Conflito de Paixões • Miotela

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O grande dia da revelação chegou, e a Gabi estava encarregada de organizar cada detalhe com perfeição. Desde cedo, ela cuidou para que tudo estivesse em ordem no local escolhido para a celebração: um jardim deslumbrante, decorado com luzes sutis e uma paleta em branco, tudo remetendo à neutralidade, até o momento da grande revelação. Os pais de Ana Flávia e Gustavo estavam presentes, assim como seus amigos mais próximos, como Murilo, Virgínia, Zé Felipe e, claro, a pequena Maria Alice, que já estava com quatro meses.

Os convidados, todos vestidos de branco, observavam curiosos a decoração, tentando adivinhar o sexo do bebê. Havia uma mesa especial, com balões em tons de rosa e azul, porém sem dar qualquer pista sobre o que estava por vir. A atmosfera era de alegria e expectativa, com muitas conversas e risadas enquanto todos aguardavam o grande momento. Alguns convidados traziam pequenos broches com suas apostas – meninos de azul, meninas de rosa.

Gabi, usando um vestido elegante que mesclava rosa e azul, estava calma, mas por dentro, seu coração batia acelerado. Afinal, ela era a única ali que sabia o sexo do bebê, um segredo que havia guardado com muito carinho desde o dia que a médica enviou o exame para ela. E agora, finalmente, todos iriam descobrir a grande surpresa. Ela conferia os detalhes finais, olhando para o relógio enquanto o sol começava a se pôr, criando o cenário perfeito.

Quando todos estavam prontos, Gabi chamou Gustavo e Ana Flávia ao centro, posicionando-os em frente ao grande painel onde a revelação seria feita. Os dois seguravam as mãos, emocionados e com um brilho especial nos olhos. Gustavo deu um beijo na mão de Ana, sussurrando que, independentemente do resultado, ele já estava completamente apaixonado por aquela criança.

Então, o silêncio tomou conta do ambiente. Gabi, com um sorriso travesso no rosto, pediu para que todos começassem a contagem regressiva.

"Vamos lá, pessoal! Dez, nove, oito..."

A voz dos amigos e familiares ecoava pelo jardim, enquanto Ana Flávia segurava firme na mão de Gustavo, sentindo o coração acelerar a cada número que passava.

"...Cinco, quatro, três, dois, um..."

De repente, uma explosão de fogos de artifício coloriu o céu com uma nuvem de fumaça rosa, brilhando intensamente contra o fundo branco. Era uma menina! O rosa dominava o ambiente, e o nome que Ana e Gustavo tinham escolhido já estava definido em seus corações: Aurora.

A alegria foi imediata. Ana Flávia levou as mãos à boca, as lágrimas rolando pelo rosto enquanto Gustavo a puxava para um abraço apertado. A felicidade era palpável, e o sonho deles estava prestes a se realizar. Eles tinham sentido nos sonhos, nas conversas íntimas, que uma menina estava a caminho, e agora, a confirmação tornava tudo ainda mais mágico.

Os amigos e familiares, visivelmente emocionados, se aproximaram devagar, respeitando o momento íntimo do casal antes de darem os parabéns. Virgínia, com Maria Alice nos braços, foi a primeira a abraçar a amiga, seguida por Zé Felipe e Murilo, que fizeram piadas sobre como Gustavo teria que lidar com mais uma mulher em sua vida.

Ana Flávia, entre risos e lágrimas, mal podia esperar para começar a preparar o quartinho da pequena Aurora. O nome parecia perfeito para a nova fase de suas vidas, e a bebê já era intensamente amada. Gustavo, por sua vez, já estava planejando as compras do dia seguinte: roupas, brinquedos e tudo mais que a sua filha precisaria para começar sua vida cercada de carinho e cuidado.

Enquanto a noite avançava, o sentimento de felicidade permanecia no ar. A revelação tinha sido um sucesso, e todos foram para casa com os corações aquecidos, ansiosos pela chegada de Aurora, a menina que traria ainda mais luz à vida de Ana Flávia e Gustavo.

No dia seguinte, os dois já estavam prontos para iniciar os preparativos do quarto, e Gustavo não perdeu tempo em começar a comprar as coisas que imaginava para sua filha. A empolgação tomou conta da casa, e os próximos meses seriam de pura expectativa e amor, com tudo sendo registrado e guardado para que, um dia, Aurora pudesse ver o quanto já era amada antes mesmo de nascer.

Agora, a jornada estava completa: o nome de Aurora ressoava nas conversas e nos planos de cada detalhe do que viria pela frente.