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Enquanto voltavam para casa após a noite de karaokê, Gustavo e Ana Flávia caminhavam lado a lado, a brisa suave da noite tocando seus rostos. Eles estavam em silêncio, mas não era desconfortável. Era um silêncio compartilhado, como se ambos soubessem que algo estava se formando, mesmo sem palavras.

— Você se divertiu hoje? — perguntou Gustavo, olhando para ela de soslaio.

— Muito — ela sorriu, ainda lembrando das brincadeiras e músicas da noite. — E você? Cantou bem, hein? Não sabia que tinha essa habilidade.

Gustavo riu, com um toque de modéstia.

— Não é sempre que eu canto, mas acho que hoje foi especial.

Ela o olhou, os olhos dela encontrando os dele, e sentiu o coração acelerar. Havia algo na forma como ele a olhava que a fazia sentir-se única, como se fosse a única pessoa no mundo para ele naquele momento.

— Você é diferente, Ana Flávia... — Gustavo disse de repente, parando na calçada e virando-se para ela. — Eu sinto que... com você, as coisas são mais fáceis, sabe?

Ana Flávia sentiu seu estômago revirar. Ela sempre se orgulhara de ser forte e independente, mas com Gustavo, as coisas estavam mudando. Ele a fazia sentir-se vulnerável, e isso a assustava. Não queria se apaixonar, não queria perder o controle.

— Eu também sinto isso — ela admitiu baixinho, sem conseguir evitar.

O silêncio voltou a se instalar entre eles, mas dessa vez, havia um novo peso no ar. Ambos sabiam que estavam se aproximando de algo mais profundo, mas ainda não estavam prontos para dar esse passo.

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Na manhã seguinte, Ana Flávia acordou com o celular cheio de mensagens do grupo "Seis é Par". Virgínia e Gabi estavam claramente animadas com o que havia acontecido na noite anterior, enquanto Zé Felipe e Murilo não perdiam a chance de provocar Gustavo.

**Virgínia**: "Anaaa, vocês estavam lindos ontem! Até a Gabi ficou comentando. Tem algo rolando aí, hein?"

**Gabi**: "Não se faz de desentendida, Ana Flávia. Você e o Gustavo... a gente vê tudo!"

**Zé Felipe**: "Gustavo, meu velho, quando é que vai rolar o pedido? Vamos logo com isso, a gente sabe que você tá caidinho."

Gustavo, meio sonolento, abriu o grupo e riu das provocações.

**Murilo**: "Gustavo, não enrola. Já era, você tá completamente apaixonado."

Ele olhou para Ana Flávia, que estava ao seu lado na cama, ainda dormindo. Gustavo sorriu, mas não respondeu nada no grupo. Apenas deitou-se de volta, olhando para ela, enquanto pensava sobre o que sentia de verdade.

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Durante o trabalho, uma tensão começou a surgir em Ana Flávia. Ela não sabia ao certo o que estava sentindo, mas quando entrou na sala de reuniões e viu Gustavo conversando com uma colega de trabalho, seu estômago se revirou. A mulher riu de algo que ele disse, e Ana Flávia sentiu um aperto no peito.

Ela não queria admitir, mas estava com ciúmes. Ela se sentou na sala, fingindo focar em seus papéis, mas a cada risada da mulher, sua raiva crescia.

Quando Gustavo finalmente percebeu o olhar de Ana Flávia, ele rapidamente encerrou a conversa. Mais tarde, ele foi até a sala dela.

— Você ficou com ciúmes, Ana Flávia? — ele perguntou, com um sorriso de canto.

Ela fechou os olhos, sentindo-se exposta.

— Não estou com ciúmes de nada, Gustavo. A gente nem tem nada. — Ela se afastou, virando-se para a janela.

Gustavo se aproximou, tocando de leve o braço dela.

— Talvez a gente ainda não tenha nada... mas eu já senti ciúmes de você antes — ele sussurrou, se aproximando mais. — Muito.
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Oi gente, desculpa não ter postado nada hoje, eu estava muito ocupada e cansada e agora a noite vou ter que ir para casa da minha vó, mas prometo que vou postar enquanto eu estiver lá
Beijos.💋💗

Conflito de Paixões • Miotela Onde histórias criam vida. Descubra agora