CINQUENTA.

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Acordei com meu pé e minha barriga quentinhos, já que agora, pro terror do Jude, os dois dormiam agarrados com ela sempre que ele não estava

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Acordei com meu pé e minha barriga quentinhos, já que agora, pro terror do Jude, os dois dormiam agarrados com ela sempre que ele não estava.

Abri os olhos, os coçando e fazendo um biquinho ao ver a cama vazia, levantando e indo pro banheiro. Tomei um banho quentinho de todo começo do dia, saindo, arrumando o quarto, abrindo as janelas e pegando o celular, pra ver se o gatinho tinha dado sinal de vida que estava chegando.

Depois daquela merda de domingo, que anunciaram que o Vini não seria ganhador da Bola de Ouro, na segunda, a revolta era coletiva. E posso falar? Achei foi pouco o que fizeram desde o início da premiação. E outra, quero que o Rodri se foda também. Poderia até falar que ele não tinha nada a ver com isso, mas levando em conta o histórico, o discurso e todas as entrevistas e vídeos que saíram dele após receber o prêmio, me fez ter é nojo. Babaca e racista assim como os demais que concordaram com a injustiça.

Passamos a segunda inteira com o Vini, tentando animá-lo, e fiquei feliz que deu certo. O mental do meu garoto chegava a ser um absurdo, e o admirava demais por isso. No lugar dele, eu já teria desistido há muito tempo.

Mas poucos dias depois, eles tiveram que viajar pra jogar contra o Milan, e esse era o motivo da minha saudade e de andar de biquinho pela casa com saudade do meu gatinho caramelo. Agora, o bico tinha dobrado, já que tinha acabado de descer uma notificação dele, dando bom dia e avisando que estava pegando o avião agora.

Inclusive, jogo esse que teve gol do verdadeiro melhor do mundo, mas infelizmente o placar foi positivo pro Milan apenas, 3x1.

Coloquei comida e fiquei brincando com os dois adolescentes da casa, mas dei uma travadinha assim que ouvi um barulho no andar de baixo. Fui até a janela, confirmando que o carro dele não estava estacionado por ali e desci, sentindo um frio na barriga assim que o barulho se repetiu, como se estivesse revirando algo na cozinha. Eu tava pronta pra subir quietinha de volta e me esconder no quarto que ficava as câmeras, enquanto me certificava, pelas gravações, se de fato alguém tinha invadido, mas a voz do querido xingando após derrubar mais uma panela me fez rir e entrar na cozinha.

— Droga, sabia que ia te acordar. — Fez um biquinho, se aproximando.

— Sempre muito discreto no seu lugar favorito. — Ele riu.

— Acabei com minha própria surpresa. — Me aproximei dele e só então percebi que, além da mesa de café da manhã, tinha um buquê enorme no balcão, me fazendo rir.

— Ué? Esqueci alguma data importante?

— Até alguns meses atrás, não era, mas hoje meus dois amores completam três meses, então sim, esqueceu. — Olhei pro celular, vendo que era dia 7 e arregalando os olhos.

— Verdade! Nem tinha me dado conta. — Sorri, o abraçando forte, recebendo uma chuva de selinhos. Me aproximei do buquê, rindo ao ver o quão grande ele era, tocando nas rosas toda bobinha. — Você é um príncipe, né? Não te aguento.

SPECIAL II • JUDE BELLINGHAM Onde histórias criam vida. Descubra agora