TREZE.

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Saí do banheiro, vendo a Ceci na janela, olhando pelas frestas da persiana

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Saí do banheiro, vendo a Ceci na janela, olhando pelas frestas da persiana.

- O que? - Parei do lado dela pra olhar também, que se assustou, rindo.

- Olha lá, o bonito todo sonso. - Vi o Camavinga tirando o tênis na entrada de casa e entrando com ele nas mãos pra não fazer barulho.

- Safado... - Ceci não aguentou e gargalhou, virando pra mim. - Bom dia, minha gatinha preta.

- Bom dia, meu caramelo. Acorda bonito assim sempre?

- Só quando durmo do lado da minha esposa.

- Foi pra cama dela enquanto eu dormia? - Olhou pra sua mão direita, sem anel, me fazendo rir.

- Pelo contrário, não saí do lado dela a noite toda, bem agarradinho. - Ela não aguentou e riu de novo, aproximando nossos lábios e distribuindo diversos selinhos no meu, que eu fiz questão de  aprofundar, a pegando no colo e a deitando na cama, mas sem avançar e sim, me aninhando no seu peito, tal qual uma criança que precisava de carinho.

Já tinha superado o que rolou na Eurocopa, na real, no dia seguinte, não sentia nada além de alívio por ter acabado. E por falar em acabado, foi isso que ela me deixou. O campeonato sugou toda minha energia vital, pelo esforço (que foi em vão) e pela enchorrada de comentários negativos durante todo o percurso, então agora, só queria aproveitar os dias livres com a minha pretinha e com meu pessoal, mas aceitando ser cuidado sempre que necessário, coisa que Cecilia sabia fazer muito bem.

Tanto que ficamos na cama conversando até ouvir a Maju e o Vini saindo do quarto deles, já que nosso combinado era que, quem acorda primeiro, fazia o café.

Depois de dez minutos, descemos, vendo a mesa posta e dando um sorrisinho cretino um pro outro.

- Casal de trambiqueiros. Ouvimos quando vocês acordaram. - Maju soltou.

- Sim, agora pouco. - Soltei e eles riram.

- Bofe descarado. - Vini soltou. - O de amanhã ta nas mãos de vocês, se virem. - Colocou a jarra de suco, sentando do nosso lado e logo Camavinga desceu, só de bermuda, forçando cara de quem tinha acabado de acordar mais do que eu e a Cecilia minutos atrás.

- Bom dia, minha família. - Não respondemos, apenas observando seus passos. - Não receberam educação em casa? - Ceci não aguentou e riu.

- O cheiro de traição te acompanhando a cada passo que você dá. - Soltei, o fazendo rir e revirar os olhos, sentando na cadeira livre.

- Se você levantar bem o braço vai ver que está vindo de você ou do Vinicius, já que me traem todo dia e ainda colocam as amantes na mesma mesa que eu.

- Não, meu querido. É seu mesmo, até porque, acabou de chegar dos braços de outra, né? - Vini explanou e ele revirou os olhos, dando um sorrisinho. - E eu, muito inocente, ainda perguntando pra Maju se tinha chances de rolar.

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