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Após voltarem da viagem, Ana Flávia e Gustavo estavam no apartamento dele, descansando do fim de semana na praia. A atmosfera entre eles estava leve, descontraída e carregada de intimidade, fruto dos momentos intensos que haviam passado juntos. Enquanto Gustavo arrumava algumas coisas pela sala, Ana Flávia o observava, deitada no sofá, com um sorriso provocador.

— Sabe, você até que não é tão mal de companhia. — Ana Flávia disse, cruzando os braços atrás da cabeça, num tom de brincadeira. — Achei que ia me arrepender de passar esses dias com você, mas até que foi legal.

Gustavo, que estava dobrando uma toalha, virou-se para ela com uma expressão fingidamente ofendida. — "Legal"? — Ele caminhou até o sofá, se abaixando para ficar à altura dela. — Só legal? E os meus talentos incomparáveis de anfitrião? Os jantares? O meu charme irresistível? Isso tudo é só "legal"?

Ana Flávia riu, mas não perdeu a provocação. — Ah, eu diria que foi... aceitável. — Ela ergueu uma sobrancelha, mordendo o lábio de leve, aproveitando o olhar atento de Gustavo.

Ele se inclinou mais perto, seus olhos fixos nos dela. — Aceitável, é? — sussurrou, o rosto agora a poucos centímetros do dela. — Acho que vou ter que me esforçar mais, então.

Ana Flávia mal teve tempo de responder antes que Gustavo a puxasse para um beijo cheio de desejo e brincadeira. Ela correspondeu na mesma intensidade, rindo entre os beijos, até que ele se afastou um pouco, ainda com os lábios perto dos dela.

— Já tá melhorando, hein? — ela murmurou, provocando.

— Melhorando? — Ele a puxou novamente, aprofundando o beijo e a fazendo suspirar. — Vou te mostrar o que é de verdade, Gostosa.

Os dois ficaram ali por um tempo, trocando beijos intensos e sorrisos cúmplices. Ana Flávia puxou Gustavo para o sofá, sentando-se no colo dele e envolvendo seus braços ao redor de seu pescoço.

— Eu sabia que você não resistiria. — Ele disse, rindo contra o pescoço dela.

— Quem disse que sou eu que não resisto? — Ela respondeu, mordiscando de leve o lábio dele. — Aparentemente, você não parou de me olhar desde que voltamos da praia.

Gustavo sorriu, passando os dedos pelo cabelo dela. — E você acha que eu vou parar? Uma mulher linda dessas, é claro que eu vou ficar de olho.

Eles trocaram mais alguns beijos até que, ofegante e risonha, Ana Flávia empurrou Gustavo de leve. — Ok, ok, acho que a gente pode continuar isso depois. Preciso falar com as meninas.

— Ah, tá fugindo de mim agora, é? — Ele provocou, se levantando junto com ela. — Ok, vai lá falar com as suas amigas. Vou ligar para os caras.

— Isso, vai lá desabafar sobre como está completamente apaixonado por mim. — Ela deu uma piscadinha, rindo, enquanto pegava o celular.

Gustavo balançou a cabeça, sorrindo. — Você não tem jeito mesmo.

**Conversa de Ana Flávia com Gabi e Virgínia:**

Minutos depois, Ana Flávia estava em uma chamada de vídeo com Gabi e Virgínia. As duas já estavam curiosas para saber como tinha sido a volta da viagem.

— Então, como foi a volta, hein? — Gabi perguntou, com um sorrisinho malicioso. — Vocês dois devem ter continuado o clima, né?

Ana Flávia riu, ajeitando o cabelo. — Ah, a volta foi... interessante. Digamos que Gustavo não parou de me provocar o caminho inteiro. Mas é claro que eu dei o troco.

— Olha só quem tá mandando na relação! — Virgínia brincou. — E aí? Ele já assumiu que tá apaixonado?

Ana Flávia fez uma pausa dramática, sorrindo. — Bom, eu acho que já tá bem claro, né? Mas ele é orgulhoso, vai demorar um pouco pra ele admitir isso em voz alta.

— Claro que tá apaixonado, amiga! — Gabi disse, rindo. — Aquele homem não tira os olhos de você nem por um segundo.

— Pois é — Ana Flávia suspirou, mas com um sorriso. — E quer saber? Acho que eu também estou me apaixonando.

As duas amigas a olharam, com sorrisos cúmplices, sabendo que aquilo não era uma simples brincadeira de sedução. Ana Flávia estava realmente envolvida.

**Conversa de Gustavo com Murilo e Zé Felipe:**

Do outro lado, Gustavo estava no telefone com Murilo e Zé Felipe. Eles haviam acabado de organizar o próximo encontro, mas, claro, o foco da conversa logo mudou para Ana Flávia.

— Cara, e aí? — Zé Felipe perguntou. — Como foi essa volta com a patroa?

Gustavo riu, balançando a cabeça. — Foi tranquilo, só que essa mulher sabe como me provocar. Não sei o que faço com ela.

Murilo entrou na conversa. — Não sei? Tá na cara que você tá completamente apaixonado. Quando é que você vai admitir isso pra ela?

— Paixão? — Gustavo tentou disfarçar, mas não conseguiu. — Ah, sei lá... Ela mexe comigo, mas ainda não quero admitir nada. E também, ela adora se fazer de difícil.

— Difícil? — Zé Felipe riu. — Difícil coisa nenhuma, você tá perdido, meu amigo.

Gustavo respirou fundo, rindo com os amigos. — Tá, talvez eu esteja mesmo. Mas eu não vou dar esse gostinho pra ela tão cedo.

Murilo e Zé Felipe caíram na gargalhada, mas Gustavo sabia que, mais cedo ou mais tarde, ele teria que encarar o fato de que já estava completamente envolvido com Ana Flávia.

Enquanto isso, ele só esperava pelo próximo momento em que pudesse beijá-la novamente e provocá-la do jeito que só eles dois sabiam fazer.

Conflito de Paixões • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora