Conflito de Paixões • Miotela

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Após a revelação do sexo de Aurora, Gustavo e Ana Flávia ficaram ainda mais animados para preparar o quartinho da bebê. Como pais corujas que eram, eles não mediram esforços para deixar tudo perfeito. Gustavo, especialmente, parecia ter se entregado de corpo e alma à missão de encher a casa com tudo o que Aurora precisaria, e até o que ela nem imaginava precisar pelos próximos anos.

Enquanto Ana Flávia dormia, exausta após o dia emocionante, Gustavo saiu sorrateiramente de casa para dar início à sua lista de compras. O que deveria ser uma ida rápida para buscar alguns itens essenciais acabou se transformando em um verdadeiro surto de compras. Gustavo voltou com uma quantidade absurda de brinquedos — muitos deles só seriam usados por Aurora daqui a uns cinco anos! Entre bonecas, carrinhos e até um mini playground, ele garantiu que sua filha nunca ficaria sem opções de diversão.

No dia seguinte, ao acordar e perceber a quantidade de brinquedos espalhados pelo quarto de Aurora, Ana Flávia não conseguiu segurar o riso. Ela mal podia acreditar na quantidade de coisas que Gustavo havia comprado. O quartinho, que já estava sendo decorado com tons suaves de branco, amarelo e rosa, ficou ainda mais encantador. No centro, uma plaquinha delicada com o nome "Aurora", rodeada de pequenas flores, dava um toque mágico ao espaço. As luzes eram suaves, criando uma atmosfera acolhedora e cheia de amor.

O quarto era enorme, digno de uma verdadeira princesa. Aurora teria seu próprio banheiro, completo com uma banheira e um chuveiro, algo que Gustavo fez questão de planejar com carinho, pensando nos banhos relaxantes que ela teria. Tudo estava organizado nos mínimos detalhes, e os brinquedos que não cabiam no quarto foram direto para a brinquedoteca que eles haviam montado. A brinquedoteca era um espaço vibrante, com paredes coloridas e repleta de brinquedos para cada fase da vida de Aurora.

Gustavo, com um sorriso de satisfação, arrumava cada brinquedo, organizando os que seriam usados nos próximos anos em caixas etiquetadas. Ele já tinha pensado em tudo — havia até uma piscina de bolinhas dentro da casa, para quando Aurora quisesse brincar sem sair para o playground, que ele também havia instalado no quintal. Havia um espaço com areia, escorregador, balanço e até um pequeno castelinho. Para ele, estava tudo perfeito.

Quando Ana Flávia entrou na brinquedoteca e viu a extensão da "preparação" de Gustavo, ela começou a rir. Seu riso era contagiante, uma mistura de cansaço e diversão ao ver o quanto Gustavo havia se empolgado.

— Gustavo! Você comprou brinquedo pra uma criança de cinco anos! — exclamou, sem conseguir conter o riso.

Gustavo, ainda tentando se justificar, deu de ombros e respondeu com seu jeito prático:

— Já comprei tudo agora pra não ter que comprar depois. Assim, tá tudo pronto!

Ana Flávia balançou a cabeça, ainda rindo, enquanto sentia o cansaço voltar. Ela mal conseguia acreditar na quantidade de brinquedos e na dedicação que Gustavo tinha colocado naquilo tudo, mas no fundo, ela estava emocionada e feliz com o amor e a ansiedade dele em preparar cada detalhe para a chegada de Aurora. Tudo estava realmente lindo e perfeito para a neném, e Aurora já era incrivelmente sortuda por ter pais tão amorosos e dedicados.

Com o riso ainda nos lábios e um brilho no olhar, Ana Flávia se aproximou de Gustavo, que a recebeu com um abraço, ambos compartilhando aquele momento especial. Aurora ainda nem tinha nascido, mas já havia conquistado o coração deles de maneira irreversível.