Vocês não vão acreditar no que acabou de acontecer! — disse ela, com um sorriso no rosto.

As amigas gritaram de empolgação ao ouvir a história.

— Gabi, a gente precisa criar um grupo! — disse Virgínia. — Já que eu e o Zé estamos casados, e a Gabi namora o Murilo, falta só vocês dois para completar a turma.

Gabi concordou, rindo.

— Já sabia que isso ia acontecer. Eu só estava esperando o momento certo. Como diz o ditado seis é par!

Enquanto isso, Gustavo mandava mensagem para Murilo e Zé Felipe, contando tudo.

— Cara, finalmente! — disse Murilo. — Não perde essa garota, Gustavo. Ela é especial.

Zé Felipe, como sempre, fez piada, mas estava genuinamente feliz.

— Agora só falta marcar o casamento, né? Ele brincou.

Conflito de Paixões • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora